É crível que as criaturas, pela sua própria natureza busquem com todo fervor encontrar o momento adequado para realizar os projetos de sua existência, caminho que conduz ao bem-estar dos candidatos à plenitude. Quiçá tenha nascido sob esse arrimo que se colhe no santuário da vida, a metáfora de que há pessoas que se encontram no lugar certo, no momento exato e em outras ensanchas se esteja no lugar e na hora errada, o que definiria a “sorte ou azar” com os casos ditos fortuitos como se o “nada” fosse capaz de realizar proezas desse jaez.
Nada mais inverossímil. Todas as criaturas de Deus são seres personalíssimos, dotados de capacidade para fazer acontecer as mais notáveis situações e acontecimentos, preparando o seu porvir e atendendo à Lei de Progresso. Informalmente se pode afirmar o que o Divino Galileu lecionou, que somos Deuses, ou seja, criaturas criadas pela Divindade, dotados de “poderes” para fazer tudo o que Ele fazia, e muito mais, na qualidade de seus irmãos menores. Bem se vê sob esse arrimo que Antoine Saint-Exupéry, emérito escritor francês, envolvidos nesses sentimentos deixou um legado que os profitentes da doutrina da vida guardam com emoção, conscientes de que todas as criaturas serão eternamente responsáveis por tudo que cativas.
Da mesma sorte, arrima-se o pensamento do atual Delai Lama, no sentido de que “Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver”.
Sob esses cânones, os filhos da Consciência Cósmica podem canalizar a energia divina para atuar em seus projetos, hoje e agora, porque esse é o momento perfeito para começar novos programas, acessar novas ideias, criando novas condições para um porvir de realizações plenas, abrindo espaço sagrado que enseje as ideias novas destinadas a elevação do espírito em busca de voos para a perfectibilidade. Enquanto se planificam as energias divinas no intelecto das criaturas em evolução espiritual, nas realizações em projeto do “aqui e agora”, é de bom alvitre a sintonia plena com a energia divina.
Óbvio, que no planejamento interior de cada um dos filhos de Deus, há uma planta do jardim em construção, uma nova vida sendo criada sob o fermento do adubo velho do aprendizado transato, pois nada se perde e tudo se transforma sob os auspícios do venerando Antoine Lavoisier. Assim ocorre com todas as jornadas que ensejam o crescimento e a busca da luz, pois é certo que sempre haverá surpresas ao longo do caminho, ou uma pedra, na poesia inesquecível de Carlos Drummond de Andrade, oferecendo momentos de felicidade, ou os acúleos para testes da virtude da paciência.
O planejamento não é teste de velocidade, mas sim, programação de bem viver, se preparando para o porvir, recordando que o Divino Pastor sempre falou para o futuro das criaturas, sinalizando os esplendores celestes. Daí, é importante criar um espaço sagrado para si, seja no lar ou no seu trabalho, para se conduzir até esse reduto e oficina de trabalho, as energias da força vital, repletando o ambiente por onde moureje, com essa força poderosa para se conectar com o Pai Celestial. Os candidatos à felicidade são canais poderosos do Divino, e, agora é o momento para liberar os pensamentos mais elevados, tanto como os pensamentos de dúvida, pois o novo não pode entrar se ele estiver bloqueado pelos outros, sem fé ou esperança.
É notório o fato de que para o próximo ciclo começar nas vidas dos viandantes, o velho ciclo há de estar concluído e ser liberado porque o aprendizado das lições pretéritas já realizou o seu mister, e em assim sendo, agora é o momento de soltar o grito de alegria, sentindo no imo d’alma, a felicidade de ser filho e herdeiro do Senhor do Universo. Sob esse espeque, deixe ir aquilo que já se exauriu. Permita que as novas ideias e sentimentos entrem e desempenhem os seus papéis e propósitos em sua jornada, conscientes de que para o próximo ciclo começar, a velha jornada deve estar concluída. Este é o momento desta liberação. Deixe ir aquilo que já se encontra na ribalta da existência. Permita que os novos valores entrem e desempenhem os seus papéis e propósitos. É certo que não se pode fazer tudo sozinho. O pensamento deve ser positivo e afirmar que tem o poder de canalizar a energia divina e através dela se operam verdadeiros “milagres”.
Os profitentes da doutrina espírita diuturnamente deparam-se com a expressão da luz e da energia, como sinônimo de evolução espiritual, de amadurecimento moral ou esclarecimento da vida e sobre a vida. O evangelho segundo o espiritismo também contém elevado esclarecimento sobre o poder da luz quando no capítulo XXIV recomenda não colocar a candeia sob o alqueire. É Jesus esclarecendo à saciedade que a luz sempre deve ser colocada no alto para que todos que se aproximam de sua cristalina chama possam usufruir das bênçãos da vida promovendo a indispensável transformação interior em direção aos páramos celestiais.
Nesse caso, é o desejo de todos que a luz interior e a energia Divina sejam as responsáveis por esparzirem a luminosidade de cada um afim de que todos possam contemplar o que guardamos no cofre secreto de nossas vidas, e, sem contradita o santuário dessa energia de que as criaturas são dotadas conduzem ao estado de “nirvana”.
É esse o ponto nodal que conduz as energias celestes fazendo com que a luz interior percorra o caminho da caridade objetivando a auto iluminação ao pôr em prática o evangelho do Divino Jardineiro. Oh! Meu Deus, que não se olvide a vã filosofia, mas que os caminheiros estejam certos de que, quando sob essas observações do mundo onde se realizam as provas parecerem confusos, as pessoas perdendo-se nas drogas, nos crimes, na belicosidade e na sordidez, é chegada a hora de mobilizar as energias Divinas e a luz interior a todos os rincões do sofrimento.
Parodiando o espírito benfeitor da humanidade Joanna de Ângelis, “Nosso proceder deve sempre deixar pegadas luminosas nos caminhos por onde passamos a fim de servir de guia e luz para aquele que vem na retaguarda”. Recordemos Jesus, o modelo e guia da humanidade segundo dispõe a questão número 625 de “O Livro dos Espíritos”. Imitemo-lo, seja nos atos ou na condução das energias celestes e sejamos felizes.
Com esses sentimentos d’alma, segue nosso ósculo depositado em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo Fraterno de sempre.
- Jaime Facioli -