Uma das nobres tarefas que fala aos corações das criaturas do Eterno, é a que se propõe com azáfama o respeito à Lei do Trabalho. O ESE esclarece tratar-se de uma lei da Natureza, e, toda ocupação útil a ele se corresponde em razão desse mister para a criatura humana aperfeiçoar o intelecto, além de prover a necessidade indispensável da alimentação, colaborando também com os desígnios do Criador, em tese, motivo porque arauto do amor asseverou serem os filhos da consciência cósmica ‘Deuses’.Os filhos do Pai Celestial, para alcançarem a plenitude existencial, constroem o porvir no trabalho, tarefas que desenvolvem segundo sua elevação e aprendizado nas provas e expiações, porquanto todos desejam ser felizes. Nada obstante esses anseios pulcros, para se alcançar o ‘nirvana’, como chama os irmãos tibetanos, o estado de felicidade dalma, serão necessárias as reformas dos procedimentos quando em desalinho. A felicidade é conquista do dia a dia e hora a hora. Há regras pétreas a serem respeitadas. A maior delas é a que Jesus de Nazaré trouxe em seu missionato de amor, ou sob outra dicção, estar atentos ao propósito da jornada terrena, à luz dos ditames inscritos na questão 625 da luz do mundo, ‘O Livro dos Espíritos’, seguindo o modelo e guia da humanidade. Anote-se por isso que no momento de dor pungente, no calvário e no madeiro infame, numa das vezes em que o Divino Pastor volta de seu desfalecimento, Ele reúne suas forças combalidas e levantando os olhos para os céus, diz ao Pai, ‘Está tudo consumado’. Bem por isso, não há como negar que o Mestre veio a esse planeta de Deus, para dar o exemplo de amor e o modelo a ser seguido por aqueles que anelam com a felicidade e a paz de espírito objetivando alcançar esse laurel, indispensável para construir as vidas, trabalhando firme e forte, com vontade incomensurável de se realizar a reforma íntima de que necessitam os atos de improbidade. Nesse sentir, a dialética do Celeste amigo sempre foi repleta de ensinamento direcionado para a construção do porvir, como se anota no ato dos apóstolos, quando estabelece: ‘Vós sois Deuses, tudo que faço, vois podeis fazer e muito mais’. Sob o fluxo desse ideário, percebe-se que as vidas têm a edificação ‘entalhada’ no dia a dia e na hora a hora. A liça do obreiro é constante junto da família, no ambiente do trabalho, na casa espírita, na igreja de devoção, enfim, onde se moureja, há que ser modelo para que os irmãos menos avisados possam recordar as lições do Homem de Nazaré, e, nesse sentido a convicção é plena orientando desfazer-se dos maus procedimentos, máxime porque para se alcançar o ‘Nirvana’, será preciso percorrer o caminho das dores pungentes e dos sacrifícios da abnegação e do aprendizado.
Sem dúvida, deixar de fumar, de beber, de falar mal de outrem, ou evitar mentir, trapacear, roubar, furtar ou mesmo abandonar em definitivo a prática do opróbrio a que se acostumou pela porta larga as facilidades, não será tarefa fácil aos candidatos à felicidade. Que não se engane o nosso livre pensar dos profitentes e interessados em direção à plenitude existencial. Quando acicatado pelo Sentimento Divino, experimentem-se na hora do repouso físico, ao se entregar nos braços de Morfeu, o Deus do Sono da Mitologia Grega, realizar o exercício proposto por Santo Agostinho, na questão 919 do Codex em apreço. O exame de consciência e vossa razão vos esclarecer a respeito da enorme tarefa que se tem pela frente para se alcançar os páramos celestiais. Não se olvide, contudo, que a alavanca da dor e os acúleos que se experimenta para a transformação, faz nascer um novo ser a cada instante, transformando o homem velho no ser que brilha como diamante precioso, que mesmo quando caído no lodo, a primeira réstia de luz que lhe chega se lucifica. Que os candidatos à felicidade não se enganem; trata-se de tarefa personalíssima. Ninguém poderá ajudar. Tem-se que se remover cada imperfeição, ponto a ponto com o trabalho do bisturi no amor ao próximo e à vida, amparando-se na fé, conscientes de que ao final a prestação de contas dos atos e dos procedimentos àquele que concedeu a vida, será indispensável, pois na paráfrase de Paulo, o apóstolo, a criatura humana carrega consigo o resultado de seus atos. O tempo segue seu curso enquanto vamos escrevendo a história no livro da vida, criar-se as marcas pelas quais serão reconhecidos os filhos de Deus. No projeto da construção das vidas, vale a pena usar toda a energia para agir retilineamente, aproveitando todos os canais de percepção extra-sensorial, para ouvir os bons conselhos que chegam a todo o momento através da inspiração Divina, trazidas pelos arautos do bem, em trabalho no regime de 24 horas diárias. Trabalhe-se, pois, na construção do belo, olhe na beleza que Deus depositou no altar da natureza para engalanar o planeta de provas e expiações. Trabalhe no conhecimento aproveitando o tempo com bons livros, bons pensamentos, pois essa postura também é homenagem ao trabalho, da mesma sorte, são os serviços edificantes na seara do bem, no centro espírita, na quermesse da igreja de sua predileção, na solidariedade aos idosos e no apoio às crianças, pois isso inegavelmente é futuro de bem-aventurança aos trabalhadores de última hora. Abandone as armas guardadas no arsenal dos pensamentos. Pare-se com as guerras, os homicídios, as trapaças, as mentiras; deixe fluir os sentimentos Divinos nos corações, trabalhando com vigor na construção da reforma interior; busque sem trégua ser melhor hoje do que se foi no passado, anelando ser no porvir melhor que hoje, porquanto isso fará com que seja sedimentada a construção do edifício do amor do Cristo de Deus em seu espírito em seu coração. Sob esse díptico, em homenagem ao dia do trabalho, deseje com todas as suas forças que a construção da vida futura, seja espeque de oportunidade para depositar o ósculo em seus corações, desejando tenhamos um ótimo fim de semana na paz e em nome de Jesus de Nazaré.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.