Estamos indiscutivelmente em uma jornada de aprendizado pelo planeta terra. Muitos são os alunos matriculados nessa universidade em busca da aprovação tão desejada. Segundo as estatísticas da ONU, por dados coletados até janeiro de 2011, a população terrestre completou sete bilhões de seres encarnados nessa terra de Deus, todos em busca da felicidade, atentos aos cânones da lei de progresso, pois tudo na vida tem um propósito e nada é por acaso, mas por uma causa determinada. A viagem reinicia com o renascimento físico, dependente de todos os cuidados e com a benção do manto do esquecimento, destinado a facilitar o caminho para as provas e expiações, medidas reparadoras das faltas cometidas no passado comprometedor.
Anote-se, que esse passado em desalinho não se deu porque as criaturas fosse má por natureza, pois o Criador, sob auspícios das questões 115, 133 e 804 de “O Livro dos Espíritos”, criou seus filhos simples e ignorantes, inobstante os filhos da Potestade, no aprendizado da vida, exercendo o livre arbítrio, desviaram-se da porta estreita, e, em consequência experimentaram os acúleos da dor, reprimenda e corretivo que ajusta os passos dos caminheiros na didática das existências, realizando as provas e as expiações, resgate e aprendizado para o caminho do bem.
Exsurge desses ajustes, lições novas e provas que não imagina a filosofia dos estudiosos, máxime porque a trajetória do mar bravio da existência não se fará, senão com o devido acompanhamento previamente abençoado pelo Pai Celestial. É no lar que se encontra os modelos e as condutas que irão ditar o comportamento para o futuro, daqueles aquém Deus confiou a guarda e proteção dos viajores recém-chegado, amoldando-se lhe o caráter e colocando as proteções necessárias para o seguro crescimento, desde o aprendizado da comunicação pela palavra articulada até os princípios da moral elevada. Com essas intenções, a pureza do ser enquanto criança, faz graça, chora, cresce, frequenta as escolas e as faculdades tudo com o objetivo de lograr êxito na arte de bem viver. As famílias, certamente fornecerão além dos conhecimentos e métodos sociais destinados ao sucesso, também o devotamento na vida espiritual de onde todos são egressos. Seja na alegria ou na tristeza, no amor e na dor, tudo faz parte da cesta básica do trânsito do jornadear nas provas ou no resgate indispensável ao crescimento, cabendo por isso mesmo aproveitar e bem as lições ministras.
Afinal de contas todos são, no dizer sapiente do espírito benfeitor da humanidade Joanna de Ângelis, “candidatos à felicidade”, aprendizes do mundo. Nessas condições, há que se aproveitar ao máximo as lições que a nova existência oferece aos inscritos na Universidade da Vida, não bastando o sucesso material, sabido que é nas prédicas do Divino Pastor que os bens materiais são apenas instrumentos destinados ao homem do mundo material e que a verdadeira salvação reside na caridade.
Essa virtude, está no trato com os semelhantes, o próximo, auxiliando-os sempre que necessário, verbi e gratia, já que dotados da inteligência, empregá-la com bondade, na arte da paciência e da mesma forma fazer da resolução dos problemas e dificuldades das provas, ícones de procedimento sem alterar o comportamento pulcro. Ao olhar para a estrada já percorrida pelo espírito imortal, depara-se, olhando para a ribalta da existência, no templo de Delfos inscrito em seus portais a notória expressão “conheça a ti mesmo” deixada pelos sábios da antiga Grécia e adotada pelo Filósofo Sócrates como balizador da vida.
Quando do advento do Celeste amigo, aproximados 490 anos depois desses episódios, o Divino Jardineiro orienta os viandantes a conhecer a verdade para se libertar das amarras que os prendem aos atavismos, mostrando em luzes luminífera as lições que não se pode olvidar, através da lei de Amor, Justiça e Caridade.Com esses sentimentos é claro dizer que se deseja ser bom juiz, é indispensável ouvir o que cada um diz, com absoluta imparcialidade, pois todos têm a sua verdade subjetiva e seu aprendizado conta-se pelo tempo e esforço do dia a dia, nos bancos acadêmicos da vida.
Não há como negar, que aquele que chega até o cume por qualquer vereda que seja, tem o coração dolorido, e o dever do irmão próximo é oferecer a caridade de ouvir suas súplicas, oferecendo o melhor que estiver ao seu alcance para facilitar-lhe a vida, assim como gostaria que em retorno também o tratassem indicando o caminho do bem. Oh! Meu Deus. São tantas as lições do mundo que não se está certo de que se conseguirá colocá-las todas em prática, mas a confiança em Tua infinita Misericórdia, Bondade e Amor, concede carta de alforria para se avançar hoje e sempre tornando o aprendizado de hoje em diploma para o amanhã, plantando no jardim da existência as rosas que irão perfumar os caminhos do porvir.
Por derradeiro, pedimos licença para parodiar a benfeitora da humanidade, Joanna de Ângelis para dizer em gratidão, Senhor Deus, dono do tempo e da eternidade, teu é o hoje e o amanhã, o passado e o futuro. Ao conceder a nova oportunidade de realizar as provas e as expiações, queremos te dizer obrigado por tudo aquilo que recebemos de Ti. Obrigado pela vida e pelo amor, pelas flores, pelo ar e pelo sol, pela alegria e pela dor, pelo que nos foi possível realizar nessa escola da vida e pelo o que não logramos êxito ainda. Senhor, é nosso desejo aproveitamos a presente jornada para te apresentar às pessoas que ao longo deste tempo aprendemos amar, as amizades novas, os amigos e os antigos amores. Aqueles que estão perto de nós e aqueles que pudemos ajudar, e da mesma forma a família, os irmãos com quem compartilhamos a vida, o trabalho, a dor e alegria. Senhor, aproveitamos o momento para te pedir perdão. Perdão pelo tempo perdido, pelo dinheiro malgasto, pela palavra inútil e o amor muitas vezes esquecido ou desperdiçado. Perdão pelas obras vazias e pelo trabalho mal feito, perdão por viver sem entusiasmo. Também pela oração que aos poucos fomos adiando e que agora estamos te apresentando, por todos nossos esquecimentos, descuidos e silêncios, novamente te pedimos perdão. Todavia, nestes instantes em que paramos nossas vidas diante do calendário terreno e te apresentamos os dias futuros que somente Tu sabes se chegaremos a vivê-los, pedimos por nós, os parentes, os adversários, os amigos e detratores, a paz e a alegria, a fortaleza e a prudência, a lucidez e a sabedoria. É nosso desejo viver cada dia com otimismo e bondade, levando a toda parte um coração cheio de compreensão e paz, fazendo valer a pena, cada momento vivido por essas lições memoráveis de vida, razão de te rogamos, fecha nossos ouvidos à toda falsidade e nossos lábios a palavras mentirosas, egoístas ou que magoem. Enche-nos também de bondade e alegria para que todas as pessoas que encontrarmos em nossa jornada possam descobrir em nós um pouquinho de Ti. Finalmente, ensina-nos a repartir a felicidade e que o Divino Galileu nos abençoe agora e para sempre.
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo Fraterno de sempre.
Jaime Facioli