Diante das provas e expiações com que se defrontam a todos os momentos as criaturas de Deus, para testarem o avanço de seu potencial de crescimento, bem-conceituado nas lições de Paulo, o aposto dos gentios, para a luta do bom combate, em são consciência nenhum dos viandantes pode afirmar que a vida é fácil de ser vivida. Ledo engano daqueles que imaginam que esse seja um planeta de veraneio. Em verdade, como anota o frontispício dessa epistola este é um planeta de provas e expiações. Lugar destinado às provas que pelas duras experiências pode levar às vitórias das as almas que anelam atingir o nirvana, conceito da doutrina budista para a paz interior.
É assim que frente a frente com as provas eleitas pelos candidatos a felicidade, experimenta-se todas as horas e todos os dias, sem distinção de raça, credo ou cor, a avaliação a fim de identificar o grau de elevação espiritual alcançado, único passaporte valido para atendimento a Lei de Progresso. Nessas provas indispensáveis, incontáveis vezes os candidatos se deixam levar pelo desânimo e não poucas vezes pensam em desistir de tudo, deixar os sonhos de lado e se entregarem nos braços de Cronos, o Deus da mitologia grega do Tempo, deixando o "tempo" passar, caindo por consequência nos braços estendidos de Morfeu, também Deus do sono na mitologia grega, para dormir o sono e afastar-se da realidade e propósitos indispensáveis ao crescimento espiritual para chegar aos páramos celestiais.
Isso ocorre, ao se deparar com uma injustiça, segundo o senso de justiça que o Senhor da Vida depositou nas consciências de seus filhos, sob a égide da questão número 621 de “O livro dos Espíritos”, abandonando o campo da luta com o coração amargurado. No exercício das atividades junto à família, no trabalho, na sociedade onde mourejamos, ou do Centro Espírita, quiçá na Igreja Católica, ou nos templos dos Evangélicos, ou qualquer conclave das mais de 4.000 religiões nesse mundo de Deus, as criaturas se permite à dissidência fazer morada em suas vidas.
Óbvio, entretanto que as religiões indistintamente se propõem a fornecer o endereço de Deus aos seus fiéis para auxiliar na caminhada da vida, ao sentir o peso da responsabilidade sem ter com quem dividir os desaires, motivo porquê de se hebetar os mais puros sentimentos d’alma em fuga do bom combate, que parece ser a única saída.
OH! Meu Deus. Quantas vezes se permite a solidão tomar conta dos corações em provas, ainda quando cercados de pessoas da mais elevada estima e consideração. Doutras vezes, aquela lágrima teima em cair justamente quando se precisa ser forte a fim de se manter a fé robusta na Providência Divina e nas lições do Homem de Nazaré. Incontáveis são as ocorrências em que se pede ao Senhor da Vida que dê força e luz aos viajores, para pacificar os anseios, as incertezas que grassam suas provas, e, ainda assim, uma sensação de desesperança parece dizer que não será deferido o pleito de angustias.
Ledo engano. Ao observador atento, surge um sorriso de criança como se a dizer, não se preocupe, está tudo sob controle. Nasce um abraço fraterno inesperado de um amigo, e as palavras que consolam como o nascer do sol, vem a borbotão trazendo a esperança de um porvir melhor, cheio de luz daquele que governa esse planeta de provas e expiações. Ninguém em sã consciência pode assegurar que nos momentos difíceis e angustiantes da existência, quando nossa alma anela pela proteção da Divindade, algo de bom não nos acontece, convidando os interessados a recordarem a prédica de Jesus de Nazaré, para se olhar os pássaros e os lírios dos campos.
Por essas razões, o instrumento da esperança e da confiança é o espeque que garante as criaturas verem a luz do mundo em nome do amor do Cristo. Afinal, não é sem propósito que a questão 963 de “O Livro dos Espíritos” assegura que o Senhor da Vida, cuida de todos os seus filhos, por mais pequenos que sejam, merecem a bondade de seu olhar, o que faz surgir a força de que tanto se precisa para crer.
