Indistintamente os filhos da Potestade em trânsito na jornada da vida, desejam com sofreguidão olvidar os equívocos, as dissidências, as cizânias, os dissabores das tempestades e os acúleos encontrados no jornadear pelo mundo de provas e expiações, resultado, sem dúvida, do exercício do livre arbítrio. Os anelos das criaturas nesse sentido são tão fervorosos, que o ideal seria passar uma borracha nos acontecimentos desventurosos, ou “deletar” na linguagem da informática, as aziagas que ocorreram nas existências transatas. Todavia, arquiva-se na consciência, em essência a convicção de que se está em provas e expiações e que os desacertos têm o seu propósito, porquanto nada, absolutamente nada acontece por acaso, e tudo tem um objetivo nobre na misericórdia das Leis Divinas.
Incontáveis acadêmicos nos tempos memoráveis que se passou nos bancos escolares, açodando as aulas, sempre ansiaram pelo dia seguinte para passar a limpo as lições hauridas nas inesquecíveis prédicas. O Senhor da Vida, Onipotente, Onipresente e Onisciente, conhecendo bem seus filhos, os orientou pelo Divino Pastor, para bater que a porta se abriria e da mesma forma, para pedir que se obteria. Sobre outra vertente, esse proceder significa haurir os ensinamentos na fonte da vida, no Evangelho Redivivo do Mestre Jesus, onde tudo aquilo que se necessita para as jornadas existenciais, estão à disposição para as viagens de aprendizados pelas veredas oferecidas pelo Criador.
A primavera, é sempre bela, colorida e consentida, se renovando com as folhas velhas cedendo lugar, às novas oportunidades para as mudanças interior, materializando a renovação que se deve realizar com os novos propósitos para a bem-aventurança, o bem proceder, o respeito e o amor ao próximo, ciente de que as leis divinas são imutáveis. Oh! Meu Deus. Na primavera, a vida se renova. Que benção. Nesse sentir, com fulcro na escola dos arautos do bem, pode se dizer que o Senhor do Universo, em tua infinita sabedoria faz cair as folhas velhas das árvores por toda a natureza onde depositou o Seu autógrafo.
Assim, a vida se renova, a existência reinicia seu ciclo de folha nova no livro da vida, para escrever a história do aqui e do agora, mais maduros e experientes. Sem contradita, na beleza da vida a natureza engalana-se de tonalidades mil, para contemplar a nova chance de cada uma das criaturas, ao receber a benção da infinita bondade do Criador, tal como o sol que oferece um espetáculo radioso pelas primeiras horas da manhã para uma plateia cuja maioria dorme em berço esplêndido. Sob esse díptico, a aspiração de que se tenha uma primavera repleta de alegria, é iniciar uma nova etapa, é ter a chance de fazer novos amigos, ajudar os irmãos de caminhada, aprender e ensinar novas lições, vivenciar outras dores e suportar os antigos problemas em provas e expiações.
A existência sem dúvida é uma prova na qual se inscreve os candidatos a felicidade, razão porque há novos motivos para chorar e outros tantos para brindar a saúde, a família e a oportunidade d’ouro para realizar os projetos de prisca era anelado. Indiscutivelmente, a nova primavera será o visto no passaporte para os Páramos Celestiais, porquanto nesse novo começar, repleta os corações de paz, amando o próximo e dando amparo aos necessitados consoante o convite do Homem de Nazaré. Oh! Senhor. Rogamos que nessa nova oportunidade se faça as preces há tempos esquecidas nos corações de tuas criaturas, e que em nome da gratidão se agradeça mais e nada reclame em homenagem à resignação. De fato, viver uma nova primavera, é amadurecer e olhar a vida como dádiva de Providência Divina. É também ser rima, é ser verso, é ser Filho de Deus no universo.
No entardecer de cada existência e a cada primavera, são os mesmos filhos da Consciência Cósmica, mas muito mais experientes, máxime no dizer do saudoso poeta Carlos Drummond de Andrade, de que “a vida é uma sucessão de acontecimentos”. São esses acontecimentos de cada dia, de cada hora e de cada mês, na essência da existência dos viandantes que os fazem crescerem em direção aos páramos celestiais e nenhuma criatura está imune dessa nova oportunidade.
Por essa razão, a Consciência Cósmica concede as reencarnações, tantas e quantas se fizerem necessárias até que se possa alcançar as esferas celestiais, seguindo a lei natural de progresso. Todos alcançarão as estrelas. O tempo de cada um certamente é diferente. Nesse contexto a humanidade homenageia aqueles que estão comemorando a nova primavera como o nascimento de nova oportunidade de crescimento. Se o Senhor da vida tem permitido atingir largo tempo nessa existência, significa a alegria dos resgates dos desacertos da ribalta e a felicidade de viver o presente, como presente de aniversário. Bem por isso, parodiando mensagem dos espíritos venerandos, em homenagem ao amor, respeitosamente rogamos licença para utilizar o seu ideário, na epístola de renovação da vida, dizendo que iniciamos a jornada para o amadurecimento espiritual da autêntica valoração porque:
“A primavera é momento especial de renovação para o espírito, porque Deus, na sua infinita sabedoria, deu à natureza, a capacidade de desabrochar a cada nova estação e a nós a capacidade de recomeçar a cada ano”. “Afinal, viver uma nova primavera é ter a chance de fazer novos amigos, ajudar mais pessoas, aprender e ensinar novas lições, vivenciar outras dores e suportar velhos problemas. Sorrir... novos motivos e chorar outros, porque, amar o próximo é dar mais amparo, fazer preces e agradecer mais vezes. Uma nova primavera é amadurecer um pouco mais e olhar a vida como dádiva de Deus. É ser rima, é ser verso, é ser Deus no universo”.
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo de sempre.
Jaime Facioli