ONDE ESTARÁ A CONSCIÊNCIA CÓSMICA DIANTE DAS TRAGÉDIAS.
A vida é como um mosaico onde tudo está exposto à realidade existencial, objetivando as provas do caminho, cuja finalidade na lição preciosa do espírito benfeitor da humanidade, Joanna de Ângelis, ipsis verbis, assevera que: ’Estás na terra, com a finalidade de abrir sepulturas para os vícios e dar asas as virtudes, (Do Livro Vigilância) nada obstante as injustas reclamações que se traz fiadas nos pensamentos na jornada da vida, e, quando as ditas ‘tragédias’ ocorrem no jornadear das existências, as criaturas se interrogam à consciência, onde está Deus, nessas circunstâncias; afinal de contas, quem será Ele se ninguém o viu, responderá açodadamente o materialista, convencido de que Deus é uma invenção da fé.
A esse propósito, aproximadamente há 200 anos, o filósofo inglês, no século XVII, Thomas Heart, asseverou que o homem perdeu o endereço de Deus; ora, sim, diante da premissa dessa epístola, não será reprochável dizer que no século XXI, como se está vivendo em muitas circunstâncias, incontáveis criaturas de Deus, focada na consciência do sono, sem se darem conta do endereço do Pai Celestial, certamente perderam o endereço de si mesmas.
Desse modo, àqueles que assim pensam, os desatentos, sem se aprofundarem nas raízes das ‘desditas’, como a do voo 447 da Air France, no trajeto Rio de Janeiro-Paris, caindo no Oceano Atlântico em 31.05.2009, ceifou as vidas de todos os tripulantes e passageiros. Os fatos transatos registrados na memória também anotam o último voo 3054 da aeronave Airbus A320 da TAM - saindo do Aeroporto Internacional Salgado Filho em Porto Alegre às 17h16 com destino ao Aeroporto de Congonhas em São Paulo; já era noite quando a aeronave pousou na pista 35L, às 18h51.
Com dificuldades na frenagem, o motor esquerdo no reverso e o motor direito em alta velocidade fez com que o avião fizesse uma curva para esquerda saindo da pista chocando-se contra o prédio da TAM EXPRESS, matando todos os seus ocupantes em cenário dantesco. Foi em 27 de janeiro de 2013, quando o incêndio na boate kiss matou 242 pessoas, deixando outras 116 em estado deplorável na cidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul. A tragédia foi considerada a segunda maior fatalidade do gênero na história do Brasil em número de vítimas em incêndio, superada apenas pela tragédia de trise memória do Gran Circus Norte-Americana, ocorria em 1961 na Cidade fluminense de Niterói ao vitimar 503 pessoas. O holocausto de Brumadinho, em Minas Gerais também consta da lista de tragédias coletivas.
Na historiografia mundial, uma rápida visão em suas páginas sabe-se ainda das calamidades como a do Titanic, das torres gêmeas em Nova York, o Tsunami que varreu a Ásia numa catástrofe inenarrável, a segunda Guerra Mundial, com o holocausto inapagável na memória da civilização, desde que Adolf Hitler exterminou mais de cinco milhões de judeus.
A lista das catástrofes nas páginas do tempo é infindável, e, inadvertidamente ainda os que se dizem menos avisados, os ditos agnósticos, teístas de todo o gênero, se perguntam onde está o Todo Poderoso diante dessas ocorrências.
Para esses casos, antes de se perguntar onde está Deus, diante das tragédias, seria de bom alvitre uma consulta dos interessados ao ‘Livro dos Espíritos’, mais precisamente nas questões número 1; 4 e a 621; a primeira perguntando, Que é Deus?; e a resposta é segura e indiscutível: ‘Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas’;
Na questão número 4, se interroga: Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus? O esclarecimento vem em uma logística incomparável ao dizer, ipsis litereis’: ’Num axioma que aplicais às vossas ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem, e a vossa razão vos responderá’.
