O poeta Carlos Drummond de Andrade decantou em prosas e versos o poema do tempo declarando à saciedade: -Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante vai ser diferente-.
Bem por isso, no livro da vida, a consciência Cósmica concede aos candidatos à felicidade, uma página nova nas provas e expiações, para que todos os dias se tenha a oportunidade de passar a limpo os atos e as atitudes do reto proceder ou dos desalinhos. Nessas oportunidades, se coloca as novas chances de acertar os passos com as leis divinas, para estabelecer um programa de vida que os conduza as plenitudes existenciais. Perdoa-se os enganos cometidos, sem que haja anistia ao débito contraído, cujo resgate há que se colher no plantio realizado pelo livre arbítrio. Na nova chance tem-se que efetuar o pagamento daquilo que se deve, ainda que em suaves prestações, equilibrando dessa forma o universo onde se moureja, pois não existe prêmio nem castigo. Os filhos da Potestade são responsáveis por tudo que cativam, à luz da dialética de Antoine de Saint-Exupéry, porquanto todos os viandantes são responsáveis por seus atos, arquitetos de seu porvir.
Nesse sentido, o ano novo oportuniza reinicia-se o bom combate, consoante esclarece o apóstolo Paulo, em sua epístola aos coríntios, elucidando que o homem carrega consigo o fruto de seus atos, razão porque se começa um ano, com uma folha branca destinada a se escrever a história de cada filho de Deus, da mesma forma que cada manhã o Pai Celestial concede a página nova no livro das existências de suas criaturas. Nessa ensancha, anelam-se, aqueles que seguem Paulo, o apóstolo aos Corintos, que o ano menino que se inicia em 2019, se constitua na homenagem dos que trafegam por esse mundo de provas e expiações, com o reto proceder, ao trabalho, na alegria de viver, com saúde e rico de experiências para o crescimento espiritual, sobretudo na fé e esperança, indispensável na arena onde se luta o bom combate.
Não se negue, que alguns dos contendores guardem tristes recordações de determinados acontecimentos ocorridos em certas datas do ano findo, mas que não se demorem nos pensamentos da desventura, porque agora é hora da alegria, da bem-aventurança, da nova oportunidade que enseja guardar no cofre sagrado das provas realizadas, as efemérides do nascimento de filho, da saúde e das infinitas concessões que alforriam as criaturas a agradecerem à Deus as bênçãos que chegam a mancheias, viés para se guarda esses acontecimentos na memória. Trata-se de ferramenta para a alegrar o caminho das provas e dar bom animo os filhos do Eterno, como ensinou o bom pastor, ao convidar seus irmãos menores a terem bom animo. Ele venceu o mundo, e, como seus irmãos menores são Deuses, como Ele ensinou, não existe o contraditório de que nesse novo alvorecer, deve-se ter força para o bom combate e recomeçar a epístola ora em branco, aguardando se escrever nela a história do vencedor.
Com fulcro nesse sentimento, considerando que o Senhor do Universo concede uma página nova no livro da existência, todos os dias, destinada a escrever a história dos viandantes nesse ciclo de vida, por essa terra abençoada, pátria do evangelho, coração do mundo, não resta dúvida de que todos estão programados para alcançar os páramos celestiais. O propósito da boa nova é para se realizar as provas e as expiações a que se está destinados nessa viagem, e, por isso, inspirar os pensamentos na essência da mensagem poema da lavra do espírito benfeitor da humanidade, conhecida por Joanna de Ângelis, sobre o amanhecer das existências, realizados sob o fluxo desses sentimentos, com a pena e a verve da emoção que nasce n-alma nesse momento, quanto ao mês que ora e inicia e cuja mensagem leva a rubrica de recomeçar o bom combate, na página nova da vida, renovando as Esperanças, ao dizer aos amigos:
Novo mês, oportunidades renovadas. Cada mês que se inicia é como uma manhã que renasce repleta de esperança no trabalho, no amor que se deve desenvolver, na alegria de sentir a brisa que sopra e na celebração da vida que estua no planeta, no corpo físico e n-alma. Cada mês que se inicia a exemplo do sol que brilha e expande sua luz todas as manhãs, ainda que para uma pequena plateia, pois é grande o contingente de irmãos que dormem na consciência do sono; nada obstante, isso não altera o fato de que cada mês que se inicia representa Divina Concessão que não se pode olvidar e nem desconsiderar. Por isso, será proceder com sabedoria, manter atitude positiva em relação aos acontecimentos que se deve enfrentar no decorrer dessa nova chance, mantendo o otimismo diante das ocorrências que surgirão como testes de força e amor.
