A FÉ E A CONFIANÇA, BENÇÃOS DA TRANQUILIDADE.
Literalmente o ano novo, na linguagem popular, começa depois das festas. É o entardecer do primeiro mês que se esvai, abrindo as portas para a felicidade, convidando os viajores a extraírem das experiências vividas nas provas e expiações, o exercício da fé e a confiança nos desígnios do Altíssimo, com as bênçãos da tranquilidade, porquanto todas as criaturas buscam o equilíbrio físico e mental para alcançarem a elevação indispensável a chancela para os esplendores celestes.
Nada obstante os lhanozos desejos para se atingir os objetivos colimados, invariavelmente vem à mente dos que anelam conseguirem levar a bom termo os projetos de progresso em nome da paz, pesa o fato de que há nas provas e expiações, o plano físico repleto de acúleos nos caminhos a serem percorridos, tanto como os abrolhos, empeços que levam os viajores até as raias do desânimo e da desesperança.
A criatura humana, diante dessa realidade, necessita do suporte indispensável para se pôr a caminho, encontrando no transcendental o apoio necessário ao fim colimado, razão porque, é na oração que se sentirá fluir a luz e a fé no Eterno, consciente de que Deus, é o Senhor do Universo, Inteligência Suprema e Causa Primeira de Todas as Coisas, nos termos da resposta dos Espíritos Venerandos, na questão número um de ’O Livro dos Espíritos’.
Da mesma sorte, sabe-se que jamais o Pai Celestial deixará seus filhos abandonados, ao teor da questão 963 do mesmo Codex, pois, tudo nas provas e expiações tem um propósito, ou na retórica evangelizadora do Divino Pastor, Deus não coloca fardo superior nas costas de Seus filhos, se não a podem suportar.
Bem por isso, a nova temporada de esperança e amor, é o novo dia que surge, com a chancela da oportunidade para recomeçar as tarefas interrompidas, retomar os acontecimentos transatos, com a fé e o vigor renovado, jamais postergando os compromissos assumidos, antes enfrentando-os com as novas energias que são fornecidas pela Potestade para a inovação na jornada de evolução, seja no corpo físico, e ou na evolução espiritual.
Dessa maneira, nas novas provas desse alvorecer, aceitemos as dificuldades sem discutir, pois, o Senhor da Vida sabe o que faz, e hoje, aqui e agora é tempo de fazer o melhor, trabalhar com alegria, evitando a atitude do preguiçoso, que mesmo quando colocado num pedestal d’ouro, não passa daquele que dorme nos braços de Morfeu, sem ver o sol que brilha oferecendo luz e vida. Oh! Sim, certamente, no dia a dia e na hora a hora, há que se fazer todo o bem que a oportunidade da reencarnação oferece, porquanto cada criatura transita entre as próprias criações, na linguagem lhanoza do Apóstolo Paulo, carregando consigo o resultado de seus atos, consoante anotado na epístola aos coríntios, e, motivo porque há que se valorizar todos os segundos, minutos e horas da nova batalha, consciente de que a hora perdida ou vazia não volta jamais.
Deve-se apreender a obedecer, a respeitar o culto dos próprios deveres, sejam profissionais, sociais ou familiares. A disciplina será o instrumento que auxiliara àqueles que se esforçam para alcançarem a realização dos retos procedimentos. É indispensável estar atento a simplicidade tanto como a forma de proceder, tornando as provas nobres e proveitosas. Nesse comento, as virtudes ensinadas pelo Homem de Nazaré não podem serem olvidadas, sob pena de comprometimento da estabilidade emocional e prejuízo no despertar do espírito em romagem de aprendizado.
Com essas considerações, perdoe setenta vezes sete cada ofensa, sem impor condições máculas degradantes ao beneficiário do instrumento do perdão. A docilidade nas palavras e nos gestos, é a vereda de elevação, e, embora seja um instrumento para ser utilizado em todos os lugares por onde se moureja, há que ser utilizado com especial carinho dentro do próprio lar ou no ambiente de trabalho, onde se abrigam os viajores da transição em provas e expiações; sem contradita, essa virtude deve ser exercitada com os familiares da mesma forma com que se tratam as visitas.