Para se crer em Deus basta lançar os olhos sobre as obras da criação. O universo existe: ele tem, pois, uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa e adiantar que o nada pode fazer alguma coisa. Da mesma sorte, na questão 621 do mesmo alfarrábio, consta resposta à questão intrigante destinada a dessedentar a sede de conhecimento sobre o tema, quando enfrenta a pergunta: Onde está escrita a lei de Deus? Os espíritos encarregados do cumprimento da promessa do Missionário do Amor, respondem sem meias palavras: Na Consciência.
Dessa forma, todas as criaturas em trânsito pelas provas e expiações, já experimentaram o Poder e a Força desse Egrégio Tribunal de Justiça da Consciência, onde nada lhe escapa, mas aos desarrimos oferece a nova oportunidade de reparar os desalinhos para atender a ação de causa e efeito, sem castigo, mas com responsabilidade para restabelecer o equilíbrio do Universo da Potestade.
Enlaçados nessas considerações, é possível conjecturar que na retórica de um pensador, máxime aqueles que aprofundam o bisturi do estudo transcendental, sensatamente, poderá responder ao questionamento que estiola muitos dos filhos da Consciência Cósmica, ao afirmarem:
Não vejo Deus, mas sinto que Ele existe, pois, a natureza não nega a autoria de sua ora, expondo claramente o seu poder de CRIADOR. Poetas, espíritos acostumados a ver a beleza da vida, bela e colorida, sentem a Onisciência, Onipotência e Onipresença da Inteligência Suprema do Universo, quando dizem pela poesia de seus corações, em alto e bom som:
Verem Deus no riso da criança, no céu, no mar, na natureza e nos astros que brilham no firmamento embelezando a noite de estrelas e iluminando o planeta com a luz do dia. Contemplam DEUS olhando às estrelas e vê seu olhar complacente fitando seus filhos, nas noites claras de luar, com as belezas de sua obra em tudo pulsando no universo. Vê-se DEUS nas flores e nas praias, nos astros a rodar pelo infinito. É possível se escutar, sentindo o Senhor do Universo, na lágrima do aflito e percebe-lo na frase que perdoa.
Extasiam-se em DEUS, na mão que acaricia os aflitos e socorre os necessitados, porque nada acontece por acaso, mais sim, sob as suas sábias e imutáveis leis do Universo. Oh! Meu Deus. Sentimos a tua presença, nos momentos de angustias, nas tragédias e nas guerras insensatas dos homens em busca da paz, roubada pela dissintonia dos valores éticos, e ao arrepio da Consciência, onde mourejam transitoriamente as almas em evolução.
Sem contradita, pode-se ver e sentir a Divindade, nas mãos abençoadas dos médicos que salvam vidas, ou nos médicos sem fronteiras, sustentado a existência em nome do amor, incondicional amor do Senhor da Vida que faculta aos corações generosos o trabalho na seara do bem e da fraternidade universal.
Certamente, dirão ainda a alma dos poetas, que pressentem a presença de DEUS, na dor para que a criatura humana em trânsito pelas provas, se unam nas tragédias para exercitarem o amor incondicional e a fraternidade sem limites de ajuda na prática da caridade, virtude sublime ensinada pelo Homem de Nazaré.
Oh! Sim, eleve-se a voz para dizer que se descobre DEUS no homem sábio, procurando compreender a natureza humana e vendo a Consciência Cósmica, no gesto de bondade, nas plantas e nas sementes, no sol, na lua e no infinito, depositando o seu autografo de Criador em sua obra, a exemplo do artista que assina os seus trabalhos.
Em súmula rasa, se afirma nesses considerandos, ao contrário dos sentimentos de Thomas Hart, a gratidão, por ter encontrado e reencontrado o endereço da Divindade, anelado mantê-lo em nosso cadastro da vida, pois Ele É Onipotente, Onisciente e Onipresente.
Envolvidos nesse sentimento d’alma, segue o ósculo depositado em seus corações, em nome de Jesus de Nazaré, com votos de um ótimo final de semana, conscientes da paternidade do Eterno, agora e para sempre, posto que o Senhor do Universo não perdeu o endereço de suas criaturas.