Queridos amigos fraternos.
Bom Dia.
Jesus sê conosco.
Os que têm olhos para ver.
É lição de Jesus de Nazaré. Bem aventurados os que têm olhos para ver e ouvidos para ouvir.
Esse enunciado pode parecer aos incrédulos e ao vulgo motivo de graça diante da destinação desses dois órgãos que compõem a anatomia humana, dois dos sentidos do ser humano que o auxiliam na sua jornada de progresso por essa Terra de Deus.
Que não se engane a nossa vã filosofia. Nada nessa vida é sem propósito, mas por uma causa, razão de não podermos olvidar as lições do Celeste Amigo.
Constantemente nos surpreendemos com amigos que nos cobram um cumprimento, dizendo: "Como então! Estás orgulhoso o amigo. Não cumprimenta mais as pessoas".
Diante da surpresa para àqueles que tem reto o proceder, se indaga? "Mas quando vi o amigo e deixei de cumprimentá-lo". E lá vem a resposta certeira, tal dia, tal hora e em tal local. Aliás, olhavas para mim diretamente, nos meus olhos e a propósito vestias tal traje e o dia estava escuro".
Nossa amigos! É a mais pura e sacrossanta verdade.
O fato acontece diuturnamente em nossas vidas, em razão de que os olhos físicos vêem mas não enxergam com os olhos do espírito imortal. Apesar de enxergar e estar olhando o que o cerca, não dá importância ao fato ou não valoriza os acontecimentos segundo os conceitos da pluralidade das existências e da imortalidade do espírito.
Por essa razão, atribuímos mais valor as coisas transitórias do que àquelas que constituem a razão de nossa existência, presente que a Divindade nos oferece no caminho de nosso progresso em direção as estrelas, nosso destino à felicidade plena.
Assevere-se por isso amigos, que apesar de vermos a toda hora muitas coisas, não lhe damos a importância devida. Não será por outra causa que o Cristo de Deus nos alertou que são bem aventurados os que tem olhos para ver e ouvidos para ouvir.
Normalmente não vemos o que de mais importante temos na vida, ou não ouvimos a acústica de nossas almas. Atavicamente nos prendemos aos grilhões do passado e qualquer coisa que nos aconteça será motivo para reclamações, murmúrios e queixas, ao dizermos:
Nossa! Tudo acontece comigo? A vida está péssima. O título foi para o cartório. Estou sem recursos. Minha mãe, mulher ou filho está doente. Há uma infinidade de queixas a apresentar, umas contra o tempo, que não pára de chover ou o frio que está calando na alma, seja pela palavra articulada ou escrita, e outras nos recônditos de nossas almas, através de nossos pensamentos, faixa vibratória onde nos permitimos ficar em estado de reclamação silenciosa, como se o Senhor do Universo não pudesse nos ouvir os impropérios.
É sempre a forma de ver a vida que nos conduzirá aos páramos celestiais ou nos fará nos determos no lodaçal das impurezas dos pensamentos.
Não somos apologistas e combatentes tenazes de que esses acontecimentos não nos envolvem. Meu Deus. Não. Longe disso. Temos consciência desses fatos. Estão aí os acidentes, as doenças, os hospitais, os furtos, roubos e uma gama infindável de ocorrências inditosas que entibiam os mais puros sentimentos dalma.
O que orienta a nossa filosofia é ver a vida pela luz dos olhos do espírito. Cada um dos filhos de Deus pode e vê a vida pela luz de seus olhos. Olhos que fitam o mar, que vêem a ave fagueira, o céu de anil, as estrelas do firmamento, o desabrochar de uma rosa e a vida que estua ao nosso derredor.
Então se há doença, há também a cura. Os hospitais, os médicos, os cientistas estão presentes em nossas vidas. Basta se pesquisar sobre a vida e obra do maior cientista da atualidade, o geneticista Dr. Francis Collins, o que desvendou o Genoma humano.
Os transplantes de órgãos. Cirurgias no coração de uma criança no ventre da parturiente e outros transplantes que salvam vidas e demonstram à saciedade o valor da solidariedade humana, na direção da aplicação da Lei Magna de Amor que nos trouxe o Divino Rabi da Galiléia.
Bem se vê assim, as prescientes lições de Jesus de Nazaré, ao exortar, bem aventurados os que tem olhos para ver ouvidos para ouvir, sem que isso se constitua em motivo de hilaridade.
Para bem sedimentar nossa reflexão dessa semana sobre o tema, encoraja-nos relatar a educativa história cujo autor se desconhece, mas que certamente chega até nossos dias, por bondade dos bons espíritos que inspiram a humanidade a prosseguir nas pegadas do Mestre Jesus, na sua didática de contar histórias, parábolas que irão habitar as profundezas de nossas almas.
Um belo dia, um nobre representante de uma família rica, um empresário com sede na milionária avenida Paulista, preocupado com o seu rebento e de como fazer para transmitir-lhe lições de vida que pudesse sedimentar o seu futuro, quando ele realizasse a grande viagem esforçou-se para demonstrar ao seu herdeiro a importância dos bens que lhe assegurariam o seu bem estar e a continuidade da família em berços esplendidos, a posição social e o respeito de seus subalternos.
Decidiu-se por levar o menor púbere até um lugarejo com o firme propósito de mostrar o quanto as pessoas podem ser pobres e se deve evitar essa maneira de viver.
Essa postura, certamente convenceria o filho da necessidade de valorizar os bens materiais que possuía, manter o status e o prestígio social. Passar esses valores para o seu herdeiro lhe era de suma importância.
Com esses propósitos foram para uma pequena casa de taipa, onde residia um empregado da fazenda de seu primo, encarecendo o zeloso pai, que o filho a tudo observasse e ao depois lhe passasse a sua impressão da viagem ao campo, que lhe relatasse o que tinha visto, e desse as suas impressões sobre esses acontecimentos em sua vida, considerando o seu futuro próximo.
Por isso, quando retornavam da viagem, o pai questionou o filho na intimidade de seu tratamento carinhoso foi logo dizendo: E ai, filhão ! Quais são as suas considerações sobre a viagem? O que aprendeu na lição da vida? Como resposta recebeu as seguintes ponderações e agradecimentos do filho: Muito boa.
E o pai não se fez de rogado e emendou: Você viu filho, a diferença entre viver na riqueza e viver na pobreza?
Respondeu o filho atento a sabatina de que era alvo. Oh! Sim Papai.
O pai que não se dava por vencido em seus propósitos de ir a fundo a lição de vida que se propusera passar para o filho, redargúi ao filho, afirmando: Então o que você aprendeu com tudo o que viu nesses dias naquele lugar tão paupérimo.
O seu herdeiro respondeu sem pestanejar:
É papai, vi e aprendi muita coisa, pelas quais te serei eternamente grato.
Eu vi que nos temos um cachorro em casa e eles tem quadro. Nos temos uma piscina que alcança o meio do jardim, eles tem um riacho, que não tem fim. Nos temos uma varanda coberta e iluminada com lâmpadas fluorescentes e eles têm as estrelas e a lua no céu.
Nosso quintal vai até o portão de entrada e eles têm uma floresta inteirinha para eles. Nós temos alguns canários em gaiola e eles têm todas as aves que a natureza pode oferecer-lhes, soltas na natureza como Deus as criou.
Nesse instante o filho suspirou profundamente, como se a sentir a presença da Divindade em sua vida e continuou a ditar a lição apreendida dizendo:
Além do mais papai, observei que eles rezam antes de qualquer refeição, enquanto nós em casa sentamos à mesa falando de negócios, dólar, eventos sociais e depois comemos e empurramos o prato e pronto, damos-nos por felizes.
No quarto onde fui convidado a dormir, com o Tonho, passei vergonha, pois não sabia sequer orar, enquanto que ele agradeceu a Deus por tudo, inclusive pela nossa visita na casa deles, dizendo que foi uma honra nos receber.
Sabe papai, lá em casa, nós vamos para o quarto, deitamos, assistimos televisão e dormimos sem outras reflexões. Outra coisa que me impressionou nessa lição de vida. É que dormi na rede do Tonho, enquanto ele dormiu no chão, pois não havia uma rede para cada um de nós. Ele foi generoso comigo.
Na nossa casa colocamos a Maristela, nossa empregada para dormir naquele quarto onde guardamos entulhos, sem nenhum conforto, apesar de temos camas macias e cheirosa sobrando.
O filho herdeiro, ia falando e seu pai instrutor sentia-se impotente diante do amor do filho cujo comportamento o fazia meditar sobre a vida, e os valores até então atribuídos à felicidade.
Sentia-se envergonhado e sem graça diante da sábia ingenuidade de seu filho querido.
Para completar suas observações e aprendizado o filho diz ao pai com sentida emoção ao abraçá-lo carinhosamente:
Muito obrigado papai, por me haver mostrado o quanto nos somos pobres, mas o quanto podemos mudar em nome do Cristo de Deus.
Assim amigos, não é o que temos ou o que vemos que nos fará felizes. O caminho que determinará a nossa felicidade é o que pensamos sobre os problemas, dificuldades, provas e expiações que a vida nos oferece para o nosso aprendizado.
Tudo o que você tem depende da maneira como você olha a vida, da maneira como você valoriza as pessoas, as coisas que estão ao nosso derredor, para nos servir de ferramenta para o nosso progresso espiritual, ético e moral em nome de Deus.
