Em todas as circunstâncias da vida, em todos os procedimentos adotados no jornadear dos filhos da Consciência Cósmica por esse planeta de provas e expiações, sob a governança do Homem de Nazaré, não há absolutamente nada que não tenha um objetivo e um propósito.
Em direito penal, busca-se com sofreguidão, sempre, o motivo dos desalinhos que conduzem o ser humano à prática de um ilícito penal. É assim, verdadeiramente, tudo tem um propósito. Nada é por acaso, mas por uma causa.
Seja a causa de natureza evangélica, em razão dos comprometimentos das existências transatas, e, agora o resgate para equilibrar o Universo da Potestade, seja a causa, o fruto das escolhas, que atende os ditames do livre arbítrio, a sorrelfa do bem proceder, o certo é que ao depois se colhe o que se planta. Se a escolha recair sobre a porta larga dos caminhos coroados de espinhos, certamente não se colherá frutos saborosos, mas calhaus. Se a opção for pela porta estreita, portanto, a porta do trabalho honesto e probo, do esforço e das responsabilidades, sejam essas no reduto familiar, no trabalho, no dever de fidelidade e cidadania ou com a religiosidade, cumprindo retamente as leis de Deus, certamente descobrir-se-á o objetivo da vida, sempre bela, colorida e consentida, sem contradita o resultado será os páramos celestiais.
O homem que se aproximou de Jesus com fé, no proscênio do tempo, indagou com manifestações de júbilo e reverência ao Divino Pastor, trazendo n’alma um propósito: Encontrar o objetivo da vida e a paz que anela os corações sequiosos de amor. Por essa razão, perguntou respeitosamente a Jesus: Senhor como fazer para encontrar o caminho da paz? Que fazer de meu filho que me arrasa a tranquilidade, atolado na rebeldia? Responde serenamente o Mestre, modelo e guia da humanidade: Abençoá-lo-ás sempre, procurando socorrê-lo com mais amor.
Novo questionamento ao Divino Jardineiro: E como agir, à frente de meu tio, aquele que me furtou a herança dos avós? - Buscarás perdoá-lo, usando compaixão e esquecimento. Prossegue o interrogatório. - E meu antigo sócio? De que modo proceder com esse homem que tanto me prejudicou e injuriou? - Desculpá-lo-ás, orando em favor dele. Continua as indagações ao Homem de Nazaré, com o propósito de encontrar e desvendar o objetivo da existência e o reto proceder: Tenho quatro empregados ignorantes. De que maneira me harmonizar com esses companheiros problemas, se me afligem com as maiores dificuldades, dia por dia? - Saberás instruí-los. Nova dúvida no homem em busca do objetivo da oportunidade da reencarnação e a descoberta da paz: Minha existência está repleta de perseguidores, que fazer com essa gente cruel? - Esquecerás qualquer agravo e auxiliarás em benefício de cada um, tanto quanto puderes.
O espírito de Meimei, no livro Amizade, de onde se haure esses sentimentos nobres, pela psicografia e mãos abençoadas de Francisco Cândido Xavier responde que o devoto baixou a cabeça, sentindo-se na presença da verdade, e considerou timidamente: - Senhor, dou-me por satisfeito. O Divino Galileu que sempre levou a palavra da verdade aos corações dos irmãos menores, afaga a cabeça do interlocutor e diz ao se despedir: “Então, vai e serve sempre”.
Sob esse díptico, não há dúvida. Estuda-se quase uma existência em busca do canudo de papel da medicina, da advocacia, da engenharia e em todas as áreas da sociedade humana para ao final servir. O objetivo da vida é servir. A mãe serve no reduto sagrado do lar, o pai no trabalho, os Professores na sua cátedra, os Juízes, Desembargadores, Ministros, exarando suas sentenças e Acórdãos nos Palácios da Justiça, todos cumprindo suas funções. Os serventuários da justiça e de todas as classes da sociedade civil organizada, e por todos os rincões desse planeta da Potestade, a criatura humana atinge o seu objetivo, quando serve, e serve com bondade, com gratidão, com responsabilidade e sobretudo com amor. O pároco serve a igreja de Deus e as criaturas, todas crentes são chamadas para servir ao Criador e, nesse mister há que se renunciar aos incontáveis vícios, pois todos são chamados para servir. Mateus, 20:28 teve ocasião de exemplificar Jesus voluntário, ao dizer que: “ Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos. ”
Servo não é um título honorífico que se ganha, mas um estilo de vida de entrega total como Jesus ensinou. Há que se sentir no coração uma urgência em relação ao mundo sobre a salvação que existe em Cristo Jesus, para se levar a Boa Nova àqueles que ainda não O conhecem. Nesse ideário, o arrimo para a oração deve conter a rogativa com o sentimento de amor ao dizer: "Senhor, usa-nos para a Tua glória e para ajudar as pessoas que necessitam de nós". Esse desejo deve ser o arrimo às criaturas de Deus, todos os dias, constituindo o clamor do coração em plenitude.
