Uma das questões que deixam as criaturas espicaçadas, é como entender a virtude da fé. As pesquisas dirão que a fé significa confiança ou crença em algum fato ou ato, um sentimento de crença em alguém ou em algum acontecimento que mereça a análise do tema, credibilidade. A gênese da palavra fé vem do latim, “fide”, o que equivale dizer que a pessoa considera como sendo uma verdade, um ato ou um fato, ainda que sem a prova material, algum critério objetivo ou científico que demonstre a existência do quanto esteja sob análise, máxime em razão da absoluta confiança que se deposita na ideia ou na fonte de transmissão em estudo, decorrendo dessa consideração, ser impossível duvidar e ter fé ao mesmo tempo. Noutra vertente, a fé é a crença absoluta na veracidade e fidelidade de um fato com lealdade e confiança absoluta.
A razão porque os viajores pelo planeta Terra guardam dificuldades para entender o conceito de fé, reside no fato de que a fé é um elemento abstrato, enquanto tudo o que cerca os filhos de Deus em provas e expiações tem a dimensão do concreto, das coisas materiais e palpáveis. Nesse conceito, os viandantes em evolução pelos caminhos das provas e expiações, estão acostumados aos cinco sentidos que oferecem o veículo para os testes e valoração do aprendizado, o corpo humano, vale dizer, através do olfato, da degustação, da audição, do paladar e do tato.
Nada obstante o exame sobre as ferramentas para detectar as questões materiais, realizando a sua distinção com o campo transcendental, a verdade é que na atualidade não se duvida mais do sexto sentido, sentimento d’alma, onde os filhos da Providência Divina, encontram subsídios para o entendimento da fé. A percepção extra-sensorial, ou a clarividência, são faculdades que incontáveis pessoas têm de verem e sentirem o mundo metafísico que envolve as criaturas de Deus, constituindo a razão de verem os espíritos ou mesmo ouvir suas comunicações, segundo se extrai da questão número 459 de “O Livro dos Espíritos”.
Nesse sentido, que não se engane a vã filosofia dos profitentes da matéria em apreço, porque o sexto sentido é uma habilidade, uma percepção sutil ou intuição extra-sensorial que liga o corpo físico a sensibilidade d’alma. Bem por isso, existem dezenas de filmes com o mesmo texto, dando ao sexto-sentido a dimensão da fé, um link que se esclarece como um sentimento além do corpo físico, sinalizando a fé raciocinada, ainda que a fé seja imaterial, portanto além da transcendência das coisas fungíveis, ou tudo aquilo que está além da física, em busca da essência da vida.
Assim, anote-se que todo ser humano transitando pelo planeta de provas e expiações possui em estado latente a fé que o Senhor da Vida depositou em suas criaturas para poderem atravessar o mar bravio dessa existência. Contudo, é notório o fato de que as pessoas tenham dificuldades para entenderem a força da fé, assim considerando que se trata de um elemento intangível e por isso mesmo de difícil percepção e entendimento, pois é impalpável e incorpóreo.
Nessa exposição, quando chegam as dificuldades para a realização das provas aos candidatos à felicidade, aqueles que ainda não lograram utilizar o Poder da Fé, se abatem e deixam-se levar pela angústia, depressão, síndrome do pânico, ou até o impensável suicídio, quando não atacam com violência a Consciência Cósmica, culpando-a pela desdita de que se padece em razão das provas para a devida avaliação e a expiação para o crescimento espiritual.
Sem contradita, ainda que oriundo do campo imaterial, O Poder da Fé reside na confiança que os filhos da Potestade depositam no Pai de amor, de misericórdia e de bondade, na qualidade de Senhor da Vida, Onipotente, Onipresente e Onisciente, Criador do Universo, quanto mais não será capaz de solucionar as dificuldades de seus filhos. Nas judiciosas lições do Divino Pastor, não cai uma folha da árvore se não for por sua vontade. Ele cuida dos pássaros e dos lírios que nascem no lodo, não tecem e nem fiam, mas mesmo assim nem Salomão no esplendor de sua glória vestiu-se como eles.
Estruturado nesse sentimento d’alma e no Poder da fé, todo estudioso que entende a essência Divina da virtude da Fé, pode cantar aos quatros cantos do mundo em alto e bom som:
Meu Deus. Vou buscar, nem que seja em águas distantes, nem que preciso for mover céus e terras estranhas, desbravar as matas, enfrentar perigos angustiantes, lutar sem armas, galgando as mais altas montanhas. Manter-me-ei no porto seguro da fé e da confiança em tua providência Divina, onde o barco de minha vida ancore com firmeza, onde meus pés não encontrem caminho impuro e os meus anseios se emoldurem pela natureza.
Vou buscar Senhor, esta paz tão almejada, expandindo todo o ser que meu peito habita. Caminharei em busca da paz do Divino Pastor sempre sonhada e chegar até onde meu caminhar permita encontrar a luz dos páramos celestiais. Com o Poder da fé em ti meu pai, vencerei as angústias de perguntas sem respostas, pois no Consolador Prometido encontrei toda a luz do mundo. Por isso, inverterei o rumo das tristezas e em seu lugar porei a alegria de viver a vida, sempre bela, colorida consentida e assim seguirei o meu destino com resignação e amor, tendo como ícone de bem viver a caridade, enquanto aguardo tranquilo o amanhã tão esperado.
Oh! Meu Deus. Levarei comigo no poder da fé, somente os sonhos sublimados de esperança e do verdadeiro amor, deixando para trás os restos tristonhos de um passado sem vida, sem rumo e sem cor.
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo Fraterno de Sempre.
Jaime Facioli