Na proximidade da efeméride que a humanidade consagra ao Divino Pastor, renova-se o momento de reflexão dos viajores em trânsito pelo belíssimo planeta Terra, instalando em todos os corações as virtudes do amor em plenitude, da solidariedade, da fraternidade e da maior de todas as virtudes, a caridade. No outro pólo, ainda que esse momento seja sublime, muitos dos filhos de Deus ainda albergam em seus corações as desconfianças e temores pelo porvir. De fato, há amargas experiências que a vida oferece a cada um dos viajores do tempo para viverem as provas e expiações, destinadas à elevação e à aprovação na universidade da existência, facultando o resgate dos compromissos pendentes no passado.
Ainda assim, e apesar das bênçãos destinadas aos resgates para o equilíbrio do Universo, por atavismos, as criaturas de tudo reclamam. É o tempo que faz frio, ou chove a cântaros. Os recursos são parcos e quando em abundância, há preocupação com a melhor aplicação a fazer, verbi e gratia, é comum a insatisfação com o que está à disposição, apesar de ser notório que no dia da grande viagem, nenhuma moeda acompanhará os proprietários das espórtulas. As únicas dádivas que se leva no retorno ao lar espiritual serão os atos de amor praticado na escola da vida, na escorreita aplicação da lei de Justiça, de Amor e de Caridade que o Divino Galileu trouxe a humanidade como modelo e guia a ser perseguido com empenho daqueles que procuram terem puro os corações.
Olhando a vida sob a pequenez da vã filosofia, anotando as chamadas “desgraças” do dia a dia, certamente se pode imaginar como aqueles que não confiam na Providência Divina, e dizer: O mundo está perdido. Não se nega que existem os crimes passionais, os furtos e roubos, os latrocínios, as guerras, os crimes cognominados do colarinho branco, ou mesmo os praticados pela internet, má gestão dos recursos públicos, lesões ao direito de outrem e por consequência pecado sob a égide da lei Divina, mas por todos esses desalinhos cada autor responderá no tempo, modo e lugar, sem que ninguém se engane esse respeito.
Cabe registrar que apesar das provas da vida terem enorme magnitude, não significa dizer que o Senhor da Vida, abandonou seus filhos ao relento e que a renovação das festas do natal, não seja a oportunidade redentora para a correção de rumo destinada aos viandantes em provas e expiações, oferecendo a luz da sua infinita misericórdia e proteção divina, enviando o Consolador e o Amigo Celeste companheiro de todas as horas. Indiscutivelmente esse amigo de todas as horas, espírito Crístico, capaz de mobilizar as energias cósmicas, desmaterializar a matéria e rematerializá-la, como fez preparando essa morada no chamado planeta Terra, foi capaz de curar os leprosos, devolver a visão aos cegos, levantar os caídos de todo jaez, e, em nome do amor e do exemplo, deixou-se imolar entregando-se pacificamente nas mãos do centurião Malcon e seus seguidores.
Inegável, pois, sob a segura orientação do espírito benfeitor da humanidade Joanna de Ângelis, inscrita no livro Vigilância pela psicografia de Divaldo Pereira Franco que o processo no qual nos encontramos engajado é de evolução. Por isso devemos resolver por avançar sem contramarchas tormentosas. Nesse sentido, a renovação do natal aviva a memória dos irmãos menores para o fato de quem O encontre, descobre um tesouro luminoso para se enriquecer d’Ele e jamais tropeçará em sombra ou aflição, valendo-se da oportunidade parasse impregnar de sua bondade e ser feliz, para todo o sempre.
A proteção Divina prossegue a benefício dos seus filhos ainda na retaguarda da vida. Concedeu-nos Talles de Milleto, Sócrates, Mohandas Karamchand Gandhi, Dr. Bezerra de Menezes, Marther Luter Kink Junior, Eurípedes Barsanulfo, Irmã Dulce, Francisco Cândido Xavier, Santo Agostinho, entre tantos outros modelos para a humanidade ter proteção e uma direção dos atos pulcros da vida a ser seguidos em nome do Divino Jardineiro.
A Providência Divina manifesta-se, incessantemente, em todas as situações e lugares, proporcionando vasta gama de recursos, com vistas à proteção, ao futuro e ao progresso das criaturas. Esse amparo acontece de infinitos modos. Um deles dá-se por intermédio de tutores espirituais, conhecidos no meio espírita, pelo nome de guias ou amigos espirituais. É grandiosa e sublime a doutrina dos guias espirituais, pois revela a providência, a bondade e a justiça do criador para com seus filhos, provendo-os de meios para o aperfeiçoamento.
Em síntese apertada: Onde já se viu o Senhor do Universo, Pai de amor, bondade e misericórdia, Onipotente, Onisciente e Onipresente abandonar seus filhos no mar revolto da vida para fazer a travessia em busca da paz que Ele nos concede. Deus não nos atende pessoalmente, conforme nossos caprichos, mas por intermédio das suas leis imutáveis, e de seus mensageiros, isto é, Deus auxilia as criaturas, por intermédio das criaturas.
O amigo espiritual comparece quando é invocado, por meio de uma simples prece. Ninguém está desamparado. Não existe parcialidade nem privilégio nas leis divinas, cada um recebe de acordo com o seu merecimento, de conformidade com seus esforços.
Com esse sentimento d’alma, convictos de que a proteção Divina está presente em nossas vidas, comemoremos com alegria, com amor, com solidariedade e com caridade, a efeméride do nascimento do Pastor das Almas, rogando ao Pai Celestial que alberguemos nos recônditos de nossas almas o Divino Galileu para com Ele e Nele nos unirmos na celebração do seu natalício, abrindo as portas dos corações, na excelência da palavra amor ao próximo.
Ponto finalizando, segue nosso ósculo depositado em seus corações, com a oblata da fraternidade, com votos de um ótimo fim de semana em nome do Mestre Jesus de Nazaré.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli