AS BENÇÃOS DIÁRIAS, MILAGRES DO CRIADOR.
Incontáveis criaturas transitando pelo belíssimo planeta Terra, presentemente servindo de reduto de provas e expiações para os filhos da Potestade, ainda não se deram conta de que são, todos eles, sem distinção, beneficiários de bênçãos diárias distribuídas a mancheias pelo Criador, onipotente, onipresente e onisciente. A essa generosidade do Eterno, facilitando os caminhos, a semelhança de um pai com propósito de não sobrecarregar os ombros de seus filhos com carga maior do que ele possa carregar, o Senhor da vida repleta as provas de suas criaturas, diariamente de benção, aliviando destarte as provas daqueles que se candidatam e se inscrevem na universidade da vida para objetivando alcançarem os esplendores celestes.
A essas graças concedidas pela Consciência Cósmica aos interessados na lex evolutionis, muitos ainda não se deram conta dessa clemência e a tratam como se fosse um ‘milagre’, porque a compreendem como um fato extraordinário, ou sobre outra dicção, tratam-no como se fosse um fenômeno extraordinário, tal como o céu, ainda que não seja um lugar geograficamente estabelecido, se abra e um mensageiro celeste apareça na medida em que os fenômenos vão acontecendo; são os chamados milagres, conforme a acepção da palavra, referindo-se a um acontecimento que parece não ter explicação racional.
Ocorrências desse jaez seriam uma violação das leis naturais que regem os fenômenos ordinários. Inimaginável que O Excelso estabeleça leis para o Universo e Ele mesmo as transgrida; não é crível, porque Ele é a perfeição e perfeito são todos os seus atos. Nada obstante, para muitos dos profitentes, ainda admitem que muitas das ações do Mestre Jesus, enquanto nesse planeta, como modelo e guia da humanidade, são consideradas milagres; apesar disso, lentamente se compreende que para cada uma daquelas ações, há uma explicação coerente que não se conhecia.
Desse modo, vê-se diuturnamente a ciência se aproximando da religião, demonstrando os efeitos benéficos da oração, da fé e as estatísticas anotam que os que abraçam a religiosidade de forma ampla, têm possibilidades de melhor qualidade de vida; bem por isso, recomendou Jesus que se tivessem a fé do tamanho de um grão de mostarda, poder-se-ia ordenar a um monte que se movesse, e ele se moveria. Por óbvio, o Mestre não se referia aos montes de terra e pedra do planeta, mas a lógica instiga a refletir que a referência do maior pedagogo da história da humanidade, referia-se aos problemas de qualquer ordem e também sob a mesma reflexão, asseverou que tudo que Ele fazia, todas as criaturas também poderiam fazer e muito mais, obviamente no seu devido tempo, tão logo se conquiste o estado de pureza e a elevação espiritual do Divino Jardineiro.
Oh! Sim. Não será reprochável admitir que está ínsito na retórica do Mestre, em essência da assertiva, que os filhos do Altíssimo, são portadores de potências da alma que se desconhece, entre elas o poder da oração. Dessa sorte, grande é o contingente daqueles que não se dão conta dos benefícios da transmissão de energias pela imposição das mãos, mesmo não se desconhecendo que esse proceder também foi do Divino Galileu. Desse modo, vive-se rodeados por milagres, todos explicáveis pela ação das energias, das potencialidades do ser humano ou dos Espíritos do bem.
Muitos, pois, sob essa ótica, são os milagres cabendo destacar entre eles, os milagres do amor e da bondade que socorrem os irmãos na adversidade; os milagres da amizade que alcançam os entibiados quando as dificuldades parecem invencíveis. Também há aqueles que surgem com o nascer e o pôr do sol, com a chuva generosa que revigora a terra e saneia a atmosfera, reverdece a floresta que renasce das cinzas depois das calamidades; sim, sem contradita, tudo é bênção a mancheias que o Pai Celestial concede aos seus filhos na gloriosa jornada de elevação espiritual.
