As criaturas humanas em provas e expiações, transitando na maravilhosa nave espacial conhecida por planeta Terra, enfrentam os mais diversos acontecimentos do bom combate para honrar a sua gênese; são criaturas nascidas das mãos da potestade que, para não perderem a humanidade, todos os dias se deparam na sociedade civil organizada com notícias desafortunadas, que voam levando as desesperanças aos corações que anelam alcançarem o “nirvana”.
De fato, são os atos em desalinho trazidos pela impressa, praticados pelos filhos da Potestade, quando assaltam, matam, roubam e corrompem os bons princípios, atingem como flecha mortal os candidatos à felicidade, entibiando os mais puros propósitos que o reto proceder conduz para se alcançar os páramos celestiais.
Essas ocorrências desditosas são produtos da conexão das criaturas vinculadas às redes sociais e às notícias que se estampam nas telas dos aparelhos celulares, senão pela escrita nos periódicos, ou pela viva voz das rádios de comunicação, em tempo real, possibilitando aos filhos do Altíssimo terem conhecimento instantaneamente dos fatos que ocorre a toda hora.
Essa é uma das razões porque os viajantes afirmam que nos dias atuais há mais desgraças que bênçãos; entretanto, que não se iluda a rasa filosofia dos candidatos à felicidade; a verdade é que dantanho houve muito mais desalinho da sociedade do que na contemporaneidade; naquele época, nos primórdios do aprendizado e da evolução do espírito, as comunicações eram quase inexistentes e a população com um contingente menor; nos tempos atuais, a disparidade dos fatos em exame reside na velocidade com que as notícias chegam pelos meios de comunicação e na rapidez com que se difundem, gerando um mal-estar e energias deletérias que produzem no globo terrestre e em todos que habitam o planeta, sentimentos de desesperança.
Em veritas, esses noticiários, reiteradas vezes reproduzidos à exaustação, além de lançar energias deletérias que a todos prejudicam, apresentam também um caráter nocivo. De fato, vê-se multiplicarem-se os apontamentos sobre crimes, comportamentos excêntricos e desequilíbrios de conduta de todo jaez. Percebe-se, no rol das informações divulgadas, a corrupção campeando livre, leve e solta por toda parte; a preservação das vidas é banalizada pela repetição, os crimes se intensificam e diversificam no chamado crime organizado.
Nesse estado de calamidade, a sensação dos transeuntes é de que sobeja o sentimento do niilismo, onde o nada e nem ninguém pode deter a marcha incontrolável no abismo, onde a sociedade se desestrutura a cada minuto que passa, como reflexo da avalanche de más notícias que enlameiam os ouvidos das criaturas em trânsito para o progresso; é o quadro da paisagem sombria, insólita e obnubilada que toma conta do planeta.
No início, os que se esforçam para trilhar o bom caminho se estarrecem com esses fatos; ao depois, indignam-se com as ocorrências espúrias, e com o passar do tempo, diante da insistência pela escolha da porta estreita, torna-se comum essas ocorrências inescrupulosas, razão porque recebem um olhar de normalidade da sociedade para as desventuras.
É assim, que a sociedade vai se convencendo de que as aberrações sociais têm o cunho de normalidade e que a vida é mesmo assim; nada indica os caminhos do bem e a violência é normal, alforriando sentir que os crimes podem ser vistos em sua natureza como corriqueiros, ganhando fórum de desrespeito ao próximo como se fosse status de cidadania.
Oh! Meu Deus. Salve-se seus filhos desse sentimento de falsa normalidade que invade os corações amorosos, sutilmente roubando de cada criatura o que recebeu de Tua misericórdia de mais precioso; a capacidade de se indignar com o erro, e de se chocar contra aquilo que está em desalinho com a natureza de seus filhos; oxalá reapareça a esperança de um novo porvir, para que aos poucos, sem se dar conta, renasça na humanidade a sensibilidade, a solidariedade, a empatia e o amor ao próximo para atender-se a máxima do missionário do amor na excelência da palavra, Jesus de Nazaré, para se fazer ao próximo tudo que gostaria que se lhe fosse feito.
É de bom alvitre não se deixar levar pela desesperança, porquanto apesar da exploração dos noticiários, a verdade é os indivíduos que agem mal e ganham notoriedade nas manchetes de sangue do dia são a exceção à regra; incomparável são os viajantes da felicidade, aspirando por agir corretamente segundo o grau da elevação de cada um, cumprindo os deveres para criar os filhos, pagarem suas contas sem se corromperem; repousarem com o aplauso da consciência, ao entregarem-se nos braços de Morfeu, para o repouso salutar do corpo físico.
