A gratidão é uma virtude desejada pelos viajores do planeta Terra, caminho e luz que levam a plenitude da existência em busca da felicidade, carimbando o passaporte para os esplendores celestes.
Sem dúvida, trata-se de um sentimento de reconhecimento alcançando o imo d’alma do beneficiado por saber ou sentir ter recebido uma graça, um favor, qualquer atitude amorável de que tenha sido alvo por parte dos companheiros em aprendizado de amor, na viagem pelo planeta Terra, sem olvidar a eterna gratidão devida ao Criador.
É comum se ver a aplicação dessa virtude, quando os sentimentos dos interessados nas graças ou nos benefícios a serem alcançados, em regra, sejam aqueles que viajam pela mesma estrada das provas e expiações, ou pela Divindade, para onde são direcionados os pleitos dos interessados; uma vez atendidas as solicitações ou os pedidos de ajuda, auxílio ou proteção, aflora na criatura humana o sentimento de gratidão, resposta do coração a benção ou auxilio recebido.
Inegavelmente, uma das características mais importantes da fé cristã é a gratidão a Deus, máxime porque há vários versículos no livro sagrado (a bíblia), relatando a importância de se ser grato a Divindade por tudo aquilo que o Criador faz pelos seus filhos. Por esse motivo, a gratidão a Consciência Cósmica é uma das qualidades da pessoa que acredita no Senhor do Universo, Inteligência Suprema, Causa Primeira de Todas as Coisas, como definiram os e espíritos venerandos na resposta número um de “O Livro dos Espíritos”.
Incontáveis melodias e orações são compostas com o tema da gratidão a Deus, entre elas, anote-se a sublimidade do Poema da Gratidão da lavra de Amélia Rodrigues, declamada, por força da expressão, em prosas e versos ao Senhor da Vida, que sensibiliza até as lágrimas àqueles que a ouvem na voz incomparável de Divaldo Pereira Franco, levando a beleza da poesia por onde moureje.
A virtude da gratidão ocorre sempre que alguém, atento as lições inscritas nos anais da vida por Jesus de Nazaré, faz ao próximo algo que gostaria que lhe fizessem, sem esperar nada em troca.
É esse proceder que faz despertar o sentimento que jaz nas profundezas d’alma da criatura, fazendo com que o benfeitor e o beneficiado sintam-se felizes ao viajarem pela estrada de duas mãos, aquela vereda que deixa os bálsamos da felicidade nas criaturas, aperfeiçoando os que se esforçam para terem puro os corações.
Uma vez alcançado esse “nirvana”, há que se manter esse sentimento grafado n’alma de forma que impregne àqueles que alcançassem essa apoteose da alegria, a certeza de que a gratidão é instrumento de amor para sempre.
É evidente que o bom senso indica que não se pode esquecer do benfeitor que amorosamente atendeu o necessitado em momento difícil ou que o socorreu na adversidade experimentada, quando não ofertou emprego, generosamente abrindo caminhos nas áreas do conhecimento ou da profissão.
Inimaginável olvidar o ombro amigo, o que secou as lágrimas, afagou as magoas e acolheram com os braços abertos na hora da desesperança e da mesma sorte, não se deixe no poço do esquecimento os amigos que compartilharam a alegria do casamento, do nascimento dos rebentos e os aniversários, pois tudo que é de bom-tom é motivo de alegria da vida.
Nesse sentir, gratidão é o sentimento próprio das almas elevadas, aquelas que não sofrem problemas de esquecimento das bênçãos recebidas; em verdade, são almas que sabem que a amizade, o carinho e a ternura não tem moeda que pague, senão esse sentimento da pureza do coração enternecido.
Por isso mesmo, essas manifestações merecem o eterno agradecimento dos corações pulcros, de sorte que quando se ouve essa mensagem fluir nas profundezas d’alma, trazendo a figura do irmão de caminhada a quem muito se deve, é hora de despertar para enviar-lhe uma mensagem de agradecimento, valendo-se o ensejo para um solilóquio com a Divindade e em gratidão dizer;
Oh! Pai. Muito obrigado pela vida bela, colorida e consentida, por tudo que me destes por tudo o que me dás, pois, todos os lugares desse planeta de provas e expiações, deslumbram os viajores com seus cenários na natureza, deixando os viandantes extasiados com Seu autógrafo depositado no altar da natureza.
Obrigado Senhor, pelas flores que depositastes no altar do majestoso planeta de provas e expiações, como se dissesse aos seus filhos, esse é um presente que vos dou para apreciarem a beleza dos lindos campos de papoulas, flores conhecidas há mais de cinco mil anos, utilizadas pelos sumérios para combater as doenças.
Receba Senhor, a gratidão de seus filhos, por permitir-lhes verem as estações do ano renovando a esperança dos candidatos à felicidade, o pôr do sol, as estrelas em sua rara beleza e as inenarráveis pinturas que a natureza realiza no dia a dia, na hora a hora, e no minuto a minuto, eternamente homenageando a vida em todo o seu esplendor.
Oh! Senhor obrigado, por permitir os viajantes em trânsito, conhecerem o teto do mundo, o Himalaia, a mais alta cadeia de montanhas do Planeta, com mais de 7.300m de altura, formando lagos alimentados pelo derretimento das geleiras que se estabelecem acima de 5 mil metros de altitude nas montanhas, oferecendo a certeza de que tudo que existe no planeta e fora dele é obra de Sua excelsa criação, destinada a contemplação da vida em todo o seu esplendor, idealizando sua forma ela colorida e consentida.
Ponto finalizando, muito obrigado Senhor, por sermos todos irmãos, filhos de sua bondade e infinito amor, transportando ínsito n’alma, o compromisso de auxiliar aos irmãos de caminhada, atendendo aos ditames das lições do Divino Jardineiro, para seguir as suas pegadas até a gloriosa chegada nos esplendores celestes.
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, anelando aos amigos, possamos em homenagem a vida, conjugar o verbo arvorear em todo tempo, modo e pessoa, de sorte a fornecer a paz em gratidão as bem-aventuranças recebidas do Pai Celestial.
Do amigo fraterno de sempre.