Se albergas em seu coração o amor do Divino Jardineiro, sobrevive com dignidade, adota atitudes positivas e partilha com benevolência suas dádivas, pois um dos degraus da sabedoria é dividir com outrem as bênçãos recebidas, pois assim terás tudo o que o filho de Deus almeja na jornada de provas e expiações.
Nesse sentir, vale anotar os ensinamentos ditado por Meimei, in Irmãos Unidos, pelas mãos abençoadas de Francisco Cândido Xavier ao exortar para que nunca percamos a esperança, pois o pranto nos alcança, recorre a Deus no exercício do bem e o acharás nas entranhas da própria alma a propiciar-te o consolo.
Se porventura sofres incompreensão, auxilia ainda e sempre os que te não entendem e encontrarás Deus no imo do próprio espírito, a fortalecer-te com o bálsamo da piedade pelos que se desequilibram na sombra.
Se te menospreza ou te injuriam, guarda-te em silêncio no auxílio ao próximo e surpreenderás Deus no íntimo de teus mais íntimos pensamentos prestigiando-te as intenções.
E, se erraste, não tombes em desespero, mas, trabalhando e servindo receberás de Deus a oportunidade de retificação e da paz.
Seja quais forem as lições e problemas que te agitem a estrada, confia em Deus, amando e construíndo, perdoando e amparando sempre, porque Deus, acima de todas as calamidades e de todas as lágrimas, te fará sobreviver abençoando-te a vida e sustentando-te o coração.
Com esses pensamentos, segue nosso ósculo depositado em seus corações, em nome da oblata da fraternidade, com votos de um fim de semana com muita paz em nome de Jesus de Nazaré.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli
texto em anexo
“Os olhos de quem vê”
Um dia, um pai de família rica, grande empresário, levou seu filho para viajar até um lugarejo com o firme propósito de mostrar o quanto as pessoas podem ser pobres.
O objetivo era convencer o filho da necessidade de valorizar os bens materiais que possuía, o status, o prestígio social; o pai queria desde cedo passar esses valores para seu herdeiro.
Eles ficaram um dia e uma noite numa pequena casa de taipa, de um morador da fazenda de seu primo.
Quando retornavam da viagem, o pai perguntou ao filho:
- E aí, filhão, como foi a viagem para você ?
- Muito boa, papai, respondeu o pequeno.
- Você viu a diferença entre viver com riqueza e viver na pobreza ?
- Sim pai ! Retrucou o filho, pensativamente.
- E o que você aprendeu, com tudo o que viu nesses dias, naquele lugar tão
paupérrimo ?
O menino respondeu:
- É pai, eu vi que nós temos só um cachorro em casa, e eles têm quatro. Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim, eles têm um riacho que não tem fim.
Nós temos uma varanda coberta e iluminada com lâmpadas fluorescentes e eles têm as estrelas e a lua no céu.
Nosso quintal vai até o portão de entrada e eles têm uma floresta inteirinha.
Nós temos alguns canários em uma gaiola eles têm todas as aves que a natureza pode oferecer-lhes, soltas !
O filho suspirou e continuou:
- E além do mais papai, observei que eles rezam antes de qualquer refeição, enquanto que nós em casa, sentamos à mesa falando de negócios, dólar, eventos sociais, daí comemos, empurramos o prato e pronto !
No quarto onde fui dormir com o Tonho, passei vergonha, pois não sabia sequer orar, enquanto que ele se ajoelhou e agradeceu a Deus por tudo, inclusive a nossa visita na casa deles.
Lá em casa, vamos para o quarto, deitamos, assistimos televisão e dormimos.
Outra coisa, papai, dormi na rede do Tonho, enquanto que ele dormiu no chão, pois não havia uma rede para cada um de nós.
Na nossa casa colocamos a Maristela, nossa empregada, para dormir naquele quarto onde guardamos entulhos, sem nenhum conforto, apesar de termos camas macias e cheirosas sobrando.
Conforme o garoto falava, seu pai ficava estupefato, sem graça e envergonhado.
O filho na sua sábia ingenuidade e no seu brilhante desabafo, levantou-se, abraçou o pai e ainda acrescentou:
- Obrigado papai, por me haver mostrado o quanto nós somos pobres !
MORAL DA HISTÓRIA
Não é o que você é, o que você tem, onde está ou o que faz, que irá determinar a sua felicidade; mas o que você pensa sobre isto !
Tudo o que você tem, depende da maneira como você olha, da maneira como você valoriza.
Se você tem amor e sobrevive nesta vida com dignidade, tem atitudes positivas e partilha com benevolência suas coisas , então...
Você tem tudo!
Desconheço a Autoria