Na ciência da observação, colhe-se a verdade dos acontecimentos, notadamente a caminhada dos filhos da Providência Divina em direção aos esplendores celestes, única fatalidade que o bom senso acolhe com lógica, porquanto tudo o mais existente na vida tem uma causa e não cai uma folha da árvore se não for pela vontade do Pai que está no Céu. Assim, nada obstante a linha condutora e o zênite estabelecido pelas criaturas no plano extra físico para cumprirem o programa adrede traçado, incontáveis acontecimentos ocorrem no jornadear dos candidatos à felicidade na grande viagem pelo planeta Terra, na realização das provas e expiações.
No exercício do livre arbítrio, entre esses as escolhas que se faz no jornadear da existência transitória dos viajores em direção aos páramos celestiais encontram-se os investimentos, sejam a curto, a médio ou a longo prazo. Essa é a marca pela qual se reconhece os homens de negócios terrenos, habituados a linguagem dos financistas que mesclam as ações em resultados financeiros, as quedas das bolsas de valores, os títulos cambiais, e a perda ou valorização das moedas.
Esses investimentos, sem contradita, cuidados zelosamente pelos responsáveis e portadores desses valores, são vistos e revistos diariamente consumindo energia à exaustão dos interessados em sua multiplicação. Incontáveis oportunidades chegam a dedicar valiosas horas de sono de seus cuidadores, por conta das oscilações do mercado de ações e as flutuações das moedas, sempre em busca de encher os cofres e as contas bancárias. Bem por isso, não se auto permitem outras preocupações com os demais valores que engrandecem as criaturas no seu jornadear pelo planeta terra.
Nada obstante, no outro pólo as criaturas estão conscientes de que não existe nada no mundo com uma face solitária, ou no jargão popular, o outro lado da moeda, é indispensável conjecturar sobre os valores e os investimentos a curto, a médio e a longo prazo que realizamos para nossa alma no encontro com a tão desejada paz que propôs o Pastor das almas aos viandantes que buscam a felicidade.
Nesse sentir, há que se pensar no investimento das lições do amigo incondicional de todas as horas, o Homem de Nazaré, disponibilizando o seu amor lhanozo como título de crédito garantido pelo Pai Celestial, e cuja cotação está sempre em alta na bolsa dos valores d’alma, e sua cotação não tem sofrido oscilação de priscas eras, senão para aumentar os proprietários com o lucro da elevação moral dos investidores. Em momentos de sofrimento, na travessia das provas da existência, sempre são as lições memoráveis e sinceras do Messias, que se faz presente, oferecendo o ombro amigo, sustentando o estiolamento e oferecendo a taça do amor, repleta de caridade ao acender o fogão sem lume, dar arrimo a dor da viagem inesperada de um familiar no retorno à pátria espiritual.
Crê-se que não há quem não tenha experimentado essas circunstâncias aziagas do mar bravio de qualquer das existências de provas e expiações. Por isso, esse amor incondicional como lecionou o Divino Jardineiro, merece atenção especial de todo bom investidor nos projetos de pacificação da alma, aqueles que se candidatam ao lucro da felicidade, valioso investimento de amor ao próximo. Esse investimento tem similar procedimento com o da bolsa de valores dos amoedados, porque basta um telefonema para dar um “Olá”, teclar um WhatsApp para enviar parabéns pelo seu aniversário, dedicar um pouco do tempo em prol da fraternidade, ou somente ligar o celular para perguntar ao amigo e irmão de jornada, “Como vai?”.
Com os lucros obtidos nessa bem-aventurança, imagina-se reinvesti-los no convite para os amigos, parentes e familiares, para um cafezinho no final da tarde, ou mesmo um jantar onde se reúne a fraternidade para “matar” as saudades. Oh! Meu Deus, quanto não renderá na caderneta de poupança esse investimento de amor? Quanto não renderá em bônus também, um convite para um teatro, adquirir um mimo e envolve-lo em papel de festa de bem querer e ofertar aos parentes, amigos, ou mesmo aqueles a quem a amizade está enfraquecida? O rendimento de amor deve sem dúvida gerar dividendos inestimáveis nas bolsas de fraternidade de todo o planeta.
Adotar essa postura, é insculpir n’alma os sentimentos extravasando carinho e ternura por quem, na ribalta dos acontecimentos já nos ofertou o ombro para chorar ou ouvir os “lamentos” no momento de dor, quando não esteve apertando a mão, em gesto momento de solidariedade, sem nada dizer, ao expressar tudo o que a linguagem humana se mostra incapaz de traduzir. Outro bom investimento é a cultura. Não corre perigo de baixar sua cotação, pois esse investimento requer a procura de bons livros, aqueles que podem ser emprestados de bibliotecas ou de amigos. São os mesmos que podem ser adquiridos em livrarias. Trata-se de investimento sério de aplicação ao longo prazo, para serem lidos e relidos, analisados e discutidos com sensatez, obtendo como resultado enriquecer o vocabulário, arejando as ideias.
Compõe também uma boa “carteira” de investimentos diversificados, como manda a boa técnica, investir em cursos que aprimorem a expressão na língua pátria e de outros povos, promovendo o crescimento do intelecto. Da mesma sorte, investir nas crianças, futuro do mundo, é investimento que inicia no lar, quando àquele que Deus confiou a guarda e educação dos pais, recebem as primeiras noções do amor e de virtude. Investir neles é encontrar tempo para ouvir o relato das suas conquistas pessoais, das batalhas vencidas, das novas amizades conquistadas. Colar “figurinhas” no álbum da vida, contar com eles as pedrinhas colhidas no dia, os balões estourados na festa, as velinhas apagadas. Falar sobre a necessidade do amor, da alegria, do trabalho e da paz, incluídas todas as virtudes a serem conquistadas na universidade da vida, são dádivas divina a ser distribuída a macheias na excelência do reto cumprimento do dever.
Jamais esquecer de ilustrar a vida para os filhos da Divindade, como bela, colorida e consentida, mostrando-lhes com otimismo a possibilidade de progresso, mediante lições de amor aos livros, lendo com eles e disponibilizando as joias da literatura infantil, para diverti-los, instruí-los e educar lhes. Falar-lhe de Deus, da vida, do amor. Sentar-se com eles, nos degraus do tempo, penetrando em seu mundo para inundá-lo de luz. Oh! Meu Deus. Quanta benção e quanta alegria rendem esses investimentos a curto, médio e a longo prazo, máxime porque rendem incontáveis bônus nos dias da terra e no porvir da pátria espiritual, avançando as fronteiras do Espírito onde se colhe as bem-aventuranças da eternidade e do dever retamente cumprido nas Leis de Deus, pois os rendimentos foram colocados onde as traças não corroem e os ladrões não roubam.
Dos investimentos “Top de Linha”, na carteira de ações do experiente investidor não pode faltar a mais segura e rendável das ações, ou seja, aquele no qual as criaturas coloquem a nobreza dos ideais maiores obtidas na questão 621 de “O Livro dos Espíritos”, a consciência de sua nobre missão no planeta em provas e expiações, ou em outra dicção, aquele que se refere ao Espírito imortal que se encontra pela Terra, somente em ligeira passagem e o melhor tempo para se investir é o tempo presente, consoante o ideário do momento espírita de 21.05.2014.
Com esses sentimentos d’alma, recebam nosso ósculo depositado em seus corações em nome da oblata da fraternidade universal, anelando que tenham um ótimo fim de semana em nome da Excelência da boa palavra e do Amor de Jesus.
Do amigo fraterno de sempre.
- Jaime Facioli