12.01.2018 ‘ ANO NOVO, VIDA NOVA.
Uma das grandes alegrias que enaltecem a vida a que estão destinadas as criaturas da Potestade, no orbe de provas e expiações, é a oportunidade de recomeçar os projetos existenciais, anelando realizarem os sonhos dos proscênios das existências, motivando o ser humano se esforçarem para manterem puros os corações, frente a uma nova proposta de vida, que se enceta a cada início do calendário civil, depois das festas em homenagem ao Divino Governador Planetário. Esse proceder é uma benção que concede a Providência Divina aos seus filhos para reiniciarem a jornada de provas e expiações.
Nesse cenário, sob o manto das judiciosas lições do Divino Jardineiro, para se vivenciar a nova jornada das sessenta e cinco oportunidades, seja na dor, no sofrimento, nas alegrias e nas tristezas encontradas pela via Láctea da existência em direção às estrelas, a Excelência do Amor que legou o Homem de Nazaré é o zênite a iluminar o caminho.
Com fulcro nesses conceitos, começar de novo, considerando’se os erros e desacertos cometidos no pretérito, foram formas pedagógicas que ofereceram a universidade da vida àqueles que se desalinharam escolhendo a porta larga para viverem na azáfama de alcançarem o pódio dos projetos traçados dantanho e agora surge a nova chance em nova revoada de oportunidades para tudo passar a limpo.
Uma comparação prosaica sobre o tema, oferece o zênite sobre as novas oportunidades que apraz aos viandantes nessa época. Deus oferece a cada dia uma folha nova no livro da vida para passar a limpo a história escrita no passado. A cada recomeço de ano, a oportunidade de reescrever a narrativa da vida sob o pálio das experiências hauridas na ribalta das provas, provas com caráter pedagógico, professor que ofertou sabedoria para não errar mais naqueles pontos onde se estiolou os projetos de pulcritude.
Sem contradita, trata’se de oportunidade douro para consertar ocorrências vividas na dor, nos erros ou nos desalinhos ou ainda quando se constata que se procedeu em desalinho com os sentimentos mais puros dalma. Abre’se nesse ensejo, na análise, geralmente realizada no final e início do ano novo, como uma nova chance de reatar amizades, colorir o mundo interior, afogar as dores no instrumento da paciência e da resignação através da fé no futuro e na Providência Divina, que sabe tudo o que seus filhos necessitam para a nossa evolução em direção às estrelas.
Nessas ocasiões, quando literalmente a humanidade dá um ‘ tempo ‘ nas atividades e o calendário civil reinicia a contagem de tempo em direção ao futuro, permite a contabilidade da vida, retificar os erros pregressos, e acertar os ponteiros dos projetos para as futuras realizações celebrar a festa da vida.
Nesse sentir, sabe’se que no dia 18 de abril de 1857, veio a lume a realização da promessa do Divino Governador Planetário, pelas penas do augusto e ínclito codificador Hippolyté Leon Dernizard Rivail, data em que o espírito de verdade trazia dos túmulos a voz dos chamados ‘ mortos ‘ , despertando as consciências para a vida além da vida, nascendo naquela ensancha toda a luz que a humanidade necessitava para a sua jornada às estrelas, renovando suas aspirações.
Nesse sentir, para renovar’se a esperança de novos projetos, a fé espírita raciocinada, atendendo aos mais profundos reclamos da alma humana para renovação dos projetos de bem viver, e no concernente ao entendimento da Justiça Divina que é de amor aplicado a favor dos filhos da Consciência Cósmica, em termos de progresso espiritual utiliza’se da Lei de Ação e Reação e com a bandeira da reencarnação para que se atinja os estágios mais avançados de desenvolvimento espiritual.
A humanidade, ainda na fase de provas e expiações, no florescer do estágio de regeneração, já recebeu as crianças índigos para auxiliar no progresso e como seria alvissareiro que todos tivessem conhecimento desses espíritos trabalho constante junto a esse orbe, tal como outrora se aproveitou dos conhecimentos dos exilados da Capela, passando antes pelas mãos do Celeste Amigo.
Daí dizer sobre o desenvolvimento do potencial que cada um no ano que se inicia, carregando dentro de si, na centelha imortal e perfectível que é em verdade seu próprio espírito, evoluindo em seus projetos de vida, de maneira gradual, movido pelo esforço próprio e, muitas vezes, também pelo sofrimento. As Leis Divinas fazem o homem mais feliz e mais preparado, tanto para reparar e equilibrar os equívocos do passado, como para exercitar o amor, a caridade, as virtudes ensinadas e exemplificadas pelo Cristo de Deus.
