É fora de dúvida que a sabedoria popular enraíza ensinamentos e sentimentos profundos nos viajores do planeta Terra, na caminhada da evolução das criaturas da Consciência Cósmica, e um desses conceitos se encontra nos ensinamentos do monge budista Delai Lama, esclarecendo que “Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia. Com esse espeque é crível asseverar que a expressão em exame representa a excelência da verdade na medida em que os viajores observando a vida que estua no planeta de provas e expiações ou nas ocorrências do dia a dia e hora a hora, não se constata retrocesso, senão o estagnar-se num determinado ponto já conquistado em atendimento a Lei de Progresso.
Nesse arrimo, a verdade é que sob a luz da ciência da observação, se vê que não se pode modificar os acontecimentos transatos, senão observá-los como a excelência do professor que direciona seus alunos para o reto proceder, ensinando através dos erros, dos desacertos, das dores e sofrimentos, como proceder no presente para encontrar na estrada da vida as melhores opões do livre arbítrio que levem as criaturas no porvir até os parámos celestiais.
Dessa sorte, o passado é intocável, servindo de lição a ser refeita no presente, atentos os profitentes da vida, a expressão cunhada pelo inesquecível Antoine de Saint-Exupéry, estabelecendo que: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.” Conscientes dessa realidade, e sob os mesmos sentimentos do Conde de Saint-Exupéry, a verdade diz que “O futuro não é um lugar onde estamos indo, mas um lugar que estamos criando. O caminho para ele não é encontrado, mas construído e o ato de fazê-lo muda tanto o realizador quando o destino”.
Por essa metáfora da felicidade, o que passou, passou, já serviu ao seu propósito e o Monge Dalai Lama está com a razão ao cunhar a expressão de nada se poder fazer pelo ontem, senão aprofundar o bisturi da consciência sobre a doação oferecida por Deus, como um mimo inteiramente novo para suas criaturas reescreverem seus atos e procedimentos, anotando nos seus respectivos livros da vida a nova diretriz que os afastem dos abrolhos da jornada e iluminem os caminhos para os esplendores celestes, o futuro radioso destinados aos filhos do Criador, Inteligência Suprema, Causa Primária de todas as coisas, sob o pálio da questão primeira de “O Livro dos Espíritos”.
Sob essa dicção, os seres humanos no caminho de sua evolução padecem de vícios atávicos. Quando seus projetos não se realizam ou as coisas não dão certo, contrariam-se. Atormentam-se e estiolam suas almas por absoluta falta de confiança na Providência Divina. Alguns após o bom combate do dia na arena da vida, para retamente cumprirem o programa previamente traçado na pátria espiritual, acabam por levar para casa os dissabores experimentados durante o dia. Jesus de Nazaré exortou o entendimento de que para cada dia basta suas preocupações. Não há necessidade de se carregar o fardo pesado para o lar, reduto sagrado para se viver o amor em plenitude.
Essa é uma verdade sem contradita. Absolutamente não há razão para insistir em carregar para o lar e o dia que se seguirá, as mágoas e dores, estiolando o espírito com preocupações desnecessárias para o dia, a semana seguinte, ou para o mês que ainda irá nascer, quando não por anos a fios, como se estivessem anotando no caderno preto da vida, as tralhas que não tem outro valor, senão a lição de vida do ontem, o que já passou, e foi necessário ao aprendizado indispensável aos ditames da Lei de Evolução.
Oh! Meus Deus.
Com essa escolha, algema-se ao sofrimento, ao ressentimento, a mágoa e se entrega ao desanimo, albergando nos corações sentimentos impulcros, sem tomar conhecimento pleno de que essas coisas são inúteis, olvidando a confiança em Deus e deixando-se descer no poço da desesperança, sentindo-se sem coragem para abandonar nas profundezas abissais esses empeços. Optam-se por viver com os escolhos e o lixo, fruto da separação do joio do trigo do ontem, quando tudo é mais fácil renovar-se a cada dia, a cada hora, a cada minuto, no tempo presente do verbo, a fé no Senhor da Vida e na sua proteção, para se alcançar o futuro que a Deus pertence.
A propósito, não se olvide, as lições Homem de Nazaré, para se olhar os pássaros e os lírios do campo que não tecem nem fiam, mas mesmo assim nem Salomão vestiu-se como eles. Sim. É verdade, o Pai Celestial, cuida de todas as suas criaturas, como propõe a questão 963 de “O Livros dos Espíritos”.
De fato, diante desse procedimento, se entende que as marcas e cicatrizes das experiências devem ficar registradas no livro da vida, apenas para recordar os acontecimentos da ribalta. Sem contradita, foram lições para as melhores escolhas do presente, setas luminosas para o futuro das criaturas. Sob outra dicção: A criatura humana é fruto de seu passado, de seu procedimento transato, portanto, herdeiros de seus atos e do que hoje se faça e do que se dever evitar, consoante as lições evangélicas que se pode extrair dos escândalos, preventivo salutar para evitar novos cometimentos.
Nesse sentir, concebe-se a dialética de que é justo dizer que a ciência médica ainda não navega pelo ramo da cirurgia plástica da alma, onde se possa tirar as amargas provas do bom combate, pois os sinais do passado são ferramentas preciosas que alavancam os filhos da Potestade para o progresso. Sob outra dialética, que não se engane a vã filosofia dos viajores. Não há como esquecer o passado, pois suas marcas são faróis que iluminam a rota a ser seguida pelos navegantes do bom senso e esclarecem a saciedade de onde viemos, o que se fez nos caminhos percorridos nas reencarnações transatas, tudo objetivando atender a Lei do Progresso.
Nesse sentido, também, não se esquece das vitórias, das quedas e das lutas no bom combate, cujo zênite a ser alcançado é o da reforma íntima, corrigindo o plano de plano de voo dos viajantes, para se alcançar através da Lei de Amor, de Justiça e da Caridade, os Altiplanos Celestiais. A mente arejada e sustentada na religiosidade estabelece que a recordação das experiências tem o caráter educativo e pedagógico, não se seguindo daí, que se deva carregar dia-a-dia os desaires, com fulcro na teimosia, nos insucessos profissionais ou emocionais, o ódio, rancor, mágoas, ou sentimento de derrota e o ressentimento.
ISSO NÃO. JAMAIS.
Não se pode esquecer as lições do Divino Jardineiro sobre o exercício do Perdão. Perdoar quem fere dói mais no ofensor do que o ódio que se possa nutrir por ele durante toda uma vida. É notório que o perdão é bom para quem o concede, pois aquele que o concebe realiza uma catarse, desalgemando-se dos sentimentos da paixão para viver o amor em plenitude. Com certeza, as mágoas envelhecidas transparecem no rosto e nos atos que moldam o tempo presente daqueles que não exercitam o amor pleno como ensinou o Divino Pastor. Por isso, é preciso munir-se de muita coragem e ousadia para deixar no ontem as imperfeições, mestra do bem proceder e abrir as portas do coração para dizer em alto e bom som:
Não se faz mais necessário albergar na vida as tralhas. Elas não concedem nenhum benefício, razão para a mudança de curso no presente, guardando no caderno azul da vida, somente as lembranças das alegrias, dos momentos bem vividos, da família, do nascimento dos filhos, dos netos, da formatura. Tantas coisas boas há para celebrar a vida, sempre bela, colorida e consentida, que essa será a bandeira da marcha para frente e para o alto até os parámos celestiais.
A final, não será a expressão do rosto que mostra a entrada da alma e o que vai no coração? A luz do amor atrai a paz que desejam os corações e não há dúvida de que as vidas são únicas e as criaturas seres personalíssimos, por isso a vida de cada um merece ser e ter a cada dia, a cada momento, uma nova oportunidade de crescimento. Deixe-se o passado com o seu propósito e a sua finalidade seguindo os conselhos iluminativos do espírito benfeitor da humanidade Joanna de Ângelis ao estabelecer no livro "Episódio Diários", pela psicografia das mãos abençoadas de Divaldo Pereira Franco o Amanhecer dizendo:
Dia novo, oportunidade renovada.
Cada amanhecer representa divina concessão, que não podes nem deves desconsiderar. Mantém, portanto atitude positiva em relação aos acontecimentos que devem ser enfrentados; otimismo diante das ocorrências que surgirão, coragem nos confrontos das lutas naturais, recomeço de tarefa interrompida; ocasião de realizar o programa planejado.
Cada amanhecer é convite sereno à conquista de valores que parecem inalcançáveis. À medida que o dia avança aproveita os minutos, sem pressa nem postergação do dever. Não te aflijas ante o volume de coisas e problemas que tens pela frente. Dirige cada ação à finalidade específica. Após concluir um serviço, inicia outro e, sem mágoa dos acontecimentos desagradáveis, volve à liça com disposição, avançando passo a passo até o momento de conclusão dos deveres planejados.
Não tragas do dia precedente o resumo das desditas e dos aborrecimentos. Amanhecendo, começa o teu dia com alegria renovada e sem passado negativo, enriquecido pelas experiências que te constituirão recurso valioso para a vitória que buscas.
Com esses sentimentos d’alma, segue a oblata da fraternidade universal com nosso ósculo depositado em seus corações, com votos de um ótimo dia, um final de semana de muita paz, em nome de Jesus de Nazaré.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli