Quando se consegue a plenitude pela paz ensinada pelo Divino Mensageiro, pode-se construir o castelo dos sonhos nas nuvens. É que há tantas coisas belas na vida das criaturas de Deus iluminando a trajetória dos viajores em provas e expiações pelo planeta Terra ainda que muito se fale sobre as dissidências, a má distribuição dos bens e as “desgraças” da vida, vg a violenta publicidade que se dá sobre os crimes de todo jaez. Esse mapa construído sob arrimo dos pessimistas obnubila a visão daqueles que conseguem ver as bênçãos que chegam todos os dias até aos filhos da Potestade, ensejando o momento oportuno para traduzir os sentimentos dalma ensinado aos irmãos menores quando O Divino Pastor concita as criaturas nas bem-aventurança para terem puros os corações.
A felicidade que se anela com tanta sofreguidão é uma opção de vida que cada um pode fazer ao seu talante, pois para cada dia basta as suas dificuldades segundo a prédica do Nazareno, para que não se turbe o vosso coração. Entretanto, quantos se preocupam em demasia com o porvir, olvidando que o modelo e guia da humanidade lecionou sobre o tema, dizendo que para hoje bastam as dificuldades que a vida oferece.
Daí o questionamento do porquê carregar para o dia seguinte mágoas e dores cuja finalidade foram destinadas ao dia de hoje e apenas para hoje. Pessoas há que carregam consigo as más experiências a semana toda e não se contentando com a dor, levam-na para o mês seguinte, quando não guardam no baú da vida, por 10, 20, ou 30 anos, a amarga experiência como se fosse um masoquista que sente prazer no sofrimento. Apegar-se ao sofrimento, ao ressentimento para guardar no caderninho preto da vida, como diz o povo na sua retórica popular, não é uma boa pedida. São coisas inúteis e por isso devemos deixá-las no chão do esquecimento. É lixo mental que convida as criaturas em distonia a realizarem a catarse imediata desse tóxico renovando os corações diante da pureza dos sentimentos d’alma.
Óbvio que os acontecimentos da ribalta da vida, tiveram um propósito servindo para gravar no imo das almas, o que se deve evitar e não se permitir a repetição dos mesmos erros, lembrando às criaturas as coisas que se deve evitar, assim considerando a inexistência de cirurgia plástica da alma para corrigir as cicatrizes deixadas pelas experiências da vida. Da mesma sorte, não se deve esquecer o passado pelas claras razões expostas, mas deixá-lo em seu lugar, conscientes de que ele teve um propósito para auxiliar no crescimento espiritual das criaturas de Deus, ensinando a percorrer as veredas do aprendizado, nas derrotas, nas lutas ou nas vitórias. O que não se deve fazer é preservar, carregando no dia a dia e na hora a hora, o ódio, o rancor, as mágoas e o sentimento de derrota, pois perdoar é sublime e pacifica o espírito na direção da paz interior.
Sempre quem fere, sob o comando da Lei de Causa e Efeito, para recompor o equilíbrio do Universo do Criador, haverá de resgatar a ofensa pelas leis universais, ensejando ser de bom alvitre o exercício do perdão para quem o concede e não para aquele que o recebe, pois ainda assim, responderá pelas suas atitudes. Ademais, as mágoas que se guarda no repositório das Leis Divinas, a consciência, segundo a questão 621 de “O Livro dos Espíritos”, traz consigo ao se envelhecer a marca no rosto, dos atos pretéritos, máculas que se tornam acúleos de dor. Há um provérbio popular que assevera que quem franze a testa cria rugas e movimenta 32 músculos, enquanto os que sorriem mantém a fisionomia serena e mobilizam apenas 16 músculos.
Nesse sentido, ainda que seja apenas por economia o convite é adotar uma atitude de elegância e de prazer com a vida que é bela, colorida e consentida, certo de que é preciso coragem e ousadia para abrir a gaveta dos corações e jogar fora as coisas que não nos servem mais, mas isso será compensador, pois àqueles que ficam na lembrança serão bem aventurados das alegrias da vida, da contemplação do amor fraterno e do modo reto de proceder em direção às cumeadas do amor que o Cristo de Deus nos legou.
Nessa postura haverá espaço para novas experiências, novos encontros, as rosas serão perfumadas com os mais exóticos aromas e a flagrância pura e fraternos sentimento de solidariedade conduzindo seus autores a leveza das provas, e os fardos fáceis de serem carregados por aqueles que amam incondicionalmente, pois a expressão do rosto mostrará o que vai em nossos corações pela entrada d’alma.
Daí será um passo para as coisas boas começarem a acontecer, pois luz atrai luz e beleza atrai beleza, na lei de causa e efeito. O mundo responde ao comando mental dos filhos da Providência Divina, ensejando que toda a humanidade plasme os seus desejos, colaborando para a realização dos sonhos da existência. Imperioso construir o castelo nas nuvens, pois o Criador criou seres únicos, seres personalíssimos, criaturas do Deus Pai Todo Poderoso, de amor e bondade.
Ele não faz modelitos, mas seres criados simples e ignorantes, destinados às estrelas. Afinal! Onde já se viu, o Senhor do Universo criar obras inacabadas ou imperfeitas? A vida merece ser vivida a cada respiração, a cada segundo, a cada hora, a cada mês, a cada ano, como se fosse o último de nossa existência, oferecendo-nos uma chance de ser feliz. Nesse sentir, pode-se apreciar o texto encantador de Letícia Thompson ao compor o pensamento de que das rosas secas exalam o perfume do amor.
Com esses pensamentos que acalentam nossas almas e pacificam nossos espíritos, experimenta-se um dos belíssimos quadros da existência, com a construção do castelo de nossas vidas nas nuvens, como forma de conceituar a mais pura expressão de amor.
Do amigo fraterno de sempre
Jaime Facioli