Não há nada nas mãos de Cronos, o Deus do tempo, nada absolutamente nada, que faça os viajores da felicidade esquecerem ou superarem as dificuldades, em nome da fé de que são portadores na qualidade de filhos de Deus, e, é por isso e nesse sentido a segurança para se afiançar que a vida é um lindo caminho a ser percorrido. Flores ou abrolhos são os obstáculos naturais que levam as criaturas a tirarem os empeços do caminho e entenderem a metáfora de que alguns choram de tristeza por saberem que as flores têm espinhos, enquanto outros gargalham de alegria por saberem que depois dos espinhos vem as rosas perfumadas.
Sob esse díptico, ainda quando se diminui os passos, seja em razão da preocupação natural para avançar com segurança, seja em razão da idade que chega exaurindo o tônus vital da existência, há sempre um Horizonte esperando e é para além desse horizonte que se localiza o destino dos filhos da Consciência Cósmica. Convidemo-nos a ir sempre além das perspectivas. Somos imbatíveis. Nada é impossível. Somos Deuses no dizer do Divino Jardineiro. Nosso lugar é nos páramos celestiais.
Por essa razão, tendo o Cristo de Deus cumprido a sua promessa de enviar ao mundo um novo consolador, como ocorreu no próximo passado dia 18 de abril de 1857, na cidade de Paris, vindo a lume a Luz do Mundo pelo "Livro dos Espíritos", a ninguém será lícito olvidar que a comunicação dos espíritos esclarece a inteligência do homem e presta serviços relevantes sob o seguinte díptico: O espiritismo pode Integrar os viandantes no conhecimento de sua posição de criatura eterna e responsável, diante da vida que o Senhor do Universo lhe concedeu, bela, colorida e consentida.
Expõe-se o sentido real das lições do enviado de Deus e de todos os outros mentores Espirituais da humanidade, nas diversas regiões do planeta de provas e expiações sob a governança de Jesus de Nazaré. Não permite o perecimento do sentido real das lições do CRISTO e dos demais arautos do bem, benfeitores e mentores Espirituais da humanidade, nas diversas regiões do planeta. Revelam com clareza o princípio da reencarnação, esclarecendo à saciedade a Lei de Deus, e o porquê da dor e das aparentes desigualdades sociais.
Confere-se as forças necessárias para suportarem as maiores vicissitudes do corpo, mostrando a cada um de seus filhos é o instrumento físico que reflete as condições ou necessidades do espírito em direção ao seu progresso. Pacifica as almas a respeito dos desajustes da parentela, esclarecendo que o lar recebe não somente afetos, mas também os desafetos de existências passadas, para a necessária regeneração, cuja recuperação se operacionaliza pelo instrumento do amor. Liberta a mente de todos os tabus em matéria de crença religiosa e elimina as preocupações acerca do futuro além da "morte", lecionando que a vida continua depois da vida. Conforta as almas no intercâmbio com os entes queridos, depois da grande viagem, quando deixa no sepulcro a veste da carne, diante do conhecimento da mediunidade que se manifesta além-túmulo. Esclarece aos filhos de Deus na retaguarda da vida como proceder para curar a obsessão em qualquer de suas modalidades.
A fé raciocinada é o ícone que não deixa dúvida sobre o imperativo da caridade como caminho e luz para os esplendores celestes. A luz no mundo auxilia os filhos da Potestade a revisar os conceitos de trabalho e tempo, e esclarece judiciosamente aqueles de anelam levar vantagens ilícitas prejudicando a outrem porque prejudicam a si próprio. Essa luz do consolador prometido pelo Divino Pastor garante serenidade e paz diante das calúnias ou das críticas acerbas e, concomitantemente dá a noção de considerar os adversários como instrutores.
É da lavra da luz do mundo que provêm todas as explicações sobre as dificuldades exteriores, porque intimamente os que estão em provas são livres para melhorar ou agravar a própria situação por onde mourejam. É da natureza dessa luz que ilumina sem ofuscar, a visão dos filhos da Consciência Cósmica garantindo a fé como claridade do caminho, e concebendo a certeza de que ninguém fugirá da lei que manda atribuir a cada qual segundo suas obras.
Com esses sentimentos d’alma, segue nosso ósculo em seus corações com a oblata da fraternidade universal, desejando sejam afastadas as pedras do caminho, anelando tenham um ótimo fim de semana com a luz do mundo iluminando aos amigos em nome do Divino Jardineiro.
Do amigo fraterno de sempre.
- Jaime Facioli -