Manda a tradição, ao encerrar o ano do calendário civil, se realize um balanço das atividades; assim procedem as empresas para apuração de sua lucratividade e/ou prejuízos advindos do bom ou mau gerenciamento dos negócios durante o exercício findo. O objetivo é decodificar os procedimentos adotados no ano que se esvai, mantendo no ano que se inicia, os cânones que foram bem administrados e corrigindo os que foram aziagos para a empresa. Da mesma sorte, na conduta dos viajores em prova e expiações, em trânsito pelo belíssimo planeta Terra, há necessidade do mesmo recenseamento.
Sem contradita, o ideal para avaliação pessoal será a adoção dos ensinamentos ditados por Santo Agostinho na questão número 919 de -O Livro dos Espíritos-, quando responde à pergunta que lhe foi proposta sobre o tema em apreço, assim exposta -ipsis verbis-. -Qual o meio prático e mais eficaz para se melhorar nesta vida, e resistir aos arrastamentos do mal-?
O venerando espírito de Santo Agostinho, outrora Bispo de Nipona, Santo da Igreja Católica, com outra verve, mas no mesmo sentido pedagógico recomenda o conhecimento de si mesmo, distendendo o discurso evangélico no exame de consciência como lenitivo para o reto proceder. Por isso, convida os interessados a refletirem diariamente sobre o comportamento, passando em revista os atos praticados, e, naqueles em que o resultado for positivo, rogar as graças do Pai Celestial para que no novo dia que irá nascer se possa dobrar as virtudes praticadas.
Obviamente, naquelas que se constatar os desacertos, encarecer a Potestade o perdão pelo ato ímprobo, tomando uma atitude positiva no alvorecer do novo dia, arrependido lhanamente da violação aos bons princípios, corrigir a falta no exercício de humildade, escusando-se com quem tenha ofendido e ao depois aguardar o natural resgate do desalinho para o equilíbrio do universo.
Nesse sentir, o balanço do ano 2018, foi de um ano cheio, repleto de acontecimentos venturosos, ocorrências desagradáveis, projeto por terminar, outros concluídos e sonhos realizados; houve também ilusões desfeitas, alegrias e tristezas como parte integrante da cesta básica das provas da existência.
São ocorrências absolutamente normais nas provas e expiações. Não há motivo para ceder lugar à inveja ou à desesperança, pois ora se está feliz e outras vezes há desalento. Contudo, a fé oferece esperança de um futuro melhor, sem olvidar que a corrida é longa e tem necessariamente de contar com cada ser personalíssimo para o bom combate.
Na corrida das provas da existência, não se permita esquecer os elogios que se recebe pelas vitórias conquistadas; são encômios destinados ao caminhar, mas olvidemos como regra de indulgência os insultos recebidos. O que quer que se faça não há razão para o orgulho nem para a crítica acerba, pois todos são aprendizes da vida; se um escorregar não espere apoio de ninguém, assim como a criança, levante-se e siga a diante; a vida é feita também de tropeços.
Oxalá, nenhum dos caminheiros, olvide que a criatura humana, é um ser eminentemente gregário; por essa razão, na eventualidade de se sentir sozinho no ano novo, recorde-se que tem tanta gente esperando um sorriso para se aproximar de seus irmãos de caminhada.
Há necessidade de entender, que os amigos vão e vêm, por isso o Venerando espírito de Joanna de Ângelis recomenda em suas prédicas, -não permitir que nenhuma pessoa se afaste de sua presença sem levar uma grata recordação-. Há, amigos preciosos que devemos guardar com carinho, pois a vida devolve tudo àquilo que anelamos, tornando os desejos mais íntimos em realidade. Com esses sentimentos d-alma, está ínsito os votos de um feliz ano novo, repleto de venturas mil, para que em 2019 as almas alcancem as virtudes do perdão, da indulgência, da caridade e do amor.
Oh! Meu Deus. O momento é de renovação no balanço desse ano que se fida. Oportunizemos rogar, que o ano menino, seja um ícone na existência daqueles que se esforçam para terem puros os corações, na nova programação que se inicia, tendo como bandeira desfraldada, a conduta do bem proceder, e do amor ao próximo como recomendou o Divino Pastor.
Deseja-se reiniciar o ano novo, com otimismo, como uma nova chance de acertar onde se errou, olhando a vida com imensa alegria, e ao apreciar as flores abençoadas com a sua beleza emoldurando o altar da natureza, se esteja ciente de que se trata do autógrafo da Providência Divina em sua obra.
Sinta-se o renovar das esperanças, pois o ano novo se aproxima com um suave perfume de novas chances na misericórdia do Pai Celestial concedendo o renascer, como a primavera onde as folhas velhas caem e novas flores e folhas nascem em seu lugar, renovando a vida, sempre bela, colorida e consentida. É o Senhor da Vida, trabalhando sempre para o progresso da humanidade; sem dúvida a Consciência Cósmica, Onipotente, Onisciente e Onipresente, no leme para em 2019, com o olhar vocacionado para frente, objetivando não ser pedra no caminho daqueles que vêm na retaguarda, ciente de que a vida é um constante crescer, avançar e progredir.
Nada deterá a marcha de ascensão das criaturas até os páramos celestiais, convictos das lições do Divino Messias, ao estabelecer em sua prédica que seus irmãos menores são Deuses e que tudo o que Ele fez, pode-se também fazer e muito mais. Nesse sentido, sempre que os empeços aparecerem, se tropeçar e cair, estabeleça metas, firme planos e prossiga com fé no Eterno que não criou modelitos, mas filhos destinados aos páramos celestiais.
Há que se olhar para dentro, conforme proposta de Carl Gustav Jung, para se realizar uma viagem interior, afim de melhor se conhecer o espírito eve eterno, manutenindo pulcros os mais íntimos sentimentos d-alma.
Nesse olhar até o imo d-alma, despeça-se do ano velho, encarando o ano novo com alegria redobrada das benesses dignas do trabalho honrado. Oh! Senhor. Deseja-se nessa nova oportunidade do ano que reinicia fazer as preces há tempos esquecidas. Em nossos corações, em nome da gratidão vamos agradecer mais vezes e nada reclamar em homenagem à resignação. Iniciemos o novo ano para o amadurecimento espiritual da autêntica valoração da vida, pois trata-se de um momento especial de renovação para o espírito, diante de Deus, na sua infinita sabedoria, dando à natureza, a capacidade de desabrochar a cada nova estação e a seus filhos a capacidade de recomeçar a cada ano.
Afinal, viver um novo ano é ter a chance de fazer novos amigos, ajudar mais pessoas, aprender e ensinar novas lições, vivenciar outras dores e suportar velhos problemas. Novos motivos para chorar e outros para sorrir, porque, amar o próximo é dar mais amparo, fazer preces e agradecer mais vezes. Trata-se de uma nova oportunidade de amadurecer um pouco mais e olhar a vida como dádiva de Deus. É ser rima, é ser verso, é ser Deus no universo.
Com esses sentimentos d-alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo de sempre.
Jaime Facioli