A viagem em provas e expiações, a bem dos candidatos à felicidade, se inexistisse a possibilidade de renovação, o sentido e os propósitos nobres estariam em descompasso com a Lei de Evolução. Corrobora essa assertiva o singelo olhar para a natureza com suas estações trazendo a renovação em múltiplos coloridos, tanto como a luz do sol que se apresenta a cada dia com nova claridade para afastar a noite e para povoar a estrada dos viajores com esperança para a indispensável renovação.
Foi também assim que a humanidade recebeu a claridade e a renovação dos propósitos pulcros para a direção que conduz aos esplendores celestes, pois era chegada a hora do planeta Terra receber o sublime mensageiro, para com sua lição renovar aos irmãos menores, diante da sua fidelidade ao Pai Celestial, trazer autenticidade com a luz que haveria de se espalhar pelo mundo inteiro, como chuva de bênçãos confortadoras, razão porque asseverou o Divino Jardineiro: ’Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida.’
O start da indispensável renovação de luzes deu à humanidade o século da Boa Nova, uma autêntica festa de amor eterno, porquanto nascia aí um roteiro indestrutível para a concórdia dos homens, cravando no planeta em provas e expiações o evangelho como o livro mais formoso do mundo, diante da mensagem permanente do céu, entre as criaturas em trânsito pela Terra, frente ao mapa das abençoadas altitudes espirituais, ou sob outra dicção, o guia do caminho, o manual do amor, da coragem e da perene alegria renovada nos padrões de vida para se atingir a plenitude.
E, para que essas características se conservem e se tornem duradouras entre os homens, como expressão de Sua sábia vontade, Jesus recomendou aos Seus apóstolos que iniciassem o Seu glorioso testamento com os hinos e os perfumes da natureza, sob a claridade maravilhosa de uma estrela a guiar reis e pastores para a manjedoura rústica, onde se entoavam as primeiras notas de Seu cântico de amor; e que o terminassem com a luminosa visão da Humanidade futura, na posse das bênçãos de redenção.
Não há, portanto, motivos ignotos para se pretextar não acender a luz interior de cada um dos filhos de Deus, renovando os sentimentos, e os propósitos, para que os candidatos à felicidade sintam a necessidade de mudar o comportamento do homem velho para o novo, repleto de esperanças, porque em verdade, tudo na natureza se renova.
O Universo é feito de ciclos. A noite cede lugar ao dia e depois da chuva vem a calmaria e o saneamento da atmosfera. Nada permanece estático e na mesma situação para não desrespeitar a Lei de Progresso; tudo e todos estão em constante movimento.
Sem contradita, para o olhar ingênuo, as estrelas parecem estar fixas no céu imenso, a evolução humana pode parecer inativa aos olhares menos atento, quando em verdade, tudo, absolutamente tudo está em constante revolução.
Na vida, não há ida sem a volta, e nem há volta sem ida. A morte não é a morte, é só a porta da vida. No ciclo da natureza, nesse ir e vir constante, no broto que se renova, na vida que segue adiante, em quem semeia a bondade, em quem ajuda o irmão, colhendo a felicidade, no suor de quem trabalha, no calo duro da mão, no homem que planta o trigo, no trigo que faz o pão cumprindo a sua missão, sem distinção, todos no universo sente a obra de Deus em plena expansão.
Sob esse ideário, no cosmos todos são habitantes milenares. O nascimento de Jesus na face da Terra e, mais tarde, a projeção do Apocalipse, sinalizam início e fim de ciclos. O Universo muda de hora a hora e minuto a minuto e os espíritos imortais precisam abraçar a ideia de renovação, sem medo e sem preguiça. Por isso, a pergunta que não se cala; quem foram as criaturas até agora e o que aprenderam na estrada da existência em provas e expiações, é obvio que somente a consciência de cada criatura pode responder.
Afinal, as conquistas e as vitórias ensinaram ou não a se conhecer o que é necessário para a evolução, ou seja, aprendeu-se que a derrota não é tempo perdido e nem a fraqueza marca a tristeza, porque os triunfos ou prejuízos são alertas e combustível para se prosseguir na jornada, força e estímulo que impulsiona ao bom combate nos tatames da existência.
