Para se alcançar o apogeu de viver para todo o sempre, as criaturas têm esperado demais para realizar o que é necessário, em um mundo onde é indispensável fazer o que precisa ser feito, mundo de provas e expiações que só concede um dia de cada vez, sem nenhuma garantia de amanhã. Enquanto se lamenta que a vida é curta, age-se como se tivessem à disposição um estoque inesgotável de tempo. Espera-se demais para pronunciar as palavras de perdão; pôr de lado rancores e dissidências que devem ser expulsos do modus vivendi, objetivando expressar gratidão, dar ânimo e consolo a si e aos demais irmãos da viagem de elevação espiritual, realizando, segundo Carl Gustav Jung, não a viagem para fora, mas para dentro da criatura a fim de despertar o espírito para a sua eterna realidade.
Oh! Meu Deus. Espera-se demais para ser pai dos filhos que a Potestade confiou a tutela de suas criaturas; esquece-se que os filhos pequenos têm curto tempo sob o lar, porque atendendo ao impositivo da Lei Natural seguirão seus propósitos; olvida-se quão curto é o tempo em que eles estarão na “barra da saia” e quão depressa a vida os faz crescer e seguir o se destino.
Espera-se demais para dar carinho aos pais, irmãos e amigos. Quem sabe quão logo será tarde demais? Aguarda-se demais para ler os livros, ouvir as músicas, ver os quadros da natureza, bela, colorida e consentida que espera para alargar os horizontes da mente e despertar o espírito imortal, enriquecendo e expandindo a alma em sua plenitude.
Da mesma sorte, aguarda-se infinito tempo para anunciar as preces que aguardam para atravessar os lábios dos profitentes reforçando a fé e a esperança para executar as tarefas que estão esperando para serem cumpridas, e, demonstrar o amor ao Pai Celestial.
Espera-se demais nos bastidores dos palcos da existência, mesmo sabendo que a vida é a protagonista principal que aguarda a plateia ansiosa para o grande espetáculo dos filhos da Potestade. Oh! Sim. Deus também está esperando que suas criaturas parem de esperar, para começar agora, a fazer nesse momento, tudo aquilo para o qual este dia e está vida foram concebidas, porque o passado foi o eficiente professor, o futuro, a Deus pertence, mas o presente, deve a todo custo ser conjugado como verbo, realizando tudo agora, em nome da Inteligência Suprema, Causa Primeira de Todas as Coisas.
Com votos de uma semana de muita paz, recebam os amigos, o ósculo fraterno, em nome do Divino Jardineiro, nosso irmão maior, agora e para sempre.
Jaime Facioli