Nesse sentimento d-alma, para que o jardim da vida floresça, há que renascer a cada dia que amanhece; sentir a pureza do amor, purificar os pensamentos com sentimentos nobres logo nas primeiras horas da manhã; substituir o homem velho, retirar-lhe a poeira do tempo, das palavras inadequadas e os rituais ultrapassados, para deixar as flores desabrocharem diante da nova criatura entusiasta pela vida, bela, colorida e consentida; desejar ardentemente que a alma renovada pelo ano novo que inicia, e o encontro com Jesus, desabroche na esperança, como a rosa do botão, para surgir como a aurora no oceano, ao sorriso dos lábios e no gesto da esperança, para engrinaldar os sentimentos do coração, em renovada festa de encontro com a felicidade dos herdeiros do universo.
Nada de desânimo se um projeto não se realizou no ano que se passou, agora, é a nova oportunidade, a nova chance, pois a vida é para frente. Tudo o que acontece tem um propósito; nada é por acaso, mas por uma causa. Assim as novas ocorrências da vida que surgirão no decorrer do novo ano que se inicia, merece coragem para o confronto das lutas naturais a ensejar recomeço da tarefa interrompida; deve-se, pois, reiniciar a tarefa interrompida e realizar o programa planejado, uma vez que cada mês que se inicia, é um eterno convite à conquista de valores que pareciam inalcançáveis. Deve-se, entretanto, à medida que o ano novo avança e o tempo passa, sem azáfama e nem postergação do dever, realizar as tarefas que as provas solicitam para o crescimento moral e espiritual em direção as estrelas que fulguram nos céus das almas sedentas de paz.
Não será necessário se afligir diante do volume das tarefas e dificuldades que venham convidar os interessados no bom resultado das provas a solucionar. Deve-se dirigir cada uma das ações à finalidade específica. Após concluir um serviço bem feito, inicia-se outro, e, sem mágoa dos acontecimentos desagradáveis do pretérito, volva-se à liça com disposição, avançando passo a passo até o momento da conclusão das tarefas e dos deveres planejados. Será de bom alvitre não carrear para o ano novo que se inicia o resumo das desditas e dos aborrecimentos transatos. Estamos no recomeço das atividades, um ano cheio de esperanças e isso significa novo recomeço, novas oportunidades, assim como a primavera se renova, também os projetos e esperanças dos filhos do Altíssimo ganham novos coloridos.
Nesse sentir, deve-se começar o primeiro mês do ano novo com alegria renovada e sem passado negativo, mas na verdade, enriquecido pelas experiências transatas que servirão de subsídios valiosos para a vitória que se busca; em verdade se deve plasmar nas mentes, nesse início de ano novo, a gratidão ao Senhor da Vida, dizendo-lhe: Oh! Meu Deus, no silêncio deste ano novo que alvorece, estamos pedindo-te a paz, a sabedoria e a força. Desejamos imensamente olhar a nova chance que se recebe com olhos cheios de amor, de paciência, anelando sermos compreensivos, mansos e prudentes. Quiçá poder olhar além das aparências, a família, os parentes, amigos e adversários, todos como companheiros de jornada na qualidade de teus filhos como tu mesmo os veem. Finalmente, oxalá possamos ver o bem em cada um deles. Rogamos-te, cerra nossos ouvidos a toda calúnia e guarda nossa língua de toda maldade. Que só de bênçãos se encha nossos espíritos.
Nesse sentir d-alma, segue nossos votos de um Feliz e Próspero Ano Novo.
Do amigo fraterno de sempre - Jaime Facioli.