31.03.2017 – A PRESENÇA DE DEUS NA VIDA DE SEUS FILHOS.
Os filhos do Senhor da Vida estão, indiscutivelmente, em jornada de aprendizado pelo planeta Terra. Muitos são os alunos matriculados nessa universidade em busca da aprovação tão desejada. Segundo as estatísticas da ONU, dados coletados até janeiro de 2011, a população terrestre completou sete bilhões de seres encarnados nessa terra de Deus, todos em busca da felicidade, atentos aos cânones da lei de progresso, pois tudo na vida tem um propósito e nada é por acaso, mas por uma causa determinada. A viagem reinicia com o renascimento físico, dependente de todos os cuidados e com a benção do manto do esquecimento, destinado a facilitar o caminho para as provas e expiações, medidas reparadoras das faltas cometidas no passado comprometedor.
Anote-se que esse passado em desalinho não se deu porque as criaturas fossem más por natureza, pois o Criador, sob auspícios das questões 115, 133 e 804 de “O Livro dos Espíritos”, criou seus filhos simples e ignorantes, inobstante os filhos da Potestade, no aprendizado da vida, exercendo o livre arbítrio, desviaram-se da porta estreita, e, em consequência experimentam os acúleos da dor, reprimenda e corretivo que ajusta os passos dos caminheiros na didática das existências, realizando as provas e as expiações, resgate e aprendizado para o caminho do bem.
Exsurgem desses ajustes lições novas e provas que não imagina a filosofia dos estudiosos, máxime porque a trajetória do mar bravio da existência não se faz senão com o devido acompanhamento previamente abençoado pelo Pai Celestial. É no lar e no seio da sociedade civil organizada que se encontram os modelos e as condutas que irão ditar o comportamento para o futuro daqueles a quem Deus confiou a guarda e proteção dos viajores recém-chegados, amoldando-se lhes o caráter e colocando as proteções necessárias para o seguro crescimento, desde o aprendizado da comunicação pela palavra articulada até os princípios da moral elevada.
Não se negue, todavia, que as criaturas trazem n’alma os sonhos, desejos ocultos pelo “nirvana” ou pelo paraíso que se busca com tanta sofreguidão nessa maravilhosa viagem de progresso pelo planeta Terra, e, esses desejos, sonhos e objetivos, quiçá deram ensejo ao conceito de Carl Gustav Jung, criador da Psicologia Analítica, discípulo de Freud, considerado o “príncipe herdeiro da psicanálise”, ao aforismo de que “Aquele que olha para fora sonha. Mas o que olha para dentro acorda”. Ora, é esse sem dúvida o arrimo que não dá azo para a vã filosofia imaginar, o infinito universo da Consciência Cósmica sem a presença da Divindade, frente a realidade dos atributos da Inteligência Suprema Causa Primária de Todas as Coisas, ou ainda sob outra dicção, sua Onipotência, Onisciência e Onipresença, por óbvio, zela por suas criaturas sob o pálio da questão número 963 de “O Livro dos Espíritos”.
Sob o fluxo desses sentimentos, viver é sentir a paz de Deus que habita em cada criatura, na jornada onde cada ser personalíssimo é integrante do Universo, sentindo que Deus habita e transforma as criaturas por intermédio das ações e pensamentos, celeiro onde nasce, cria-se, conversa, apreende-se e se transforma os filhos da Potestade com a paz e a harmonia.
Quando cada ser se conecta com lhaneza ao Pai todo Poderoso, essa Divindade interior expande e transforma o lugar onde vive contribuindo para a melhora da humanidade, eis que a gênese da criação tem o mesmo ponto de partida, portanto, interligados pelo amor Divino. Destarte, se concebe novo sentido à vida, olhando o mundo e os viajantes em provas por essa existência com redobrado carinho e atenção, tudo porque se passa a refletir e agir com consciência e propósito sinalizando que se está avançando, progredindo em direção aos esplendores celestes.
Com essas considerações, bem se vê que, Jung está com a razão, na metáfora, que concita as criaturas a olhar para dentro afim de acordar, que em outras palavras também enseja a reflexão sobre o despertar do espírito para a sua natureza, sua eternidade, seus propósitos e o seu destino em direção às estrelas. Muito se diz, alhures e algures, que a vida está a desgoverno, que os crimes tomam conta da população, que as barbáries estão presentes no seio da sociedade, e toda sorte de delitos, plantam como erva daninha na alma dos viajores, a desilusão, o desânimo e a desesperança.
Nada obstante essa realidade, momento de aprendizado e prova, a verdade, sem contradita, é que o Pai Celestial está em contato permanente com suas criaturas e seu filho unigênito, o Divino Jardineiro governa esse planeta de provas e expiações chamado Terra, oferecendo todas as condições para o progresso ao suprir as necessidades de cada candidato à felicidade. Sob a bandeira do Homem de Nazaré, ainda que o tempo se perca na eternidade da existência, não há outro caminho senão lançar o olhar para dentro de cada viajor, e, sem medo, silenciar a algaravia do mundo exterior para no silêncio d’alma, sentir o encontro com a Divindade, e, sob o comando da força poderosa dos pensamentos, examinar as atitudes diante da vida, bela, colorida e consentida.
Esse proceder dá oportunidade ao entusiasmo e à determinação na realização das tarefas para que a alegria se instale nos corações sequiosos de paz, na exata medida em que cada viandante, substituir os sentimentos de fracasso, pela esperança e a certeza de que a vida, a cada dia, a cada minuto a cada segundo oferece um novo sol de expectativa, trazendo a bem-aventurança e a plenitude dos sonhos que se realizam sob a batuta do Divino Galileu, caminho, verdade e a vida.
A integração e a presença do Senhor do Universo na vida de seus filhos são tão grandiosas, que proporcionam aos viajantes das estrelas, a sensação de ter e estar nascendo a cada momento, vivendo o tempo presente sob a dádiva de um eterno mimo que se realiza nos novos acontecimentos, nas novas realizações em cada projeto sob a edificação das criaturas, sujeitas ao pálio do esforço pessoal em direção os esplendores celestes. Com efeito, toda reforma interna depende da busca e do desejo sincero que, por seu turno, necessita para o sucesso a crença de que a vida tem um significado e um propósito, que se alcança por meio do autoconhecimento, tarefa personalíssima de cada interessado, para que com dedicação e alegria, se ajude também na construção de um mundo melhor.
É indispensável sentir a presença de Deus no imo das almas em trânsito pelo belíssimo planeta Terra, máxime porque a energia dessa integração é convertida em benefícios para todas as criaturas quando se realiza essa aproximação com o coração puro porque Deus está em suas obras, e sem dúvida, quem olha para fora, sonha, quem olha para dentro acorda, desperta para a vida, para a certeza de que Deus habita os corações de seus filhos, hoje, agora e para sempre.
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo Fraterno de sempre.
Jaime Facioli