Os seres humanos, no caminho de sua evolução, desde os primórdios da história, buscam com sofreguidão a elevação de seu espírito, notabilizando a sensibilidade da alma, deixando-se envolver pela beleza da vida em todos os seus contornos e, na mesma vertente, sempre se perguntaram: Deus existe? Se ele existe, como será que ele é? Onde será que ele se encontra? Qual o seu domicílio?
E mais: como compreendê-lo, diante das desditas de tantas famílias, das crises dos presídios, onde os encarcerados de dentro, estiolam os que estão nos ergástulos de fora, a sociedade civil organizada, estrugindo suas ordens para matar a outrem? Por que uns nascem em berço esplêndido e outros na absoluta miséria física? Qual será causa dos Tsunamis ou dos holocaustos existenciais?
Anote-se por isso, que o sumo pontífice da igreja católica, Bento XVI, quando em visita ao campo de concentração de Auschwitz, símbolo do holocausto perpetrado pelo nazismo, onde morreram aproximadamente 70.000 pessoas entre intelectuais poloneses e prisioneiros de guerra soviéticos e, aproximadamente, um milhão de judeus e 15.000 ciganos, esses últimos em Auschwitz II (Birkenau).
Estarrecido com as vibrações daquele logradouro de pranto de dor, eis que as vibrações deletérias, como se fossem resíduos obnubilados permanecem por longo tempo no campo de batalha, ou nos lugares de grandes catástrofes, espicaçaram o Papa a ponto dele se interrogar, onde estava Deus naquele ensejo em que a humanidade sofria com o holocausto.
É diante da bandeira dos esclarecimentos que a retórica em exame se esforça sob o tema em espeque, para pontuar os conceitos vigentes no seio da humanidade anelando concomitantemente responder as indagações do Sumo Pontífice e as seculares e históricas indagações a respeito do tema da existência de Deus, mostrando a chave de luz de hialina claridade e as belezas da vida.
Sim. Deus existe. Somos seus filhos.
E, embora não se possa compreender a natureza íntima de Deus, no dizer dos Espíritos Benfeitores da Humanidade, na questão número 10, inscrita em "O Livro dos Espíritos", em razão da inferioridade das faculdades do homem que não lhe permitem compreender a natureza íntima da Divindade, na mesma ninfa cristalina, haure-se que: "Deus é eterno, Imutável, Imaterial e Único. É todo poderoso e soberanamente justo.
Ora, indiscutivelmente a jornada da vida oferece incontáveis atropelos diante das provas e expiações a que estão submetidas todas as criaturas que buscam com sofreguidão diplomarem-se na universidade da vida com destino aos páramos celestiais. Nesse corolário, aqueles que ainda não compreenderam o problema do ser, do destino e da dor, tema aliás de um excelente livro da lavra de Léon Denis, não é raro seus filhos se questionarem como o Senhor da Vida pode deixar que suas criaturas atravessarem esse mar revolto, repleto de tempestades, sem salvaguarda ou proteção para as horas amargas e de desespero quando a dor implacável ceifa os sentimentos mais profundos d’almas dos candidatos à felicidade.
Oh! Meu Deus. Será crível que os viajores nesse estágio evolutivo ainda desconheçam que o Pai Celestial jamais abandona seus filhos, mas respeita o livre arbítrio de cada um dos viandantes na escolha da porta larga ou estreita e que as dores, faz parte das provas e que como o Pai de misericórdia é justo, cada um de seus filhos é responsável pela sua conduta, colhendo os frutos de seu plantio, doces ou amargos. É assim que cada viandante é responsável por sua vida. Ninguém, absolutamente ninguém fez ou faz nada para colocá-lo na condição de vítima, pois tudo tem uma causa e nada acontece por acaso. Cada um dos candidatos à felicidade escreve o roteiro da sua existência, produz e atua no projeto e escolha que foi criado e idealizado pela lavra de cada interessado.
Nesse sentido, se em algum momento o planejamento se tornar cansativo, há que se considerar que o seu autor tem a livre escolha, livre arbítrio para reescrever um novo roteiro para atuar, pois as reprises e capítulos finais são da livre escolha do seu agente. Todos têm o direito de escrever o seu percurso, pois é documento idealizado por palavra, pensamento, ação e reação situações coletivas e pessoais, que em outra linguagem são estímulos para o sucesso e aprendizado. Na verdade, o que se pensa hoje, em rasa comparação, pode se tornar a minissérie do amanhã. Os filhos de Deus, são Co-criadores e essa condição não é trabalho para os fracos.
Nesse belíssimo planeta chamado Terra, os viandantes não comparecem como turistas, mas em missão, por isso, não é permitido o uso da amnésia seletiva. Diga-se também, que o alvorecer é lembrança da nova oportunidade oferecida no terraço da terra em 4D. Sob outra dicção, o despertar é garantido. A Terra é uma escola de 24 horas, 7 dias por semana, sem repouso semanal remunerado, não se permitindo alegar enfermidade, porque a Terra é um grande hospital para tratamento de todos que aqui aportam para a cura, tanto como é uma escola de alto nível.
Assim, o dever de casa deve estar concluído dia a dia e hora a hora, onde não se autoriza cópia ou “colar” dos demais alunos, máxime porque a avaliação é personalíssima e traz em seu bojo uma curva universal determinada para cada candidato. Em seguida, uma vez concluído o ensino terreno, deixa-se o corpo físico, garantida que está a colação de grau àqueles que obtêm a nota de corte, porque os que não se aplicaram devem repetir as lições até que possam acompanhar os que segue adiante. Oh! Sim. Não se olvide que os aprovados devem deixar pegadas luminosas para aqueles que vêm na retaguarda, iluminando seus caminhos, como fez o Divino Jardineiro.
Uma vez desmaterializado, assim que sair do planeta, em espírito, adquire-se o dom de viver e rever cada momento da prova, máxime porque o bom, o certo, o errado, o mau, o feio e o bonito vão mostrar-se para uma última chamada no palco das provas. É esse o momento que os justos anelam os aplausos de sua consciência. É nessa hora que a emoção fluirá, envolvendo cada átomo do corpo, mente e Espírito, à medida que se despede sob uma cortina de luz, transcendendo para outro areópago, uma arena de hialina clareza.
Ponto finalizando, enviamos o ósculo com a oblata da fraternidade, anelando tenha todos um ótimo fim de semana em nome de Jesus de Nazaré.
Do amigo de sempre.