Diante dessa realidade, a questão que não se cala é sem dúvida a interrogação do que se deseja realizar a partir desse conhecimento e do ponto em que se encontram as criaturas em evolução, ou em outras palavras, vamos vencer ou perder o bom combate dos novos projetos com as luzes que faz brilhar o interior de cada lutador no bom combate conforme orienta Paulo de Tarso na indispensável reforma interior.
Lancemos claridade sobre os projetos do aqui e agora, dando sentido para a vida bela, colorida e consentida, pois sempre é tempo de mudar, de renascer, de refazer caminhos. Oh! Meu Deus, cada existência corporal é um imenso ciclo repleto de esperanças, renovando a dinâmica da vida na luz interior que ilumina o santuário dos filhos de Deus, para desfraldar a bandeira de vida.
A luz da renovação, dos propósitos e dos sentimentos ocorre quando os filhos Deus, vivem provas e expiações e passam pela experiência da dor, seja pela partida de um ente querido, ’fora da hora combinada’ como se costuma dizer à boca pequena, deixando saudades cuja dor parece ser intransponível.
Seja pela decepção com uma pessoa a quem se confiou o mais belo laurel das esperanças, seja pela perda de emprego, a doença que chega sem avisar, a má gestão dos negócios, títulos que vão para os cartórios de protestos. Tudo, mas tudo o que se encontra no caminho como provas e expiações, dão o colorido da escolha que se realiza pelo exercício do livre arbítrio.
Por conta dessa decisão, quando a dor cala profundamente nas almas, muitos se deixam abater no desânimo, na depressão, chegando mesmo a fazer um quadro de crise de pânico, entibiando a vida que floresce ao nosso derredor e necessita da luz interior de que os filhos da Providência Divina são portadores. Sem contradição, é hora de acender a luz da fé e renovar as esperanças para brilhar a luz interior.
Nesse repositório de pensamentos, também se colhe os espinhos do tempo, pelas situações difíceis que se passa. A desinteligência no lar, a separação judicial, o passamento de um filho em tenra idade, a literal falência dos negócios. Há tantos momentos tristes que não será necessário nominá-los; entretanto, tudo isso, quando se olha pelo túnel do tempo, se constata entre as provas que se fez e as alegrias que se viveu, e os tormentos suportados com resignação, tudo, mas absolutamente tudo mesmo valeu a pena ser vivido, pois o resultado dessa caminhada foi e é a evolução do espírito.
Somos hoje melhores do que éramos quando iniciamos a jornada dessa reencarnação. Há absoluta convicção dos herdeiros do universo de que amanhã se estará melhor que o ontem e o hoje, porque não existe retrocesso.
Acenda-se, pois, a luz interior para brilhar os filhos de Deus como recomendou Jesus de Nazaré: ’Vós sois a luz do mundo; brilhe a todos a vossa luz’. Sem dúvida, é com esse sentido que se dessedenta essas reflexões, nas lições de Emmanoel, colhendo-se pérolas preciosas que iluminam os caminhos dos candidatos à felicidade ao esclarecer à saciedade que todas as coisas na terra passam, assim como os dias de dificuldades também passarão.
Os dias de amargura compõe também essa passagem. A solidão não se fará de rogada e também deixará as criaturas para viverem as alegrias dessa transição existencial. As lágrimas cederão lugar às estrelas que formam miríades de luz no centro de sua existência e com isso lavam a alma e também passarão.
As frustrações que fazem verter as lágrimas da dor passarão. A saudade do ser querido será suprida quando no barco que parte dessa vida, no outro porto, além dessa existência, estará nos esperando com os braços abertos, como Jesus de Nazaré, na passagem evangélica a dizer:
’Vinde a mim todos vós que estais sobrecarregados e eu vos aliviarei, tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e pacífico de coração e vossas almas se aliviarão, pois, meu fardo e leve e meu jugo é suave’.
Os dias de tristeza e de felicidades são apenas componentes da existência. Seu propósito é testar as resistências e fortalecer os viajantes para a caminhada em direção aos altiplanos celestiais.
Com essas reflexões, recebam os amigos o ósculo lhanozo da amizade, com a oblata da fraternidade, anelando tenham todos um ótimo fim de semana na paz do Celeste Amigo.
Do amigo fraterno de sempre.
- Jaime Facioli -