Sob o pálio desse sentimento pulcro, não se permita aceitar o jargão de que a humanidade está perdida. Não cria nessa falácia, porque a cada olhar de indiferença que se lança sobre a miséria alheia, perde-se uma gota d’agua da própria humanidade. Na pedra atirada sem escrúpulo, perde-se uma côdea de humanidade, e a cada julgamento cruel que se faz da sociedade civil em provas e expiações, frente ao desajuste momentâneo, esvai-se mais um pouco da humanidade.
De fato, quando se julga indistintamente a todos como seres desonestos, corruptos e criminosos se torna igual aos que acusa. Se alguns em momentos de estiolamento se permitem conduzir pelas suas fraquezas e enriquecem ou conduzem ilegalmente, são milhares os que honram seus empregos e salários trabalhando dignamente. Se alguns decidem trilhar pelas veredas do crime e da violência, na outra ponta, incontáveis criaturas vivem pacificamente, distribuindo gentilezas e pacificando o meio onde vivem.
Consta das estatísticas da ONU, novas projeções populacional datadas de junho de 2017 dando conta de que o mundo onde habitam as criaturas de Deus, o planeta Terra, chegará a 8,6 bilhões criaturas até 2030, conforme o relatório de Perspectivas da População Mundial, lançado pelo Departamento dos Assuntos Econômicos e Sociais da ONU.
Logo, diante dessa constatação conclui-se que, em verdade os que estão em descompasso com o caminho da pacificação das almas, é uma minoria tão pequena no universo da Consciência Cósmica, que não merecem lugar de destaque que se lhe atribui, alhures e algures, para permitir a instalação da falsa normalidade, do desânimo e a descrença nas criaturas.
Ademais, agora é o momento e para sempre, quando se consolidou as lições do Divino Galileu por todos de rincões desse mundo de Deus.
Não importa a fé que os viajantes embarcados na nave Terra tenham, é essa quantidade infinita de criaturas que demonstra que vale a pena despertar os gestos de humanidade para seguir firme e forte no caminho do bem, desbravando a bandeira do amor que Jesus de Nazaré trouxe para a humanidade.
Nesse sentir, no universo da Inteligência Suprema Causa Primeira de Todas as Coisas, a propósito do tema em estudo, sabe-se que a historiografia mundial anota com propriedade, para servir de guia aos viajantes que vem na retaguarda, e aqueles que estão enfraquecidos momentaneamente, possam ver a luz e sentirem os feitos de irmãos de caminhada:
Marter Luther King Junior, com o seu sonho de ver os seus filhos julgados pelo caráter e não pela cor; Dr. Bezerra de Menezes, o médico dos pobres; Francisco Cândido Xavier, psicografou 412 livros mostrando o caminho dos filhos de Deus, amparando e consolando os enfraquecidos, como missionário do bem; Eurípedes Barsanulfo, o apóstolo da caridade; Santa Madre Thereza de Calcutá, prêmio Nobel da paz em 1979; Irmã Dulce, venerada pela igreja católica e beatificada em maio de 2011; Mohandas Karamchand Gandhi, líder espiritual pacifista indiano, que libertou seu país do jugo dos ingleses sem derramar uma gota de sangue; Padre Manoel da Nobrega, Pe. Jesuíta português, desenvolveu um intenso trabalho missionário, do qual resultou, em 1554, a fundação do colégio do planalto de Piratininga, onde se desenvolveu a cidade de São Paulo. Em colaboração com Anchieta, conseguiu pacificar os tamoios em 1563; Hippollyte Léon Denizart Rivail, abriu mão de sua identidade, individualidade, atividades profissionais, para tornar-se Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita; Sidarta Gautama, príncipe hindu, o iluminado, conhecido como o primeiro Buda, título que significa "aquele que sabe a verdade" e tantos outros que se pode contar como as estrelas que cintilam no universo, exemplos que iluminam os corações em provas e expiações pelo planeta Terra para manutenção de sua humanidade.
Com fulcro na luz dos venerandos irmãos, na estrada da vida, que se cultiva os gestos de humanidade, conscientes de será através desses procedimentos que se traz o que há de melhor n’alma, a humanidade, para seguir e reconhecer no próximo a tarefa de realizar o conselho do Divino Jardineiro para se amar ao próximo como a si mesmo.
Ponto finalizando, segue o ósculo e a hóstia da fraternidade, com votos de um ótimo final de semana em nome de Jesus de Nazaré.
Do amigo fraterno de sempre.
- Jaime Facioli –