AS ESCOLHAS DO CAMINHO ELEGEM OS BONS E OS MAUS.
Nos caminhos das criaturas do Senhor do Universo, há o livre arbítrio, instrumento sublime concedido pela Potestade para as escolhas dos objetivos dos candidatos à felicidade, inscritos no salutar programa de progresso mediante a elevação espiritual, ensejando se possa decidir por conta própria, como realizar e qual o momento apropriado para se pôr em execução os projetos de sua existência em provas e expiações, considerando que cada um dos filhos do Altíssimo é o construtor de seu porvir.
Dessa sorte, não há recompensa ou castigo, mas responsabilidade ou irresponsabilidade das escolhas que se faz no caminho; desse modo, uns escolhem a porta larga das provas e, por consequência, encontrarão
pela opção feita, pedras, espinhos, abrolhos e infindáveis obstáculos a lhe dificultar o trajeto, colhendo-se dores e sofrimento, que por seu turno são ferramentas de aprimoramento, tanto como o diamante que saído bruto da terra, necessita lapidação para se tornar uma joia preciosa; nessa vertente reside a lição do espírito benfeitor da humanidade, Joanna de Ângelis, em sua luminosa retórica, esclarecendo que ’a criatura humana, diante das infinitas concessões que lhe chegam todos os dias, somente tem razão para agradecer, jamais para reclamar.’
De outro lado, há aqueles que escolhem os caminhos do bem, demonstrando à saciedade que vencida a etapa do aprendizado, estão prontos para adentrar pela porta estreita das provas, colhendo por consequência os frutos saborosos da vida digna e proba, realizando a viagem com a consciência na paz que o Divino Jardineiro legou a humanidade, uma vez que essa paz é resultado da conquista e do trabalho no jardim da reforma interior que ilumina a via para os esplendores celestes.
Diante desses considerandos, qual deve ser a postura do que desejam os viandantes nesse mar das provas e expiações, por vezes repletas de tempestades que açoitam o trajeto, e em outras ocasiões se apresentam calmas e serenas. A consciência do justo dirá que aqueles que se proponham a uma vida digna, vocacionada para o bem, certamente encontrão desafios para o seu treinamento, seja pela ocorrência de ingratidão e ou incompreensões por parte daqueles que pensam e agem diferente, não sendo demais o exemplo do Missionário do Amor, que experimentou o madeiro infame, por conta de suas sublimes lições.
Desse modo, ainda que se saiba que esse comportamento retilíneo não signifique estar em guerra com os demais viajantes, acima de tudo reina a verdade da escolha do caminho, buscando-se o crescimento e a evolução espiritual pela opção que se faz na grande viagem. Dessa sorte, a conduta acertada daqueles que escolhem o caminho dos bons procedimentos, compreendem que têm o dever de evitar comportamento separatista ou maniqueísta, onde se coloca os bons de um lado, e os supostos maus, aqueles que ainda não experimentaram a alegria de viverem em plenitude, mas a seu turno também encontraram a paz, porque do rebanho do Pai nenhuma ovelha se perderá.
Perscrutando a história da humanidade, anota-se no século III, a criação da doutrina conhecida pelo nome de Maniqueísmo, da lavra do filósofo Maniqueu, que influenciou as correntes filosóficas e religiosas por largo tempo, com os preceitos estabelecidos na poeira dos tempos de que, há no mundo um dualismo eterno entre dois princípios opostos. Dessa forma, de um lado o bem e de outro o mal, de um lado Deus e do outro o demônio. Sob o entendimento desse mesmo conceito, tudo que é matéria representa essencialmente o mal, enquanto os filhos do Eterno estão ligados intrinsicamente ao bem.
Hodiernamente, a Doutrina Espírita deixa claro que a matéria é instrumento precioso de desenvolvimento, um importante meio de cumprir a Lei do Progresso e os desequilíbrios semente ocorrem quando se liga de forma excessiva ao que é apenas material ao transitório. Da mesma sorte, sob a mesma clareza de conceito, ensina-se que não existe essa força poderosa oposta ao Criador, que lhe faz frente em igualdade.
