Muito se fala entre as criaturas de Deus, sobre o tema da consciência e da mesma sorte se adjetiva o termo (Consciência Negra, dever de consciência, consciência moral, etc.) para melhor compreensão dos profitentes e interessados em aprofundar o bisturi do conhecimento sobre a questão em apreço. O termo consciência é tão importante que cumprindo a promessa de Jesus de Nazaré, em 18.04.1857, quando veio a lume o pentateuco espírita, na manhã gloriosa de um sábado, com o campo elísio florido, no “Livro dos Espíritos” se encontra na questão nº 621, a resposta da indagação do venerando codificador para saber onde estavam as leis de Deus, sobrevindo a resposta dos venerandos espíritos, esclarecendo à saciedade que essas leis estão “na consciência”.
A expressão consciência também está relacionada com o sentido de moralidade e de dever, se constituindo a noção das próprias ações ou sentimentos internos no momento em que essas ações são executadas, podendo ser relativas a uma experiência ou situações fáticas em que a criatura realiza algum ato sem ter consciência do que faz. Por isso, evoca-se Jesus no momento de maior sofrimento rogando ao Pai o perdão pelo procedimento de seus irmãos menores, arrimando o pedido de misericórdia por aqueles que não sabiam o que faziam, ou sob outra dicção, não tinham consciência do procedimento reprochável.
Na historiografia do termo em exame, é possível verificar que ao na poeira do tempo, a filosofia abordou o termo da consciência em duas vertentes: consciência intencional ou não intencional. Nesse sentido, no estudo do tema apreende-se com o fundador da fenomenologia, Edmund Husserl que “a consciência é uma atividade direcionada para alguma coisa da qual há consciência. A não intencional consiste a um mero reflexo da realidade que é apresentada”. É do filósofo Descartes a inesquecível paráfrase, “pensar e pensar que pensamos são coisas iguais” (Penso, logo existo). Coube a Kant fazer a distinção entre a consciência empírica, aquela que faz parte do universo dos fenômenos e a consciência transcendental, que capacita a associação de todo o conhecimento com a consciência empírica.
É também importante referir que a filosofia contemporânea dá muita importância à vertente de ato da consciência, dando-lhe uma conotação mais funcional. Consciência é, pois, o termo que resume o conhecimento da percepção, da honestidade e revela também a noção dos estímulos que envolvem as criaturas de Deus, consolidado a sua existência no plano físico e espiritual. Bem se vê que é discernimento em plena atividade, aquilo que se carrega no coração, o amor na excelência da palavra, a luz das ideias e o equilíbrio na trajetória do bem proceder. Sob outra retórica, é sem contradita o valor consciencial da alegria na jornada por esse belíssimo planeta e provas e expiação, valorizando a vida e todos os aprendizados hauridos na universidade da existência.
Sem dúvida, é mais do que só viver; é sentir a vida que pulsa na natureza e em todo o Universo da consciência Cósmica, se respeitando como filho da Potestade e por consequência, respeitando o próximo, sob a égide das lições de Jesus. É a certeza com a convicção de que nada acaba com ou na morte do corpo físico, pois a consciência segue além, alhures e algures, com as criaturas, na eternidade dos tempos até os páramos celestiais.
Nesse corolário, não se permita a vã filosofia das sorrelfas, pois a vida é para ser vivida com clareza, sem se deixar envolver pela desídia existente nas jornadas de provas e expiações, resultando tratar-se de um presente do Pai Celestial aos seus filhos, dando-lhe pela espiritualidade um brilho nos olhos e luz nas mãos, como faróis a iluminar as noites obnubiladas. Essa benção do Sentimento Divino, independe dessa ou daquela doutrina, mas somente do despertar espiritual, do discernimento consciencial unindo os sentimentos no equilíbrio das próprias energias nos atos e fatos da vida, sempre bela, colorida e consentida.
Anote-se envolvidos nesses sentimentos de pulcritude que a espiritualidade é qualidade perene, na qual não se perde nem se ganha, mas apenas é. É valor interno, que descerra o olhar para o infinito e para além, muito além dos sentidos convencionais. É janela espiritual que se abre, dentro de si mesmo, para ver a luz que está em tudo. Espiritualidade é o inenarrável encontro da criatura consigo mesma, em paz, sendo feliz mesmo que essa felicidade expansiva de seu espirito não seja compreendida pela simples lógica.
A espiritualidade é o valor da consciência alcançado por esforço próprio que faz o viver se tornar sadio com o presente da Divindade, voando nas asas da espiritualidade consciente, para que se perceba a ternura invisível tocando o centro de cada criatura eterna para que os pensamentos e vivência pela passagem pela vida sejam sempre vivencia plena de paz e luz. A espiritualidade, traz consigo o desejo de nascer de novo a cada dia, anelando ser puro e cristalino, purificando o homem velho, da poeira antiga e a cada manhã reviver a manhã da criação, do primeiro abrir dos olhos para a vida.
Assim os desejos lhanozos de que cada manhã a alma desabroche de novo como a rosa do botão surgindo tal qual a aurora do oceano, com um sorriso nos lábios ao gesto da mão do Criador. Tudo isso, para se engrinaldar para a festa de amor renovada que cada dia convida os filhos de Deus a se desdobrar as asas como a águia em demanda do sol. Com esses sentimentos e a consciência de que cada aurora é a definitiva nos caminhos dos viajores no tempo da eternidade, o encontro com a felicidade e a permanência assegurada pelo Criador em caráter definitivo nos esplendores celestes.
Acompanha essa epístola, o ósculo da fraternidade depositado nos corações dos amigos fraternos em nome do amigo de todas as horas, o divino Pastor, com desejos de que tenha um ótimo fim de semana.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli