Quando se percebe que os meses se multiplicam, acrescentando novos tempos à vida física, silenciosamente se percebe a modificação da forma de se olhar o mundo, de sentir os acontecimentos do dia a dia. É o tempo que vai proporcionando aos viajantes da felicidade as experiências, nele depositando as conquistas e derrotas, alegrias, tristezas, dores, sucessos e fracassos das provas da existência bela, colorida e consentida. Essas ocorrências, aliadas à grande viagem dos afetos que realizam a jornada de retorno à pátria espiritual ou exercitam o livre arbítrio, seguindo rumos diferentes daqueles que abraçamos com emoção, conclui-se que tudo isso compõe o amadurecimento das criaturas da Potestade.
Na alforria dessa maturidade, de posse dos novos valores, considera-se mais e melhor o tempo que se desfruta ao lado das pessoas, junto da família, dos colegas de trabalho, na casa espírita, na igreja de sua devoção, na comunidade onde se moureja, na política, na vida social, consciente de que a criatura humana é um ser eminentemente gregário, destinado a somar conhecimentos e avançar em direção à elevação espiritual e, por consequência, aos páramos celestiais.
É, nesse momento, quando o verde serve de tapete para a natureza, embelezando a primavera, na renovação da festa de amor, que os viajores sentem que as pessoas passam a ter mais importância como passageiros da mesma embarcação, valendo-se desse encontro para rever irmãos do passado remoto, arrefecer saudades, valorizar o momento e dar mais importância aos abraços, aos diálogos, à convivência na jornada das experiências dos novos tempos.
Nessa ensancha, com as malas repletas das experiências do passado, representada pelos atos praticados dantanho, no dizer de Paulo, o apóstolo dos gentios, a criatura humana carrega em sua vida, o resultado de seus atos, passa a olhar mais nos olhos das pessoas do que em sua vestimenta ou no seu novo visual, e o penteado, nos cabelos longos ou curtos, lisos ou cacheados. Nesse momento, se está mais atento às palavras que conduzem ao sentimento d-alma e às indagações que demonstrem interesse lhanozo pelo irmão de jornada; por isso, foca-se mais nas expressões das pessoas do que a atitude sonhadora nas mensagens do celular.
Desfruta-se assim, cada minuto em sua plenitude, renascendo a cada momento para viver a festa do rosário de bênçãos oferecido pela Consciência Cósmica às suas criaturas. Quando se amadurece, olha-se a vida como se fosse um sábio diante do ignorante; frente a interrogativa sincera dos amigos de viagem para saber se a festa da vida está valendo a pena, pode-se responder com incontida emoção que a viagem está muito boa e a vida vai bem obrigado, sob o comando do Governador desse planeta, Jesus de Nazaré.
Da mesma sorte, sob a emoção do entusiasmo daqueles que trabalham firme e forte para terem puros os corações, responde-se que a festa do amadurecimento tem proporcionado infinitas alegrias de novos conhecimentos em todas as áreas, seja do emocional, do profissional, da família e do espírito que chancela o passaporte para os páramos celestiais.
Com esse procedimento, os fatos do apólogo em apreço trazem sentido à metáfora do retorno aos dias da infância, quando o mais importante era estar presente no aniversário do amigo, brincar, se divertir, saborear os doces, o bolo, as guloseimas ofertadas. Sob outra dicção, é o mesmo que sentir a suave brisa das emoções, asseverando que quando se incorpora ao programa da reencarnação se é surpreendido pelas bênçãos do Pai Celestial, concedendo uma salva guarda, na figura do anjo da guarda para guiar os passos de suas criaturas para levar a bom êxito a travessia do mar bravio e das tempestades do caminho.
De fato, o Senhor da Vida não deixa ao desabrigo nenhuma de suas criaturas, segundo a dicção da questão número 963 de -O Livro dos Espíritos-. O Pai Celestial, protege suas criaturas, mesmo quando caído no lodo, atentos às lições de Joanna de Ângelis, esclarecendo que a primeira réstia de luz que lhe chegam os faz brilharem, extraindo dos anos passados, a sabedoria, no amadurecimento proporcionando descobrir o real sentido das coisas, ao permitir na soma dos acontecimentos experimentados, conferir a cada uma o devido valor. Nem mais, nem menos.
Veja-se, pois, que não se trata de um sofisma, mas da festa de formatura do filho que deixam os pais felizes; não se abriga preocupações exageradas pelo traje, pelo buffet e seus adereços; trata-se da comemoração e da vitória de anos de estudo. Uma vitória da qual se participa a cada dia, desde os primeiros anos escolares, ao vestibular, aos bancos universitários. Preocupações do trajeto com as notas, as noites mal dormidas, pelo estudo intenso. Sim, foram momentos em que o clã padeceu juntos. Todavia, é chegado o momento da alegria com o herdeiro, com os amigos, com os familiares.
Enfim, a cada dia, a vida dirá que as horas devem ser usufruídas para as coisas verdadeiramente importantes: para os sorrisos das alegrias, para as lágrimas de frustração ou tristeza. Porque tudo tem seu valor, se no amor ou na dor, aproveita-se as oportunidades da reencarnação e o rosário de bênçãos que chegam a mancheias, oferta graciosa que o Eterno dá aos seus filhos.
Dessa sorte, é oportuna a iluminativa lição da mentora Joanna de Ângelis ao exarar o sentimento de que -A tua vida possui um alto significado. Descobrir o sentido da existência e para que te encontras aqui, eis a tua tarefa principal-.
Com fulcro nesse discurso, cujo objetivo é o de iluminar a estrada daqueles que amadurecem para usufruírem a viagem pelo planeta de provas e expiações, sem atitudes quixotescas, mas, com probidade e o reto proceder, protocolo do amadurecimento nas viagens já realizadas, certamente se produz atitude rutilante, um brilho que resplandece iluminando os caminhos para os páramos celestiais e podem se dizer com sentida emoção que:
A hora de amadurecer é, sem contradita, o sentimento d-alma, para que o jardim da vida floresça, renascendo a cada dia que amanhece; sentir a pureza do amor, purificar os pensamentos com sentimentos nobres logo nas primeiras horas da manhã; substituir o homem velho, retirar-lhe a poeira do tempo, das palavras inadequadas e os rituais ultrapassados, para deixar as flores desabrocharem diante da nova criatura entusiasta pela vida, bela, colorida e consentida.
Agora é a hora de se desejar ardentemente que a alma renovada pelas experiências do amadurecimento, dos tempos vividos, seja a marca indelével do encontro com Jesus, despertando o espírito imortal como a rosa do botão, para surgir como a aurora no oceano, ao sorriso dos lábios e no gesto da esperança, para engrinaldar os sentimentos do coração, em renovada festa de encontro com a felicidade dos herdeiros do universo.
Ponto finalizando, arrimado também nas pesquisas, a inspiração da mensagem de amor, na redação do Momento Espírita de 31.10.2018, fonte inesgotável de sabedoria, a ocasião é oportuna para depositar nos corações dos amigos fraternos o ósculo da fraternidade, com votos de um final feliz de semana em nome do Divino Jardineiro com a oblata da estima e elevada consideração, e os votos de muita paz.
Do amigo de sempre.
- Jaime Facioli –