É oportuno no discurso sub oculis, trazer à colação o axioma de Einstein afirmando que: ‘só há duas maneiras de viver a vida: a primeira é vivê-la como se os milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse milagre’. A ocasião também enseja o apólogo, colhido nas páginas da internet, com o relato da pena que se utiliza, pedindo licença para distender ou sintetizar os fatos, quando e se a ocasião permitir na paráfrase, sob a seguinte retórica:
Consta das pesquisas que o Dr. Abraham Verghese, especialista em câncer, estava a caminho de uma conferência onde receberia um prêmio no campo da pesquisa médica; animado com o prêmio, embarcou em um avião para o destino. Duas horas depois da decolagem o avião fez um pouso de emergência no aeroporto mais próximo devido a um problema técnico. Com medo de não chegar a tempo para a conferência e a premiação, foi imediatamente à recepção em busca de informações, resultando saber que ele teria que esperar dez horas pelo próximo voo até o seu fadário. Como fazer? Impossível esperar tanto tempo, alugou um carro e dirigiu-se à cidade da conferência, há quatro horas de distância. Ultimadas as providências, logo que se pôs a caminho formou-se uma tempestade torrencial, cujo aguaceiro tornou difícil a jornada; quiçá, por obra do ‘destino’, o personagem perdeu-se uma curva, e dirigindo na chuva intensa em uma estrada desconhecida e deserta, sentiu-se com fome e cansado.
Nesse momento, aflito por um local que pudesse auxiliá-lo, uma réstia de civilização, quando se deparou com uma humilde moradia que lhe parecia não pudesse auxiliá-lo, mas mesmo assim bateu à porta e uma senhora foi atende-lo, quando em desespero ele explicou sua situação, pedindo para usar o telefone, que devido a modéstia da habitação, não havia; consolando-se com as circunstâncias aziagas, ele pede para entrar e esperar até que o tempo melhorasse com que anuiu a moradora, para em seguida distender a sua hospitalidade, oferecendo uma frugal refeição, aceita com sofreguidão.
Impressiona aos corações generosos, saber que foi no momento do repasto que a senhora pediu para ele juntar-se a ela em suas orações, e ele escusou-se porquanto acreditava apenas no trabalho duro e não nas orações. Ocorreu, todavia, que sentado à mesa e tomando seu chá, o médico observou a mulher rezar muitas vezes ao lado do berço de um bebê. Impulsionado pelo sentimento d’alma, o médico hóspede, em retribuição aproxima-se da mulher pretextando ajudá-la e perguntou o que ela precisava de Deus e se Deus alguma vez ouviu suas orações.
Ora, pois, tão logo ele perguntou sobre a criança no berço, a mulher explicou que seu filho estava com câncer, e eles haviam sido aconselhados a consultar um médico chamado Abraham, para curá-lo, sua última esperança, mas, oh! Eles não tinham dinheiro suficiente para pagar seus honorários.
A seguir respondendo à pergunta sobre a Divindade, ela disse-lhe que Deus ainda não havia respondido suas orações, mas com certeza o Eterno ofereceria alguma saída, acrescentando que Deus não permitiria que seus medos superassem sua fé.
Oh! Meu Deus. Atordoado e sem palavras, o Dr. Abraham começou a chorar, e foi num impulso de amor que se ouviu ele dizer em voz alta, ‘Deus é grande’. Recordando-se da mulher e toda a sequência de eventos estranhos que marcaram aquele acontecimento, tais como o mau funcionamento no avião, a tempestade, a perda do caminho, tudo porque Deus respondeu as lhanozas orações da filha em desespero.
Do outro lado do espelho, o relato enseja também se ver a chance que o Pai Celestial oferece aos materialistas, agnósticos, teístas, ou qualquer das incontáveis seitas sem o exercício da fé para saírem da escuridão da escravidão, seja na admissão do milagre, ou nas bênçãos diárias que chegam todos os dias as suas criaturas, tal como para dedicar algum tempo a uma pobre mulher indefesa que não tinha nada além das ricas orações.
Diga-se por isso, que A inteligência suprema, causa primária de todas as coisas, pode não responder de imediato às orações e da forma que foram solicitadas, mas sempre responderá do Seu jeito, porque nos bastidores da vida, ele moverá os homens, o clima, eventos, circunstâncias, a fim de lhe dar o melhor. Não pare de confiar e nem pare de esperar, porque o Senhor da Vida pode estar ocupado planejando a sua bênção aos Seus filhos, que o procuram diariamente.
No fluxo desse arrazoado, sustenta-se a importância do cultivo da fé e constância da prece, canal e via de acesso com o Pai Celestial para realização dos milagres anelados, tais como a recuperação da saúde própria, do familiar e tantas outras bênçãos que ocorrem todos os dias, sem que muitos dos viajores se deem conta dessas ocorrências, dormindo ainda em berços esplêndidos, sem se despertarem para a realidade, ainda, insista-se no milagre ou na benção da voz amiga, o conforto na dor, o oração em família, acompanhado do abraço caloroso, tudo oferta sem ônus da Divindade.
Neste estado d’alma, segue o ósculo em seus corações com hóstia da fraternidade desejando um ótimo fim de semana em nome do Celeste Amigo.