Onde já se viu a Inteligência Suprema, Causa Primeira de Todas as Coisas, ter criado um ser destinado a lhe fazer frente por toda a eternidade! Oh! Sim. Deus não criou nenhum ser destinado ao mal em sua essência. O Universo e suas leis são bons, isto é, trabalham pela evolução de tudo e de todos. Por isso, cabe refletir então o que seria o mal; esse mal que assombra e assusta ao levar incontáveis candidatos neófitos a elegerem a perversidade como opção das provas diuturnas. Oh! Meu Deus, por que há tanta maldade nos candidatos à felicidade que estão ao nosso derredor, na mesma viagem de aprendizado?
Diga-se por esse motivo, de forma simplista, que o importante é saber que o bem é tudo o que está conforme a Lei de Deus e o mal tudo o que é contrário as leis do Eterno; por essa razão, fazer o bem é proceder conforme a Lei Divina, inscrita na consciência humana, segundo a dicção da questão 621 de ’O Livro dos Espíritos’.
Nesses considerandos, anote-se, por consequência que toda ação em descompasso com as regras da Divindade, gera a necessidade de correção, de restabelecimento do Universo da Potestade, motivo porque se conclui que não há prêmio nem castigo imposto pela Consciência Cósmica, porquanto estabelecida a verdade soberana de que a figura dos erros, dos equívocos ou do mal proceder nas criaturas não é eterna, mas transitória.
Ora, ora, bem por isso, os descompassos das provas, tem uma curta validade, máxime porque uma vez descoberto o desacerto, deixa-se de praticá-lo intencionalmente, oportunizando assim recordar a lição do Divino Pastor, ao recomendar para se ’conhecer a verdade e a verdade o libertara’ o que vale dizer, das garras da maledicência; nesse sentir, recebida do Criador a inteligência, cabe ao beneficiário desenvolve-la, para distinguir melhor o que é bom e o que faz mal.
Com efeito, a partir desse ‘start’, não se olvide mais a distinção entre o que é do bem comum e o que não é; o que está de acordo com as Leis Divinas e o que vai contra as leis pétreas do Senhor do Universo; a opção pela infração é sempre pessoal e desse modo, evidente que os que optam pela porta larga das provas, o fazem por vontade própria, não sendo licito acusar a Divindade pelos resultados de seu plantio, máxime porque a Potestade não dá prêmios e nem castiga, mas deixa ao livre arbítrio a razão das escolha, resultado ser responsável ou irresponsável pelas suas atitudes. Em síntese apertada, é indispensável educar o espírito, razão das criaturas transitarem por esse planeta de provas e expiações, educando-se individual e mutuamente.
Atentos as questões 629/646 de ’O Livro dos Espíritos’, extrai-se a compreensão de que o sábio não critica o ignorante, mas antes busca como bom professor, esclarecê-lo fraternalmente, tanto como, o iluminado não insulta o que anda em trevas, mas favorece-o eliminando-lhe o caminho. Da mesma sorte, o orientador não deve acusar o aprendiz, porquanto a ovelha insegura é a que mais reclama os cuidados do pastor.
Destarte, sob a luz colhida na agenda cristã, pelo espírito André Luiz, na psicografia de Francisco Candido Xavier, registre que o forte não culpa o fraco, mas antes, compromete-se a erguê-lo e o cristão não odeia, nem fere, segue ao Cristo, servindo ao mundo.
Ponto finalizando, em qualquer circunstância de tempo ou lugar, em claro céu ou sombrio firmamento, na saúde ou na doença, na realização ou na queda, no poder ou na dependência entre amigos ou adversários, para alcançar a plenitude da escolha do caminho, o apogeu em direção da probidade, ama muito mais e distende sempre mais amor, porque só o amor tem a substância essencial para traduzir a realidade do Pai nas vidas das criaturas, oferecendo as alternativas das avenidas para se alcançar os esplendores celestes.
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.