Uma das questões que sempre vem à mente daqueles que têm sede de conhecimento certamente será conhecer qual a vereda que devemos tomar para encontrar o ser imortal de que se sabe ser possuidor. O caminho que conduz ao espírito imortal tem paradigma na virtude da caridade e nas lições do Divino Jardineiro, vg, parodiando as assertivas d’Ele: Eu sou o caminho a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai se não for por mim. Aquele que me segue não viverá na escuridão, mas terá a luz do mundo.
A sensibilidade de tua alma ditará os procedimentos para os altiplanos celestiais e te fará ouvir dos recônditos dos sentimentos extra-sensoriais aos ouvidos atentos do ser imortal: Se alguém te procurar esteja sempre pronto a atender porque os filhos de Deus têm como missão a solidariedade e o Senhor da vida sabe que você será seu instrumento para ajudar o irmão necessitado. Se, por ventura, aquele que te procura sente o frio do corpo ou a ausência do calor da alma, é porque a Providência Divina te dotou dos recursos para agasalhar esse irmão em necessidade. O cobertor aquecerá o corpo transitório e as palavras e o abraço acalentarão a alma sofrida. Jamais deixe de atender o aflito sob qualquer pretexto.
Há também aqueles que procuram a outrem com alegria porque sentem no imo de sua alma que o senhor do universo dotou suas criaturas de um sorriso para acolher os felizes da reencarnação bela, colorida e consentida. Se por ventura a procura por nossa pessoa estiver no nosso próximo com os olhos marejando em lágrimas, estejamos certos de que nada existe por acaso, mas por uma causa. Nesse caso, o Pai Celestial te envia aqueles em prantos porque sabe que terás o conforto em Seu nome para oferecer. Alguns dos companheiros de viagem por esse planeta chamado Terra, em nome d’Ele te chamam com palavras dulcificadas, como poetas da última hora, e, mais uma vez, Deus sabe que somos capazes de musicar os seus versos.
Por isso, quando se bate à porta com a dor estampada no rosto dos entibiados, entrada da alma sofrida, soube a Consciência Cósmica previamente conceder os benfeitores os instrumentos para aliviar as dores do irmão em desespero. Não há contradita de que o Senhor do Universo, em sua Onipotência, Onisciência, Onipresença, Senhor da vida, nos enviou seu filho amantíssimo para curar as chagas do mundo e ensinar que tudo que ele faz, seus irmãos também serão, no devido tempo, capazes de realizar em nome do amor.
Assim, em seu nome e da Lei de Caridade, de Justiça e de Amor, que Ele trouxe no seu apostolado, tem sim, os irmãos de caminhada a possibilidade de aliviar a dor do próximo, sob a dialética do Homem de Nazaré, seus irmãos menores são Deuses e tudo que ele fez nós podemos fazer. O Senhor da Vida nos capacitou para ouvir e falar. Por isso, ouçamos e utilizemos o verbo, pois o verbo é vida. Se à nossa porta alguém bate faminto, encarecendo um prato de alimento, não nos esqueçamos do Divino Jardineiro.
Toda vez que deres de comer a um desses pequeninos é a mim que o fazeis. Por isso, Deus previamente manteve nossa dispensa repleta. Aplaquemos a fome e a sede daqueles que necessitam da alimentação para o corpo físico e acalentemos as almas em trânsito por esse mundo de Provas e Expiações. Enfim, se alguém tiver dúvida, sintonize-se com o Homem de Nazaré, porque é dele a assertiva de que ninguém vai ao Pai, senão por ele que é o caminho, a verdade e a vida. Se houver desânimo no irmão que procura arrimo em sua pessoa, sê você o estímulo para a sua jornada. Se houver desespero, seja adepto de São Francisco de Assis e leve a esperança ao coração estiolado.
Aos que estiverem alegres com a vida bela, colorida e consentida, associe-se ao brilho do rubi, sob a égide da questão 88 e segunda parte de “O Livro dos Espíritos”, entusiasmando e iluminando as veredas existências. Seja cúmplice do bem viver. Aqueles que se encontrarem em tumulto, com o espírito inquieto e na incerteza, leve a paz porque a Consciência Cósmica conta com o seu auxílio para conduzir o amparo aos caídos pelo caminho. Proceda sempre com confiança porque lhe foi dado segurança para enfrentar as tempestades da vida. Se alguém se aproximar de você com medo é porque você tem muito amor para oferecer.
Ninguém chega até você por acaso. É sabido que o acaso não existe, mas tudo acontece nesse universo da Potestade por uma causa. Em tudo há um propósito do universo sob a regência do Pai Onipotente, Onisciente e Onipresente. Somos filhos de Deus. Correspondamos à confiança e cuidemos de não frustrar quem nos procura na rua da amargura. Amanhã poderemos ser nós os aflitos e necessitados da solidariedade de nosso próximo. A omissão é crime. A dor que mora ao lado, pode mudar de endereço a qualquer hora. É somente então que veremos a importância da solidariedade.
Há uma responsabilidade imensurável nas mãos de quem é procurado. Faça tudo que estiver ao teu alcance, quando alguém lhe procurar. Pode ser que você seja o porto seguro, o alívio e a esperança daquele que está no fundo do poço do desespero. É lição de Jesus. Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviareis. Imitemo-lo como apóstolo fiel. Estenda as mãos e o Senhor da Vida lhe cobrirá de bênçãos, porque as mãos abertas serão sempre as mãos que têm condições de receber da Divindade para distribuir em nome o seu imenso amor. Não ceda seus olhos à fixação das faltas alheias, entendendo que você foi chamado a ver para auxiliar. Cumpra o seu dever de cada dia, por mais desagradável ou constrangedor lhe pareça, reconhecendo que a educação não surge sem disciplina.
Não se entregue à cólera ou ao desânimo, à leviandade ou aos desejos infelizes, para que a sua alma não se converta numa nota desafinada no conjunto harmonioso da oração. Caminhe no clima do otimismo e da boa vontade para com todos. Não dependure sua imaginação no cinzento cabide da queixa e nem mentalize o mal de ninguém. Em síntese apertada, esses caminhos têm fulcro nas lições de André Luiz / Chico Xavier, ensejando depositar nosso ósculo em seus corações com hóstia da fraternidade desejando um ótimo fim de semana em nome do Celeste Amigo.
Do amigo fraterno de sempre
- Jaime Facioli -