Por isso, a cada ano renovam’se as esperanças, cabendo anotar nesse azo a mensagem do poeta inglês Liveston: ‘ Não permita jamais que seus sonhos morram, pois sem eles, nos tornaremos como pássaros de asas quebradas que não podem mais voar ‘ .
Imaginem! Não poder mais voar em direção ao futuro. Ter que abandonar os projetos de um porvir de felicidade. Perder as esperanças. O que seria de uma mãe se perdesse as esperanças de ver o filho formado, ou recuperado de uma doença grave. A concretização da obtenção da casa própria, a compra de um carro novo, a colação de grau, enfim, tanto a conquistar no caminho de nosso progresso.
A vida é também constituída de sonhos. Por isso, asseverar como diz a poesia popular que na virada da alegria quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi uma alma benfazeja, pois industrializou a esperança, fazendo’a funcionar no limite da exaustão.
Sabe’se que doze meses é tempo em demasia, que poderá fazer com que os menos avisados, exaurirem’se e entregarem os pontos. Mas, se houver a renovação do milagre da esperança, o ano novo que se inicia e a vida nova que nos propomos, tudo pode começar de novo, com novos propósitos, novos sonhos, e com a vontade renovada de que daqui para frente tudo vai ser diferente como afirma o poeta Roberto Carlos em sua melodia imortal. ‘ Daqui para frente, tudo vai ser diferente ‘ .
Assim com o sentimento de renovação e sob o arrimo do anexo encantador, podemos desejar feliz ano novo aos amigos, para que se possa harmonizar no bem proceder, na sinceridade que conforta a alma imortal, ao seguir as lições do Divino Galileu, fazendo ao próximo aquilo que gostaríamos que nos fizessem, pois, o homem de bem e vocacionado para as questões sublimes da alma, exige tudo de si próprio em detrimento ao homem medíocre que espera tudo dos outros. Os erros do passado servem de lenitivo para nossa caminhada, pois quando caímos em desaire o importante é levantar, afinal de contas, são as dores que nos ensinam a gemer.
É irrefutável o conceito de que não são as ervas daninhas que matam a boa semente, mas a negligência do lavrador. Compete a cada um em particular a história de vida bem vivida para ser inscrita no livro das existências, pois onde quer que se vá, leva’se junto ao coração a história de vida. Daí, corrigir os desaires e recomeçar o ano novinho em folha é dádiva de vida que o Senhor do Universo concede para que se possa dia a dia e hora a hora, transportar, de pouco em pouco uma montanha.
Por isso dizer: Mantenha nesse ano que começa os pensamentos serenos, pois todas as coisas que existem nesse universo de Deus possuem a sua beleza, basta saber encontrá’la, mantendo aquecido o coração e os braços abertos, para receber as dádivas que chegam a mãos cheias.
Lembremo’nos do Homem de Nazaré. No Monte Gólgota, na dor pungente, também pediu ao Pai que afastasse dele o cálice amargo da dor e do sofrimento, mas o seu amor foi maior e de braços abertos rogou por nós. ‘ Pai Perdoa, eles não sabem o que fazem ‘ .
Não se olvide que o sol dá um espetáculo de rara beleza todas as manhãs, para uma plateia que dorme. Despertemos para a vida, acender a chama de nosso amor fraterno para que não haja mais injustiça, pobreza, ou solidão, pois a moeda do bem apaga todo o mal produzido na consciência do sono, segundo os ditames da psicologia profunda.
É de bom alvitre ter em mente nesse recomeçar que o dinheiro a ser ganho é bom, pode ajudar a evitar preocupações, mas é também um perigoso instrumento de soberba; prova difícil de ser enfrentada, e no banco onde repousa, somente mostra número em papel e não se constitui em passaporte para a felicidade.
Por isso, utilizar bem os recursos de qualquer natureza confiantes de que todos quando fizer a grande viagem, todos chorem, mas haverá a certeza de carregar nas bagagens, a alegria do dever retamente cumprido, rico em experiência que permita parodiar Confúcio, o primeiro e o maior Mestre da Antiguidade, filósofo e teórico político cujas ideias e pensamentos exerceram profunda influência sobre a civilização de toda a Ásia Oriental e cuja judiciosa avaliação da vida, asseverava que: ’ Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinhos. Outras há que gargalham de alegria por saber que os espinhos têm rosas ‘
Assim pensando, a maneira com que vamos enfrentar o ano novo que se inicia, como nova jornada existencial, ditará os destinos. A opção será personalíssima, sob os auspícios e os ditames do nosso livre arbítrio.
Com essas considerações, segue o óbolo depositado em seus corações, com a oblata do amor fraterno, que se traduzem nos votos de um ano novo, contendo 2018 momentos de paz e amor em nome do Cristo de Deus.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.