De incomparável beleza foi a atitude de Saulo diante de Jesus em sua transformação, quando o Mestre pergunta, “ Saulo, Saulo, porque me persegues? ” Caindo no solo diante da luz que se fez presente, disse em alto e bom som. “Senhor, que queres que eu faça”. Entregou-se em plenitude até o momento de lirial abnegação, quando disse: “Já não sou eu quem vive, mais o Cristo que vive em mim”.
Não resta dúvida, as criaturas nascem para dar sua contribuição em favor dos viandantes e não apenas para consumir os produtos existentes no mundo. Os viajores do tempo devem fazer a diferença. Não importa quanto tempo se vive em cada existência, o que importa é como vivemos cada oportunidade de crescimento, razão porque o Pai Celestial concedeu os dons moldando suas criaturas. Elvis Presley morreu aos 42 anos em consequência da dependência de drogas. Priscila, sua esposa, disse em entrevista naquela oportunidade algo impressionante: “O Elvis nunca entendeu o que deveria ser neste mundo, ou qual era o propósito de sua vida”. John Wesley legou a posteridade a seguinte lição: “Faça todo o bem que puder, com todos os meios que tiver, de todas as maneiras que puder, em todos os lugares onde estiver, para todas as pessoas que precisar, enquanto puder”.
A vida, com esses sentimentos tem o propósito de servir e não o de ser servido. O fiel exemplo dessa retórica é quando Jesus lava os pés de seus apóstolos, demonstrando à saciedade que não apenas falava, mas também realizava. Eis porque Ele é sem contradita o modelo e guia da humanidade, segundo dispõe a questão 625 de “O Livro dos Espíritos”. Lamentavelmente, diante da sofreguidão com que os seres humanos se envolvem na luta diária pelo pão nosso de cada dia, à exceção dos espíritos elevados e sensíveis ao sentimento Divino, a grande maioria dos filhos da Providência Divina, não se dá conta dos propósitos nobres da vida. Oh! Meu Deus, que insensatez. Não encontrar tempo para pensar de onde viemos, para onde vamos, o que estamos fazendo nesta existência e qual o nosso propósito nessa jornada da vida chega a ser uma temeridade.
Muitos se aventuram a dizer que nossa viagem é para enriquecer dos bens materiais, quando a grande verdade é que a finalidade da vida terrena é o aprimoramento espiritual, adotando a máxima do Cristo de Deus. Servir sempre. Que ledo engano cometem as pessoas que acreditam que a finalidade da vida, aqui na Terra, é crescer, estudar, formar-se em alguma profissão, trabalhar, namorar, casar, ter filhos, comprar a casa própria, ter um carro, viajar nas férias ou nos finais de semana, ir à praia no verão, enfim, enriquecer imaginando que isso seja o néctar da felicidade.
Esse proceder, imaginam os desatentos com o verdadeiro sentido da vida, que isso seja suficiente para a realização pessoal, motivo porque têm a sua vida, como uma vida normal, uma vida correta seguindo as regras socioculturais. Que não se engane a vã filosofia dos candidatos à felicidade. Evidente que tudo, absolutamente tudo em nossa existência é importante, mas nem tudo que é importante é o objetivo final. Paulo apóstolo escrevendo aos Coríntios (Cor. 6.12) teve ocasião de dizer: “Tudo posso, mas nem tudo me convém”. Servir ao próximo, amar a vida, a família, ser religioso, seguir as pegadas luminosas do Divino Pastor, são caminhos, veredas e estradas que levam ao aprimoramento do ser humano para descobrir o verdadeiro propósito e sentido da vida.
Os relacionamentos sociais, os empregos, a vida familiar, os filhos, os netos, as descobertas das ciências, enfim, tudo o que existe ao nosso derredor ou estão colocados à nossa disposição são meios de nosso aprimoramento espiritual destinado à nossa evolução. É inegável que pelo estudo a pessoa evolui, porque desenvolve o raciocínio e adquire cultura para poder, assim, compreender melhor a obra divina. Em outras palavras, um analfabeto não tem acesso à literatura religiosa, às obras espiritualistas que falam de sabedoria.
