O tempo é nosso companheiro. Novamente estamos comemorando a efeméride do aniversário do Celeste Amigo. Essas são ocasiões especiais em nossas vidas. É hora da contabilidade. Somos adultos e ao crescermos adquirimos cidadania para viver em plenitude. A jornada para o amadurecimento espiritual teve início na autêntica valoração da vida. Os presentes não se tornam mais tão importantes. Necessitamos sim, da docilidade das palavras do Evangelho Redivivo do Mestre Jesus.
É na efeméride do Homem de Nazaré, que o mundo conturbado em que vivemos renova as esperanças, cedendo lugar aos eflúvios de Celeste Amigo. As pessoas começam a fazer o inventário do ano, colocando na contabilidade da vida as alegrias experimentadas ou as tristezas suportadas. Ninguém, até hoje, conseguiu realizar um acontecimento de tamanha envergadura como o Divino Pastor. Jesus de Nazaré foi tão importante para nossas vidas que dividiu a história da humanidade em antes e depois dele. Por isso, que nessa época sob seus favônios de amor, nos acostumamos a abrandar nossos corações, nossas almas e nossos espíritos, realizando um balanço de nossas atividades.
Sob o arrimo do Divino Pastor, constatamos que toda a humanidade se confraterniza, se presenteia, se apressa, verifica o saldo da vida e constata que no ano que se esvai houveram muitos sobressaltos, preocupações, dificuldades, pessoas queridas que partiram para o plano espiritual, outras que chegaram trazendo a alegria dessa reencarnação. Existiram momentos de alegria, de vitórias, conquistas, todas obtidas segundo o nosso esforço pessoal na direção do bem, quando cumprimos retamente nossos deveres, o que nos conforta o coração, possibilitando-nos sentir àquela percepção de júbilo pela consciência tranquila na direção de nossa paz interior.
Ao realizarmos o balanço existencial, percebemos que entre as perdas e ganhos, as vitórias e as derrotas, o que mais tocou nossos corações foi à prática da caridade, seja material ou moral, pois sempre que praticada nos deu a sensação da paz nos envolvendo nos eflúvios do Amigo Celeste. Nesse sentir e sob o espeque de Jesus a alegria começa a tomar conta dos corações sequiosos de amor, acendendo na luz da esperança, uma vontade de abraçar os amigos, a família e até mesmo os adversários e inimigos, sob a égide do amor fraterno que o Divino Rabi da Galileia legou a toda humanidade.
Sabemos que longe ou perto fisicamente, no pensamento ou nos ideais, a fraternidade e o amor verdadeiro não têm fronteiras e podem ser alcançados num átimo do pensamento, para fazer chegar até aos queridos amigos os nossos votos de um Feliz Natal e Próspero Ano Novo. É com esse sentimento d’alma, que anelamos nas alegrias e nas tristezas, integrantes da cesta básica da vida, nas experiências hauridas no ano que se finda, nas frustrações encontradas ou nas vitórias conquistadas na estrada existencial onde jornadeamos, que esse balanço deixe um saldo de alegria por essa reencarnação, que é bela, colorida, e consentida, na qualidade de candidatos à felicidade, dádiva que o Divino Mestre Jesus nos legou para o progresso existencial ao nos convidar:
“Vinde a mim todos vós que sofreis, e estais sobrecarregados e eu vos aliviarei. O meu fardo é leve e o meu jugo é suave”.
Por isso, diante do prenúncio das comemorações que se faz ao ilustre aniversariante do mês de dezembro, desejamos como integrantes da grande família universal, enviarmos nossos votos de um Feliz Natal e Próspero Ano Novo, homenageando a vida com a prece poesia de Maria Dolores, espírito, para dizer aos amigos, destinatários dessa carta de natal, sob o fluxo do pensamento das energias que emanam do Divino Mestre Jesus, balsamizando toda humanidade a seguinte oração:
“Agradeço, meu Deus, em minha prece enternecida. As almas boas que me deste à vida. No campo da afeição. Agradeço aos amigos que me emprestas, que me toleram falhas e defeitos, e equilibram-me os passos imperfeitos, dando-me paz e luz ao coração. Agradeço-te oh! Pai, a sensação confortadora e amena com que a palavra deles me asserena em meus dias de dor. E o silêncio que fazem para as lutas de que preciso para burilar-me, enxugando-me o pranto sem alarme pela benção do amor. Agradeço o socorro que me trazem, mostrando desapego nobre e raro, para que eu seja apoio ao desamparo, esperança de alguém. E a caridade com que me estimulam ao ser trabalho, benção, alegria, aprendendo a viver, dia por dia, nos domínios do bem. Por toda a santa generosidade, da estima doce e pura, de quantos me recebem sem censura, temos amigos meus. Eis-me ao sol da oração para dizer-te, oh! Pai do infinito Universo, na singela pobreza do meu verso, obrigado, meu Deus”.
Feliz Natal – Muita Paz.
Jaime Facioli e família. – Dezembro de 2015.