No uso da inteligência concedida pelo Criador as suas Criaturas, a ninguém será lícito afastar-se da reflexão de que na essência dos filhos da Potestade, sob os ditames da Lei de Progresso, está ínsito o planejamento da existência a ser vivida, sob os auspícios das Leis da Potestade. Cabe nesse caso, aos beneficiários dessa benção, sem exceção, planificar a chamada “vida”, em verdade a existência a ser vivida, em busca da felicidade e por isso os estudiosos da existência humana sempre buscam o bem proceder e anseiam cumprirem retamente seus deveres.
Adotando-se agora essa postura, sem crítica acerba aos comprometimentos do passado delituoso e aos desacertos transatos na vereda escolhida para transitar em decorrência do livre arbítrio, acaba-se por experimentar as dores pungentes dos desalinhos até se dar conta das bem-aventuranças. Ninguém, mas absolutamente ninguém, deve condenar-se pelo passado comprometedor e viver o presente com um complexo de culpa. Indispensável realizar a catarse dos calhaus para poder caminhar em direção aos altiplanos celestiais. Afinal, fomos criados simples e ignorantes segundo dispõem as questões 115, 133 e 804 de “O Livro dos Espíritos”.
Na trajetória das existências, cumprindo a lei de progresso, uma das 10 leis naturais a que estão submetidos os filhos pelo seu Criador, obviamente se comete desacertos de toda espécie e na colheita das tempestades do plantio, se aprende a lição, a exemplo das crianças que caem ao apreenderem andar, para depois acertarem os passos. Basta um olhar na realidade do dia a dia e da hora a hora para se constatar essa assertiva. São pessoas que se matam por bagatelas. Filhos matam os pais. Pais matam os filhos. Nações em constantes guerras pelo poder. Há os que roubam e os estelionatários, sem se esquecer daqueles que estão constantemente a falar mal do próximo e onde não há estrelas, veem a escuridão, tanto quanto aqueles que mentem compromete os compromissos com a honradez.
Todavia, não se deixe enganar pela vã filosofia, uma vez que não resta dúvida de que o ser humano não é mau por natureza. Descuidados e experimentando as várias oportunidades dos testes existenciais colocados à disposição dos candidatos à felicidade, incontáveis criaturas escolhem a porta larga da vida e se comprometem os pulcros e sacrossantos propósitos de elevação espiritual. É indispensável se possa ter presente nos ideários de vida, a chama de luz que serviu de bandeira para o arauto do bem, MAHATMA GANDHI, um dos ícones da humanidade, o homem probo que libertou a Índia do jugo dos ingleses sem derramamento de uma só gota de sangue, pelo exercício que fez, seguindo os passos de Jesus de Nazaré de não violência ao cunhar o lapidar axioma:
“ASSIM COMO UMA GOTA DE VENENO COMPROMETE UM BALDE INTEIRO, TAMBÉM A MENTIRA, POR MENOR QUE SEJA, ESTRAGA TODA A NOSSA VIDA”.
Com essas considerações, os que têm sede de justiça, candidatos à felicidade inscritos na universidade da vida anelam cumprirem retamente a Lei de Amor, de Justiça e Caridade que o Divino Pastor trouxe a esse Orbi, para o reto proceder a fim de planificar a vida, bela, colorida e consentida com procedimentos pulcros e lhanozos para elevação do espírito. Deve-se separar a ânsia material da ânsia espiritual. Não se olvide jamais que o homem não é um ser humano com atividades espirituais, mas é um ser espiritual com atividades humanas. É sob esses cânones que muitos irmãos de caminhada sempre querem mais, imaginando que não têm o que momentaneamente possa estar em falta.
Se por acaso o reclamo é a escassez de dinheiro, nutrem um sentimento de pobreza murmurando contra o Criador e se a “desventura” for a razão da posição social, sentem-se rebaixados e injustiçados pelo Senhor da Vida. Quando se trata de consideração, muito além do que se julga merecedor, mesmo não existindo razão para isso, julga-se infeliz e no campo do afeto, a bulha é conceber a ideia de que não merece o amor que se recebe dos que sãos caros e afetuosos. Não resta dúvida de que é louvável anelar até mesmo com sofreguidão, alcançar o progresso e avançar em todas as atividades por onde o ser humano moureja, até porque o desejo sincero de se melhorar na vida está consentâneo com a lei de progresso.
Não se segue daí a adoção de reclamos, murmúrios e impregnação contra a Divindade, dizendo como costumeiramente se faz: Oh! Meu Deus. Para mim nada dá certo. Ninguém me ama. Não mereço a consideração que me é devida. A vida não vale a pena ser vivida diante de tantas dores, tantas guerras e muito ódio no mundo que tudo parece perdido.
LEDO ENGANO.
O mundo vai bem, obrigado. Deus, Pai todo poderoso, em sua infinita misericórdia não criou o mundo para ser depositário do mal, muito menos seus filhos são maus por natureza, senão transitoriamente em desalinho na escola da vida. Há mais de sete bilhões de criaturas de Deus em viagem por esse planeta de provas e expiações, segundo a última estatística da Organização das Nações Unidas. Se somados os irmãos transitoriamente em desalinho, estatisticamente não se chega a um por cento da população neste mundo do Senhor do Universo. Logo, repita-se, o mundo vai bem obrigado.
Contudo, em nome da Lei de Progresso e a mudança de status no planeta, para alcançar a honra de se pertencer ao mundo de regeneração se deve planejar a estadia da existência no planeta de provas e expiações. Acertar o passo para poder acompanhar a evolução a que se está sujeito. Adotar como norma da vida nas provas ou expiações da universidade da vida, a reforma íntima.
O planejamento de um ideário de bons pensamentos, associados à prática da caridade em infinitas nuances, como o exercício do perdão, da mansuetude, da paciência será de bom alvitre para conduzir o viajor aos páramos celestiais. Planifiquemos a existência em trânsito pelo belíssimo planeta Terra, em nome do amor, convite perene do Divino Pastor na assertiva de todas as criaturas são Deuses e que tudo que Ele fez, pode-se também ser feito pelos viandantes e fazer e muito mais. O tempo, todavia, será o medidor da reforma íntima para alcançar essa láurea.
Por essa razão, o Senhor da vida é tão generoso que permite aos seus filhos aproveitarem o tempo o máximo possível em cada encarnação. Assim, ao realizar as provas necessárias à avaliação, se tem também a ensancha de ajustar os compromissos assumidos no passado com os desacertos, tentativa de aprendizado que se realiza para o bem proceder. Tanto outrora, como agora, temos que realizar esforços inauditos para aproveitar as lições. É de Joanna de Ângelis o ensinamento de que somos todos aprendizes da felicidade.
Sem dúvida nessas condições deve-se aproveitar as lições que o mundo belo colorido e consentido, oferece nas tarefas a que se propõe e nas escolhas que se faz nas profissões ou no lar onde optamos por construir o amor em plenitude.
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo Fraterno de sempre.
Jaime Facioli