O matrimônio não é ninfa de prazeres. Se propósito é fazer com que o casal desenvolva as qualidades necessárias à boa convivência, a harmonia, a compreensão, a doação um para o outro ou em outras palavras, o exercício de servir o próximo, na excelência da palavra evangélica, sem que isso signifique servilismo. O casamento é, antes de tudo, uma escola de amor, de tolerância, de paciência, de compreensão, de solidariedade, de confiança, uma oficina de trabalho e de lapidação das qualidades inatas das criaturas para moldar o caráter. O mesmo se diga do automóvel. Sua finalidade não é apenas para ir à praia, passear com a família ou para se exibir. Serve para facilitar o acesso ao trabalho, à faculdade, socorrer um vizinho que passou mal, ser solidário, ajudar um acidentado. É um empréstimo que Deus concedeu e do qual se é mero depositário.
Fazer amigos é importante. Conhece-se um homem em evolução pela quantidade de amigos que ele é capaz de fazer no presente, em detrimento ao número de inimigos que fez no passado. Por essa razão, a finalidade principal da amizade não é ter companhia para ir ao cinema, à praia, ao teatro, ou viajar. Pode-se afirmar que a finalidade da amizade é a ajuda mútua que conduz à evolução e da mesma forma se lastimar quando as pessoas se aproximam das outras, vestindo a indumentária da hipocrisia fazendo-se de amigas, por interesses que não representa a amizade verdadeira.
A finalidade do trabalho não é apenas a remuneração. Segundo a Constituição Federal, o trabalho é um dever social e, por conseguinte, o justo pagamento é a contrapartida que lhe corresponde para se cumprir retamente os compromissos. Todavia, deve-se ter em mente que a Lei do Trabalho é antes de tudo uma das leis da Divindade e a ele todos estão atrelados para cumprir os compromissos de qualquer natureza. Além do mais, o trabalho enobrece aquele que o exercita e serve também para construir tudo o que nossa vã filosofia não consegue imaginar, desde as artes modernas, às pontes que atravessam a natureza possibilitando o homem a chegar a lugares dantes jamais explorados.
O trabalho possibilita produzir os alimentos que a humanidade necessita para sua subsistência, sendo útil sob todos os aspectos, conduzindo os filhos do Senhor do Universo a avançar nas trilhas do bem viver. É também no trabalho que se pratica a máxima do Cristo de Deus. “Dar a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus”, pois as pessoas desenvolvem a honestidade, o bom relacionamento, o respeito, e a solidariedade.
Nesse sentir, a finalidade principal de qualquer trabalho é servir, não importando se é o trabalho de um gari ou o de um médico. É por isso que todo trabalho tem que ser feito com amor, honestidade, boa vontade, gratidão, alegria, porque é isso que está em primeiro lugar.
Em síntese é isso que faz a pessoa evoluir. É o aprimoramento espiritual através do trabalho e de tudo que há na Terra.
A vida tem um sentido mais amplo do que se imagina e merece ser considerada sob o ponto de vista do amor. Claro que erramos. É para isso existe o exame de consciência proposto por Santo Agostinho na questão 919 de “O Livro dos Espíritos”. Corrigir os rumos. É proibido desanimar diante dos insucessos. Levante-se e lute o bom combate no dizer de Paulo de Tarso, o apóstolo dos gentios. Enquanto se luta pela reforma íntima, serve-se aos propósitos da vida, e deixa-se de ser egoísta, intolerante, preconceituoso, agressivo, ciumento, fofoqueiro, medroso, ingrato, revoltado.
É na luta diária que se tem oportunidade de se livrar pouco a pouco desses inconvenientes atávicos que só prejudicam o espírito, empeço que impedem o avanço para chegar à estrada da felicidade e encontrar a paz que o homem de fé questionou a Jesus de Nazaré. A Terra é uma escola espiritual. Tudo que existe nesse planeta de Deus, é material escolar. São as ferramentas indispensáveis ao aprimoramento d’alma. Os rebeldes, pelo livre arbítrio virão mais tarde, pois escolheram o caminho largo da vida. Os bens aventurados, aqueles que escolheram a porta estreita, chegarão primeiro, mas todos chegarão aos Esplendores Celestes, pois esse é o destino dos filhos da Consciência Cósmica.
Em síntese, os propósitos da vida e para ser vivida corretamente, com boas intenções, com probidade, com honestidade, honradamente, obediente às leis de Deus para que nossa viagem pelo planeta Terra encontre a sua verdadeira finalidade, o Sentimento Divino tocando nossa alma.
Envolvidos nesses sentimentos de amor fraterno segue nosso ósculo depositado em seus corações com a oblata da fraternidade em nome do Divino Jardineiro, desejando um ótimo final de semana.
Do amigo fraterno de sempre.
- Jaime Facioli -