Na historiografia mundial e evangélica, consta o conselho e orientação para os entibiados, quando diante dos descaminhos, enfrentam as provas e expiações, na mais bela e judiciosa orientação do missionário do amor, às criaturas em desalinho e temerosa nas provas e expiações, no trânsito pelo belíssimo planeta Terra, na nave espacial Voyage, que transita pelo Universo do Pai Celestial, oferecendo morada adequada, àqueles que buscam a elevação espiritual, pavimentando as vias celestes para os páramos celestiais.
Jesus de Nazaré chancelou com todas as letras essa via de amor com o “Vós Sois Deuses”, exortando os irmãos menores, na condição de seres imortais, ao esclarecer que tudo o que Ele realizava, também poderia ser executado pelos irmãos em provas e muito mais, obviamente cada um a seu tempo, diante da pessoalidade de cada criatura do Eterno.
Em outra retórica inesquecível, o Mestre convida aos viandantes da Voyage a não turbar os seus corações, diante da insensatez daqueles que olvidam deixar seus corações mansos e pacíficos, arrematando sua prédica, convidando-os a olhar os pássaros e os lírios dos campos, que não tecem nem fiam, e mesmo assim, nem Salomão no esplendor de sua glória vestiu-se como eles.
Oh! Meu Deus. Se o Senhor da Vida, cuida de todas as suas criaturas, ao arrimo da questão número 963 de “O Livro dos Espíritos”, o que será que o Eterno não fará pelas criaturas nascidas de suas mãos misericordiosas.
Prossegue O Divino Jardineiro, abrindo seus braços para acolher os doentes de todo jaez, com especial carinho aos do corpo e d’alma, os fracos de espírito, os cegos de todas as espécies, máxime aqueles que guardam nos cofres d’alma interesses espúrios, nas áreas da saúde, da segurança, da educação, e os que estão na miséria sócio econômica, padecendo toda sorte de infortúnio, no resgate do passado comprometedor, é sem dúvida, Ele quem abre os braços e exorta ipsis verbis: (Mateus, 11.28:30)
“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo”.
De fato, ainda no presente os candidatos à felicidade vivem inquietos e aflitos, dando azo ao exercício da fé raciocinada para acionar a turbina da virtude que gera a serenidade de espírito, a segurança inabalável, qualquer que seja a conjuntura que se prove a capacidade dos filhos do Altíssimo, o que ensejou ao pastor das almas a exortar seus irmãos ao bom combate, tese sustentada por Paulo, o apóstolo aos corintos em sua primeira epístola.
É por isso que, ao modo dessa humilde pena, se recordar as exortações do divino jardineiro e O vemos andando pelas estradas de aprendizado, atendendo ao povo, sem cansaço e presciente da realidade da vida, seguia propondo o seu magistério ao povo ainda com suas paixões exacerbadas; por onde quer que se manifestasse a dor, ei-Lo a espalhar o consolo e suas advertências. Dessa forma, certa ocasião deparou-se com um cortejo fúnebre que levava ao sepulcro um corpo jovem; compadecendo-se da mãe em prantos, estagna o passo dos homens e ordena ao moço, que se encontrava em sono letárgico, que se erga, e o devolve à mãe, agora em júbilo.
É sem contradita, o Seu imenso amor que o faz conviver com a má-vontade e a ignorância dos homens em provas e expiações, dos quais ouve perguntas ingênuas que lhe são dirigidas e as responde, elucidando as dúvidas e mostrando o caminho da probidade e do amor ao próximo. Com essa postura, também vai à casa dos apontados como corruptos dantanho e serve-se do momento para ensinar o bem proceder, sem se macular. Da mesma sorte, levanta a mulher equivocada de Magdala, convidando-a à reformulação íntima.
Por todos os lugares por onde transitou recebeu demonstrações de carinho e ternura, sem se corromper, mantendo a conduta proba, com atitude imparcial e serena. Inegável que Ele devolveu a visão ao cego de nascença, e, na humildade de seu coração, orienta-o a nada dizer a ninguém, ensinando que a mão esquerda não permitia que a mão direita soubesse o que fez sua companheira, como se pudesse o beneficiado deter a cascata de alegrias de que se revestiu a nobreza daquele gesto.
As bênçãos do Divino Pastor, também liberta o homem de Gadara de uma legião de espíritos que o atormentavam. Nessas orientações, lições e exortações, aponta as diretrizes renovadas à samaritana, no poço de Jacó e lhe possibilita o crescimento espiritual. Sem contradita, da virtude que emana do espírito pulcro do Mestre, nasce a oferta de cura ao problema hemorrágico da mulher das distantes terras de Cesárea de Felipe, impensável naqueles tempos, e que os dias atuais permite com simples curetagem. Com esses atributos e as suas virtudes por excelência, suas exortações o autoriza a entrar, triunfante em Jerusalém, sem, no entanto, prender-se às efêmeras manifestações de júbilo com que o recebeu do povo.
Na exortação de Jesus de Nazaré, esclarecendo que os filhos da Consciência Cósmica são Deuses, finaliza por dizer que tudo que Ele faz, seus irmãos menores serão capazes de fazer e muito mais; lição essa bem interpretada n’alma de Albert Schweitzer, que fez dessa cognição, letra viva do amar ao próximo como a si mesmo, porque, obediente à afirmação do Cristo, embrenhou-se no coração da África equatorial francesa e se dedicou aos seus irmãos negros.
Sua biografia anota ainda que construiu do nada um hospital para atender os pacientes africanos atacados de doenças inimagináveis, desde a lepra até elefantíase. Foi dessa gente, médico, pastor, e professor, suportando a ignorância que os fazia comer os unguentos receitados para enfermidades da pele e da mesma sorte, por absoluta falta de saber que se encontravam, bebiam de uma vez o vidro de medicamento destinado a durar semanas. Oh! Meu Deus. Que lástima. Todavia, quando o silêncio descia sobre o resto do acampamento, ele trabalhava até meia-noite, ora escrevendo, ora respondendo as cartas que lhe chegam, mas sempre em paz com o reto dever cumprido.
Em sua partida para a África, Schweitzer imaginou que estava abandonando para sempre as coisas que lhe eram mais caras, como a arte e o ensino. Todavia, a Divindade não o abandonou, porquanto sempre teve consigo um piano, podendo manter-se em dia com a sua música. Por essa razão, quando voltava à civilização, fazia uma longa série de conferências, o que lhe rendeu incontáveis homenagens por inúmeras universidades.
Não se olvide o registro, que além do trabalho avançar as madrugadas, ele também logrou êxito em manter uma produção literária constante. Nessa jornada de luzes, na condição de filho da Potestade, seu excelente desempenho e esforço humanitário, levou os homens a reconheceram a sua nobreza, conferindo-lhe o Prêmio Nobel da Paz em 1952.
Sob essa bandeira, incontestável a retórica do Divino Mestre do Vós sois deuses .... Podeis fazer muito mais... Schweitzer atendeu o comando do amor e fez muito mais. Não vos entregueis jamais ao desalento de lutar pela vida, bela, colorida e consentida, para a realização dos projetos existências em busca da felicidade.
Nesse sentimento d’alma, para realizar muito mais, é preciso que no jardim da vida floresça, renascendo a cada dia que amanhece, sentindo a pureza do amor purificando os pensamentos com sentimentos nobres, substituir o homem velho, retirando-lhe a poeira do tempo das palavras inadequadas e os rituais ultrapassados, para deixar as flores desabrocharem diante da nova criatura entusiasta pela vida, que deseja ardentemente que a alma renovada, desabroche do sono como a rosa do botão, para surgir como a aurora no oceano, ao sorriso dos lábios e nos gestos da esperança, realizando muito mais, até engrinaldar os sentimentos do coração, em renovada festa de encontro com a felicidade dos herdeiros do universo.
Ponto finalizando, com os desejos de que cada viajante das estrelas possa imitar Jesus e fazer muito mais, nos jardins da vida, florindo-os com a hóstia e o ósculo da fraternidade, recebem os amigos fraternos, votos de um bom fim de semana com muita paz.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli