08.01.2016 – EM 2016 VESTIR O COLAR AZUL TURQUESA.
A história do Brasil registra que D. Pedro I, às margens do riacho do Ipiranga, hoje nossa querida cidade de São Paulo, deu o Grito do Ipiranga no dia 07 de setembro de 1822, promovendo as transformações políticas, econômicas e sociais que constituía os anseios do povo. Essa atitude teve profunda repercussão para àqueles que tinham sede de justiça, e marcou fim do domínio português sobre a jovem nação por cujos ideais, pereceu Tiradentes, executado pela coroa portuguesa por ter defendido a independência do Brasil. A data histórica ficou conhecida como o dia do FICO, em razão da resposta negativa para o retorno de D. Pedro I a pátria mãe, ao proferir a celebre frase da libertação do nosso querido Brasil. - "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico".
Foi no sentido de “ficar” para o bem do povo, que as responsabilidades foram assumidas em priscas eras na pátria espiritual pelos detentores dos poderes, sendo alvo das homenagens de gala para todos os brasileiros, quando o poder é exercido com pulcras atitudes, em nome das belezas da vida, onde os seres humanos em elevados estágios de pureza abrem o seu coração a benefício de seu próximo, como fez D. Pedro I, ao libertar o país das amarras que o prendiam ao julgo de Portugal.
É sempre o bem maior que dirige as ações daqueles que tem puro o coração. Jesus de Nazaré é o nosso modelo, guia, o ícone da bem-aventurança. Por isso, a narrativa sob a emoção dos sentimentos, se traz a colação a história do colar de turquesa azul, onde o homem por detrás do balcão olhava a rua como que distraído, olhar perdido no horizonte, quando uma garotinha se aproximou de sua loja, amassou o narizinho contra o vidro da vitrine e seus olhos cor do céu brilharam quando viu o colar exposto na vitrine e pediu para examinar mais de perto a belíssima peça. Depois de extasiar-se com a belíssima joia disse ao ancião que a atendia no papel de balconista. "Quero comprá-lo para minha irmã. Você pode fazer um pacote bem bonito?" Como não poderia deixar de acontecer, o dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou:
"Quanto dinheiro você tem? Sem hesitar, a menina tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós e ao depois colocou todos os seus recursos no balcão e disse-lhe perguntando: "Isso dá, não dá?" Em verdade eram apenas algumas moedas que a garotinha exibia toda orgulhosa, dizendo: "Sabe, senhor, eu quero dar este presente para minha irmã mais velha. Desde que nossa mãe morreu, ela cuida de mim e não tem tempo para ela. Hoje é o aniversário dela e tenho certeza de que ela ficará contente com o colar que é a cor dos olhos dela".
Nosso personagem, tocado pela emoção do bem querer e pela atitude pulcra da garotinha, foi para o interior da loja, colocou o colar em um em fino estojo e embrulhou a joia preciosa em vistoso papel de presente fazendo um laço de amor no mimo que seria entregue a bondosa irmã mais velha dizendo a garotinha.
"Tome querida. Leve com cuidado o presente de sua irmã". A pirralhinha saiu toda feliz e saltitante da loja, com o seu coraçãozinho em disparada. Que felicidade nossa alma sente quando propicia alegria a outrem. Aconteceu que o sol naquela linda tarde, ainda não cedera lugar à lua prateada que haveria de iluminar com suas estrelas a nossa antiga Terra de Vera Cruz, quando uma linda jovem de cabelos loiros e encantadores olhos azuis entrou na loja. Colocou sobre o balcão o embrulho com um laço azul, agora desfeito na emoção daquele momento, e interrogou ao simpático senhor por traz do balcão.
"Este colar foi comprado aqui?". Recebeu como resposta a afirmativa do dono da loja. Assim, diante da certeza da procedência do colar, e de sua convicção quanto ao reto proceder e pureza do coração de sua irmãzinha, cuja educação lhe era muito cara, perguntou: "E quanto custou?" O nobre senhor, percebendo as intenções da beneficiária do gesto de amor, e pressentindo que ela sabia que a irmãzinha não tinha recursos para comprar aquele belíssimo colar de turquesas azuis, exclamou: " Ah! ”. “Minha querida, o preço de qualquer objeto em minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente".
A linda moça redarguiu com sabedoria e admirada: Senhor. Minha irmã tinha somente algumas moedas, como poderia ter comprado um colar tão caro, verdadeira joia de rara beleza. Ela não tinha dinheiro para pagar por tão preciosa peça. O bondoso senhor tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho e colocou novamente a fita e devolveu à jovem dizendo: "Ela pagou o preço mais alto que se pode pagar por essa joia de rara beleza, na intenção de fazê-la feliz. Ela deu tudo o que tinha."
O silêncio encheu a pequena loja e lágrimas rolaram pela face da jovem enquanto suas mãos tomaram de volta o embrulho que apertou junto ao seu coração em agradecimento à vida, as atitudes de probidade, de confiança em Deus e os destinos a que estamos confiados pela Providência Divina.
Por essa razão, lamenta-se dizer que muitas criaturas ainda não sabem esculpir em suas almas os bens que acalentam os seus corações para bem cumprir o seu reto dever. Tem-se dificuldades para dar um abraço, ceder o lugar as pessoas idosas, as gestantes, aos deficientes físicos, a vez no trânsito, vg cumprir com ética as funções que estejam encarregados, adotando o adágio de que todo o bem que se faz a outrem milita a seu favor alhures. Sob esse espeque, incontáveis criaturas insistem em permanecer no cargo público, mesmo que haja motivos de sobra para a renuncia às benesses da gênese da impulcritude, ou aqueles que roubam, assaltam à mão armada, ou vestem-se de homens bombas em nome de interesses escusos, ainda que sintam que tudo esse proceder é reprochável.
Nesse sentir, sem egolatria, D. Pedro I teve a dignidade de proclamar o dia do "Fico", imortalizando-se como àquele que sabe dar e entregar-se em benefício do próximo. Assevere-se por isso, que na história da humanidade, ninguém mais perfeito, modelo e guia de doação, amor e caridade que o Divino Rabi da Galileia. A Ele se eleva os pensamentos no início do ano que nasce, plasmando um lindo e incomparável colar para ofertar as Turquesas azuis, em gratidão às lições que legou a humanidade, afim de que pudéssemos fazer de nossas vidas um caminho de luz a sinalizar os esplenderes celestes, para pedir a benção do Pai Celestial para o Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, possa servir de modelo aos bulhentos da retaguarda.
Com esses sentimentos dalma, segue nosso ósculo depositado em seus corações, em nome da oblata da fraternidade universal, votos de um ano novo inteirinho de bem proceder e felicidade em nome do Divino Pastor.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli