A verdade é que, os viandantes transitando pelas provas e expiações pelo belíssimo planeta terra, comungam a assertiva de que o adjetivo humilde, merece ser vivenciado na excelência da palavra. Afinal, trata-se da manifesta virtude de seu portador, procurando conhecer suas próprias limitações, deixando transparecer a fraqueza de modéstia que se reflete na deferência de seu comportamento e a submissão aos fatos e acontecimentos da existência.
Nada obstante ser característica da humildade não dar realce a sua conduta simples e despretensiosa, nem por isso os humildes deixam de ser pessoas capazes de realizarem grandes feitos, servindo de modelo a ser seguido, na medida em que influenciam as pessoas que as observam e fazem a diferença no mundo.
Madre Tereza em Calcutá, Marter Luther King Junior, Mohandas Karamchand Gandhi, Irmã Dulce, Dr. Bezerra de Meneses, Francisco Candido Xavier, Joanna de Ângelis, Divaldo Pereira Franco, e tantos outros arautos do bem, ombreados às pessoas cuja atuação na área das ciências, nas artes, e na filosofia, tem sido decisiva para a transformação de incontáveis episódios e comportamentos na historiografia na terra abençoada que serve de habitação temporária as criaturas de Deus. Trata-se de filhos herdeiros do universo, que merecem a mais profunda homenagem de todos os que têm ou tiveram a oportunidade de transitarem e viverem ao lado dessas criaturas iluminadas, da mesma forma que foi glorioso nos tempos imemoriais, ter vivido e ouvido de viva voz as lições do Divino Pastor.
Certamente, esses acontecimentos asseguram aos profitentes das leis de Deus, a certeza de que não se está a sós nesse mundo da Potestade, e ao lado dos candidatos a felicidades, antes que a tempestade chegue, o Senhor da vida já providenciou o necessário para que seus filhos façam a travessia até chegarem ao porto seguro que aguarda, àqueles que estão vocacionados para fazer brilhar a sua luz consoante a proposta do Divino Messias, constante em Mt. 5;16: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”.
Destinadas a fazerem brilhar a luz interior de que são portadoras as criaturas de Deus, são as mães que saem à luta, todos os dias, para conseguir o pão honrado para seus filhos. São os pais que abraçam as madrugadas, antes que o sol desperte, para garantir a moradia modesta, o livro e o caderno para o filho se ilustrar.
Oh! Meu Deus. Quantos jovens abandonam seus próprios sonhos para apoiar a existência de irmãos menores, providenciando-lhes o alimento, a escola, o agasalho. Sem dúvida, são heróis anônimos, são humildes por excelência, passam todos os dias sem ostentar a pureza de seus corações.
São também aqueles que se servem do transporte urbano, do metrô, sempre lotados e enfrentam filas no mercado popular, no armazém da família, no posto de saúde levando no cansaço do rosto, a esperança de que o amanhã raiará mais risonho e menos difícil.
Em verdade, não desanimam jamais e nem se enveredam pela porta larga da perdição, do furto, do roubo, do estelionato, da agressão e dos crimes de qualquer natureza e nem pretextam dizerem, porque a vida está difícil se deixam levar pelo desanimo. Pelo contrário, prosseguem sem trégua no bom combate, porque se está consciente e com fé no porvir de que o seu esforço e da sua faina dependem os demais membros do clã, seres preciosos ao seu coração merecedores do seu reto proceder.
Por esse viés, os humildes não são notados, mas são eles que mantêm a limpeza das ruas, das cidades, a assepsia das salas cirúrgicas dos hospitais e da mesma sorte, são os humildes que chegam às residências e garantem as casas limpas, as roupas lavadas e passadas, garantem a condução do metrô, dos ônibus e todos os meios de locomoção para que tudo se realize possibilitando a realização das atividades do dia planejado. Nesse rol, também estão àqueles que diligenciam para se ter o pão quentinho, nas manhãs do dia a dia, mesmo que em sua casa somente se sirva do pão amanhecido, pois são incontáveis os trabalhadores que cumprem retamente sua missão para que o mundo da Consciência Cómica funcione como local adequando as provas e expiações aos candidatos à felicidade.
Sem contradita, trata-se de uma fileira incalculável, senão um verdadeiro exército de criaturas das quais se depende todos os dias, e que estão movimentando a máquina comercial, empresarial, e industrial, todos irmãos em nome de Jesus, e a maioria, quase invisíveis ao olhar desatento dos orgulhosos.
Nesse sentido não será reprochável asseverar que os poetas Chico Buarque de Holanda e Vinícius de Morais, sob a inspiração da Divindade, compuseram a música Gente humilde, imortalizada por inúmeros cantores que emprestam sua voz para embelezar a vida, bela colorida e consentida, retratam com fidelidade a postura das criaturas em trânsito pelo planeta e provas e expiações, ainda que eles não percebam praticam a fraternidade em nome do Pai.
Com essa retórica, os fatos em comento é uma constatação da realidade do dia a dia e hora a hora, e também uma homenagem as criaturas que inobstante as dificuldades do bom combate, não se deixam seduzir pelos desalinhos, e combatem nos tatames da existência bravamente, todos os momentos com a dignidade de quem tem consciência do próprio valor. Dessa forma foram compostos os lindos versos que traduzem a viagem da gente humilde em direção aos páramos celestiais.
“Há certos dias em que eu penso em minha gente, e sinto assim todo o meu peito se apertar. Porque parece, que acontece de repente, como um desejo de eu viver sem me notar. Igual a como, quando eu passo no subúrbio, eu muito bem, vindo de trem, de algum lugar.
Aí me dá, uma inveja dessa gente, que vai em frente, sem nem ter com quem contar. São casas simples com cadeiras na calçada, e na fachada escrito em cima que é um lar. Pela varanda flores tristes e baldias, como a alegria que não tem onde encostar. E aí me dá uma tristeza no meu peito, feito um despeito de eu não ter como lutar. E eu que não creio, peço a Deus por minha gente. É gente humilde, que vontade de chorar”.
Ponto finalizando, em nome da humildade, sentimento de vida, não passes pelo mundo sem acrescentar o teu tijolo à magnífica construção do bem. Não permitas que os teus dias se escoem sem que realizes algo de útil, em silêncio, em benefício do próximo. Jamais permita que a oportunidade de servir se perca no vazio das horas inúteis e nem consintas viver exclusivamente para os interesses pessoais, olvidando o teu próximo.
Com essas reflexões, enviamos nosso ósculo depositado em seus corações em nome da oblata da fraternidade, com votos de um ótimo fim de semana.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.