Todo momento que se vive, é um presente oferecido pelo Senhor da Vida, gesto de amor que repousa nos corações amorosos de suas criaturas. Essa oportunidade dá azo aos viajores da grande nave chamada Terra, no planeta de provas e expiações, se exercitarem para o momento da chegada aos esplendores celestes; nesse caminhar há um instrumento de grande valor para auxiliar nos objetivos anelados.
É o abraço. No abraço há um poder grandioso que não imagina a rasa filosofia. O abraço apertado cura o ódio, o ressentimento, o cansaço e a tristeza, porque ao se abraçar o próximo, solta-se as amaras. Ao se desalgemar libertando-se das amarras, joga-se no poço profundo das coisas que faz o indivíduo perder a calma, a paz e o bom senso.
De fato, quando se abraça a outrem, baixam-se as defesas e se permite que o outro se aproxime do coração fraterno; são os braços que se abrem e os corações que se aconchegam de forma luminosa em direção aos sentimentos pulcros d-alma, dizendo: Amo você; que bom que você faz parte de minha vida; oh! Amigo, ajude-me; que saudades. Sim, sem dúvida, quando se abraça somos mais do que dois; somos família, somos planos, somos sonhos possíveis.
Um presente, sempre presente na vida das criaturas, foi a hora em que a humanidade recebeu a presença do Divino Galileu. Por essa razão a humanidade comemora o natalício do Divino Messias, todo mês de dezembro do calendário gregoriano.
O Mestre é tão grandioso no seu amor, porque entregou o mais puro abraço, mesmo no estertorar de sua pungente dor, distendeu os braços, num abraço incomparável, a seus irmãos menores, advogando a favor das criaturas do altíssimo, ao rogar perdão pelas ofensas de que fora alvo; com esse abraço repleto de amor, presenteou a humanidade com a reforma indispensável àqueles que buscam ter puro o coração, para N-ele encontrarem o lenitivo para as dores do corpo e da alma.
Bem por isso, Ele colocou os irmãos de jornada nos trilhos do bem viver, ao despertar os espíritos em evolução para a realidade da vida, a obediência às leis Divinas e o reto proceder que dividiu a história da humanidade em dois períodos como sendo antes e depois dele, motivo porque, sem contradita, com todas as vênias, o mundo pára para celebrar o amor ao próximo, e, relembrar suas preciosas lições.
Nesse sentido, no seu natalício o grito d-alma dos corações vocacionados para o amor, clamam pelo fraterno abraço, verdadeiro amor que jamais se perde na poeira dos tempos.
Em nome do Cristo, redentor das almas em desalinho, não há necessidade de realizar grandes obras para convencer a Consciência Cósmica do amor ao próximo como ensinou o Divino Galileu. Em outras palavras, será suficiente a intensidade do amor que se coloca nos gestos de carinho, para tornar o proceder digno de ser anotado pelo Criador, no Livro da Vida.
Disse a mensageira do Senhor da vida, Madre Tereza de Calcutá, que -o seu trabalho foi uma gota d-água no oceano, mas sem ele o oceano seria menor-. Com essas considerações, todas as palavras e gestos serão inúteis se não brotarem do coração. As palavras e as atitudes que não ofereçam claridade ao espírito aumentam a escuridão. Um coração feliz é o resultado inevitável de um gesto ardente de amor.
Nesse sentir d-alma, comemoremos o aniversário do Cristo Redentor, não julgando as pessoas, mas amando-as e aceitando-as como elas estão no seu momento de elevação espiritual. Com simplicidade coloquemos as mãos na charrua e compartilhemos as alegrias e tristezas, dividindo as bênçãos que se recebe, seja no vestuário, seja na palavra que conforta, ciente do que o importante, não é o que se dá, mas o amor e o abraço que com ela se dá.
Recordemos que o dever é uma questão pessoal, decorrente da necessidade de se entrar em ação, e não da necessidade de insistir com os outros para que façam qualquer coisa em benefício de outrem. A caridade é dever de todos. É certo que não é lícito viver do passado, então ilustre professor, mas podemos fazer pequenas coisas com muito amor.
Anelamos que nossa comemoração de Natal, em nome de Jesus de Nazaré, o enviado do Pai Celestial, como luz a suas criaturas, seja ad-infinito o amor, fruta da época de todas as estações e ao alcance de cada mão, para que todos possam colhê-lo. A saciedade não desconhece que na universidade da reencarnação de que se é objeto, a pele enruga e os cabelos ficam enluarados, com os dias se convertendo em anos para acabar na ribalta das existências, mas o que é mais importante não muda. A força do amor haurida no Cristo Redentor.
Aproveitemos o Natal e não deixemos os que sofrem para que não se sintam a sós. Proporcionemos ao nosso próximo, com o abraço, o presente de um sorriso de alegria, os cuidados e, sobretudo o coração transformado em flocos de luz para iluminar a escuridão. Estejamos atentos com a realidade de que atrás de cada linha de chegada há sempre uma linha de partida, tanto como depois de um triunfo há outro desafio a esperar, pois a cada necessidade satisfeita outra lhe gera o imperativo de atender as leis de progresso. É dever sagrado dos filhos do Eterno, perante a consciência e as Leis que regem o universo em nome do Senhor da Vida, enquanto se transita por esse planeta de provas e expiações, ir à procura das pessoas, porque essas podem ter fome de pão ou de amizade e estão esperando que não as abandonemos.
Nesse apólogo, segundo as preciosas lições de Joanna de Ângelis, parafraseando seus ensinamentos, jamais se deve permitir que alguém saia de nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz. As palavras de amizade e conforto podem ser curtas e sucintas, mas o seu eco é infindável. Um coração feliz é o resultado inevitável de um coração ardente de amor.
Ao anoitecer da vida de provas e expiações, quando as provas não permitirem mais correr, pode-se dar passos lentos, caminhar e enquanto se caminha se está apoiando na fé e na esperança do amor do Divino Pastor, sem nunca se deter, pois para frente e para o alto será o lema que embalará os sonhos dos viandantes até se atingir os esplendores celestes.
Passar pela vida sem o relacionamento com o outro, é o mesmo que não crescer, não evoluir, equivalendo a estagnação e começar uma existência tosca, pontiaguda, amorfa, absolutamente sem sentido, pois os filhos da Consciência Cósmica tem como estação final, crescerem e amadurecerem nas provas e expiações. Inegável, portanto, ser eternos passageiros de um raio de luz que pela misericórdia do Pai Celestial, conduz a viagem intensa com destino ao aprimoramento e a eternidade nas diversas moradas do universo apregoadas pelo Divino Pastor.
Com esses sentimentos d-alma, segue o abraço fraterno, com o ósculo depositado em seus corações e a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo com muita paz em nome do Divino Jardineiro.
Do amigo fraterno de sempre.
- Jaime Facioli –