NA CAMINHADA DAS PROVAS NINGUÉM ESTÁ A SÓS.
Consta na historiografia mundial, que os seres humanos são seres gregários pela própria natureza. Desse modo, as criaturas humanas têm anelos lhanozos de sempre estarem perto e em companhia de seus irmãos de caminhada, como se vê historicamente, os ancestrais reunindo-se m torno da fogueira, em tese, para se alimentarem e protegerem dos perigos que os rondavam. Em todas as atividades, os filhos do Eterno se ajuntam para constituírem famílias, grupos, empresas, em súmula apertada, para participarem das festividades de todo jaez.
Há, sem dúvida, exceções nas figuras dos eremitas e dos misantropos; nos primeiros, ainda que elejam viver na solidão como forma de vida, pesa o fato de que nem sempre assim se comportaram, senão antes por escolha ou desilusão; quanto aos segundos, os misantropos, ainda que vivam em sociedade, são criaturas refratárias à convivência social; são aqueles que convidados para participar das atividades de seus grupos profissionais ou familiares, casamento, aniversário, teatro, ou para uma festa de qualquer natureza, criam sempre uma dificuldade para o seu comparecimento, preferindo isolar-se das atividades, mesmo aquelas que pertencem às suas profissões.
Anote-se nesse apólogo, que em qualquer circunstância que seja, na alegria ou na tristeza, será indispensável se ter um amigo com que se possa compartilhar o momento existencial; por essa razão, o santuário da vida alberga um sentimento de que a tristeza dividida é metade da dor experimentada, e a alegria compartilhada significa a felicidade dobrada.
Por essa razão, grassa o mundo em que se vive a pergunta que não se cala: Quanto vale um amigo, e muitas vezes respondida que não há preço que se possa estabelecer, quando se imagina o seu valor em moedas, cédulas e títulos monetários, pois de imediato se percebe que não se pode comprá-lo, tal como os objetos de desejos.
Diga-se por isso, que um verdadeiro amigo é alguém especial em quem se confia e a quem se entrega a vida e a alma; o amigo é lucilante, tal como um diamante que brilha em qualquer circunstância, em qualquer necessidade; desse modo, ao se examinar as vidas de pessoas que se destacaram no mundo, descobre-se muitos arautos do bem a quem já se dispensou amizade pura ao seu irmão de caminhada.
Oh, sim, buscando pela memória no presente e nos tempos imemoriais, argamassando o propósito dessa epistola, encontrar-se-á incontáveis amigos dantanho, do hoje e do agora, tanto como na vida do Apóstolo dos gentios, Paulo de Tarso, enriquecida de amigos, entre os quais, construídos na sua jornada evolutiva, encontrou Ananias, o perseguido dos tempos imemoriais, em prova com o então orgulhoso Saulo.
A propósito consta da boa nova, que apesar dessa circunstância aziaga, foi exatamente Ananias quem devolveu a visão a Paulo de Tarso em Damasco e se tornou amigo tão sincero que ao depois, mesmo sob tortura, não revelou aos inimigos do jovem Saulo, transformado em Paulo de Tarso, onde ele se encontrava em meditação e amadurecimento para se entregar à divulgação da Boa Nova. Áquila e Prisca foram do jovem Saulo, transformado em Paulo de Tarso, os amigos fieis que o acolheram no ‘Oásis de Dan’, auxiliando o convertido antes de seguir para Damasco, mantendo-se ao depois a amizade fiel e douradora, como companheiros de muitas lutas e andanças, eis que também identificados com os ensinos do Cristo.
Desse modo, concretizou-se o plano de Paulo para ir à Macedônia, custando a sua viagem. Sabe-se também que nos anos finais de Paulo, será ele o esteio moral e físico, diante do terror implantado por Nero, em Roma. Outro amigo de Paulo foi Lucas, o companheiro que recebeu suas últimas palavras foram: ’Só Lucas está comigo’.
Ora, pois, não se concebe a ninguém dispensar um amigo, o sustentáculo, o arrimo e apoio, que se traduz por afeição, no oásis do deserto, ou pela água refrescante ao sedento; de fato, não será licito a ninguém olvidar de um amigo em qualquer circunstância aziaga; por essa razão o Senhor da Vida, concedeu as suas criaturas o amigo incondicional de todas as horas, na figura amorosa do homem de Nazaré, aquele que estende mãos e braços conclamando aos entibiados a irem até Ele, afirmando que Ele é o caminho, a verdade e a vida, porque alivia as dores com o cajado de seu manto do julgo leve e o fardo suave.
Cabe nesse sentimento, o exercício da virtude da gratidão, para se conjugar o verbo agradecer, em todo tempo, modo e lugar, dizendo em alto e bom som, Oh, Meu Deus, agradeçamos-te pelos amigos que temos, porque eles representam, em síntese, uma parcela do amor que tua Potestade concedeu aos viajores da felicidade, expressando a forma humana, na face da Terra, e, além de tudo para não se esquecer do amigo incomparável de todo o sempre; aquele que atende pelo nome de Jesus de Nazaré, o teu emissário.
O Cristo é um amigo à parte. Não há nenhum outro amigo que a Ele se iguale. Os amigos terrenos lançam raízes nos corações, mas acima de todos eles, se encontra Jesus, o amigo incomparável que semeou o amor para todo o sempre. Não O esquecemos, jamais, nas sombras das noites de amargura ou na claridade radiosa dos nossos dias de alegria Ele sempre esteve e está com seus irmãos menores, lecionando e vivendo a amizade lhanoza, por isso os anais da história registram suas palavras: ‘Ninguém tem maior amor que o daquele que dá a sua vida por seus amigos’.
Dele também são as palavras: Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu pai eu vos tornei conhecido. Aquele que de algoz se tornou o grande amigo do missionário do amor, em seu derradeiro momento no transito, provando a lealdade e a extensão de sua amizade teve ocasião de externar com emoção incontida: ’Já não sou eu quem vive, mas o cristo que vive em mim’.
É digno, pois, que todos que transitam pelo belíssimo planeta Terra em provas e expiações, sejam dele, amigos incondicionais e com Ele, aprendam o verdadeiro significado da amizade e do amor pois Ele é o Modelo e Guia que conduzirá as ovelhas aos páramos celestiais, conforme se vê no livro ‘As marcas do Cristo’, capitulo quatro de Hermínio Miranda e no Evangelho de João, cap. 15, vers. 15. 26.09.2019.
Com essas reflexões, conscientes de que nenhuma das criaturas do Altíssimo está desprotegida, consoante a questão 963 de ’O Livro dos Espíritos’, porquanto a caminhada para os esplendores celestes tem como guia e modelo o Divino amigo, recebam os amigos fraternos, votos de muita saúde e paz, junto ao ósculo depositado em seus corações em nome da oblata da fraternidade, anelando tenha um ótimo fim de semana.