Ipso facto, anotar ser indispensável em favor da paz na seara da luz, a fidelidade a esses sentimentos das profundezas abissais d’alma, porque, também no dia do calvário, a massa aplaudia a causa triunfante dos crucificadores, mas foi o Cristo solitário no madeiro infame, apesar de ‘vencido’, em tese na matéria, Ele foi a Causa de Deus.
Com essas reflexões, os estudiosos das escrituras sagradas, afirmam que a fé é abstrata, eis que intocável em termos materiais, e por isso enseja aos descrentes uma desconfiança incomparável, máxime pelo seu caráter transcendental, o que leva os profitentes do tema ao estudo do mundo espiritual que transcende o mundo físico. Confiar, pois, não é tarefa fácil, diante de tantas notícias de tragédias, violência e desamor, que estiola a capacidade de estabelecer vínculos de confiança com o próximo e a fé na justiça do Eterno.
Desse modo, os agnósticos se interrogam o porquê se preocuparem com a fé, quando existe tantas dores no mundo, levando um número expressivo de viajantes das estrelas, angustiados a afirmarem que Deus não existe. Apesar desse entibiamento, a verdade é que, os mais despertos na consciência, não se deixem enganarem pela rasa filosofia dos descrentes, porquanto, é na fé e na confiança, que se albergam as virtudes a serem conquistadas pelos espíritos em franca evolução no árduo caminho do progresso, demonstrando desse modo que essas virtudes necessitam de trabalho e esforço íntimo, enquanto atividade personalíssima.
Diante dessa realidade, não se pode olvidar da Consciência Cósmica, a Inteligência Suprema Causa de todas as Coisas, o Criador zeloso, aquele que jamais descuida de suas criaturas, na dicção da questão número 963, inscrita no ‘Livro dos Espíritos’, cumprindo-se a promessa do Divino Messias, de que não deixaria seus irmãos menores órfãos.
Bem por isso, a verdade é que Ele, o Deus incriado, antes permite que se passe pelo sofrimento, a fim de que a dor, remédio amargo, mas eficaz, cure as almas enfermas do orgulho e do egoísmo; nesse sentir, não se pode permitir, jamais perder a fé e a confiança, mesmo quando conscientes de que no exercício do livre arbítrio, são as criaturas que realizam as escolhas equivocadas, as opções que levam ao descaminho ferindo os corações.
São, sem contradita, as virtudes da fé e da confiança no Senhor do Universo que faz seus filhos recordarem a sua pequenez, não se permitindo perder jamais essas virtudes, porquanto mesmo quando caídos no lodo, há que se seguir a orientação da veneranda mentora Joanna de Ângelis, ao asseverar que: ’Os filhos da Divindade, mesmo quando caído no lodo, a primeira réstia de luz que lhe chegue os fazem brilharem como luz de um sol de quinta grandeza’.
Desse modo, na síntese apertada dessa pena, são essas as dicções que merecem consideração, objetivando não perder a fé inabalável e a confiança que iluminam os caminhos dos viajores das estrelas, apontando a via lacta dos esplendores celestes, mesmo diante das tempestades e dos vendavais dos acontecimentos, porquanto são provas que se submetem os candidatos matriculados na Universidade da vida, preparação para os páramos celestiais. Destarte, nos momentos em que as escuras nuvens da falta de fé e da desconfiança obnubilarem o céu de brigadeiro, será oportuno recordar a poesia de Davi, expressando o que estava no tesouro de seu coração: ’ O Senhor é meu pastor e nada me faltará. ’
Ponto finalizando, adotando-se o ideário da fé robusta e a confiança inabalável nos propósitos das provas para elevação espiritual, exoramos ao Divino Galileu nos coloque em sintonia com o Universo da Providência Divina, para albergar em nossos corações a maturidade espiritual destinada ao progresso dos espíritos, tornando-os brandos e pacíficos.
Com esses sentimentos d’alma segue o ósculo depositado nos corações dos amigos para sempre, com votos de um fim de semana de muita paz em nome do Divino Jardineiro.