A PONTE, TRAVESSIA DAS PROVAS E EXPIAÇÕES NA VIAGEM DA VIDA.
A criatura humana em trânsito pelo belíssimo planeta Terra, realizando a grande viagem do aprendizado, tornou-se espicaçada pelo questionamento que se faz diuturnamente, ao eleger a porta larga da existência, opção realizada pelo instrumento do livre arbítrio para as facilidades da jornada; dessa forma, inegável que a lei de causa e efeito lhe propiciará atitudes de vilania, de pusilanimidade, de covardia moral, de ignomínia, viés que se encontra argamassada nos atos da improbidade, desafiando os conceitos da honestidade, da legalidade ou da imparcialidade.
Diante dessa realidade, a curiosidade para se saber se na universidade das existências a que se inscrevem os interessados nas provas e expiações, quando os vendavais e as tempestades açoitem a navegação, a questão que se propõe, é saber se o Senhor da Vida oferece alguma salvaguarda, proteção, ou ajuda para a batalha que se afigura com característica de um holocausto, diante do roteiro examinado.
De fato, sabe-se que o Criador é onipotente, onisciente, onipresente, e, portanto, inimaginável que nos momentos de fragilidade, de extrema dificuldade diante das ocorrências aziagas, seus filhos estejam a desabrigo, degredados da proteção Divina. Em verdade não. Apesar das provas, muitas vezes amargas e duras que se enfrenta na colheita dos atos gerado pela livre escolha, nem mesmo nessas circunstâncias os viajantes da felicidade estarão abandonados.
Amparados, pois, na lógica das reflexões e conscientes de que o Pai Celestial jamais abandona seus filhos, protegidos sob os cânones da questão 963 de ‘O Livro dos Espíritos’, o fato é que acima de tudo, reina a verdade de que para a travessia da jornada dos filhos da Potestade, o Senhor da Vida ofereceu pelas suas mãos dadivosas o protetor de todas as horas, na figura conhecida pela doutrina católica, como o Anjo da Guarda.
Destarte, o presente oferecido pelo Eterno, arrimo das horas amargas, é sem contradita a figura de um amigo invisível que acompanha os viajores na jornada das provas e expiações, sabido que o Pai Celestial jamais permitiria que seus filhos iniciassem uma viagem pelos mares bravios e tempestades cruéis, das avaliações indispensáveis para o progresso evolutivo das criaturas, sem fornecer os equipamentos necessários à travessia.
Dessa maneira, conscientes os filhos do Altíssimo, que O Senhor da vida oferece salvaguarda aos projetos lhanozos de suas criaturas, se interroga à consciência do justo, o que ele próprio oferece em contrapartida as bênçãos que recebe todos os dias a mancheias, em gratidão a vida, bela, colorida e consentida.
Com o propósito de instar a consciência do justo a reflexão do questionamento em apreço, a pena desse apólogo busca no santuário da vida, um caminho, uma estrada para a resposta a essa peregrinação. Desse modo, o viajor sabe que encontrará na estrada da vida, os abrolhos, espinhos e as pedras, essas últimas certamente serão aquelas utilizadas consoante a evolução de cada criatura do Divino; oh! Sim, o distraído tropeçará na pedra, o bruto a utilizará como arma, o empreendedor a utilizará para a construção e quando nas mãos do camponês ele fará dela um assento; nas mãos de Michelangelo se obterá uma escultura e com Davi matar-se-á o gigante, enquanto Jesus mandará remover a pedra para ressuscitar Lazaro.
Por essa razão, o observador atento perceberá que a diferença não está na pedra, mas sim na atitude das pessoas. Não existe pedra no caminho que não possa se aproveitar para o crescimento intelecto moral. Enleemos nesses sentimentos, considerando o caminho da vida como uma ponte da esperança, de ajuda e auxílio a vencer os obstáculos da jornada, dizendo que certa vez um homem transitando por um caminho árido, com longo percurso a vencer nas provas e expiações, chegue a um ponto onde a desesperança tome conta de seu ser imortal, desanimado ele não consegue prosseguir a viagem; há enorme abismo na sua frente; como fazer para transpô-lo? Sem saber como proceder, senta-se desolado à beira da fenda sem fundo à espera de um ‘milagre’; que fazer, se perguntava, quando ao olhar para a sua direita, divisou não muito longe de onde se entrava, o perfil de uma ponte.
Ébrio de esperança e de contentamento, dirigiu-se para lá; suas forças voltaram e logo mais, satisfeito e alegre ele estava caminhando sobre o abismo de rochas nuas, seguro, graças à ponte. Bem por isso, a retórica objetiva esclarecer que incontáveis são as pontes no mundo. A Golden Gate em São Francisco; a Presidente Costa e Silva, conhecida como Rio-Niterói; a Ponte da Amizade, ligando Brasil e o Paraguai e, entre tantas pontes existes, a ponte em Hong Kong - Zuhai - Macau a maior ponte marítima do mundo com 155 km de extensão. Todas as pontes físicas são diferentes umas das outras, seja em largura, no comprimento e na arquitetura, nada obstante todas guardem um traço indelével em seus propósitos, ou seja, o traço da união entre as duas extremidades distantes.
Traçando-se, um paralelo das provas e expiações da vida, em sã consciência, a ninguém será lícito negar que é nobre tornar-se uma ponte na grande viagem da vida, quando da travessia do tempo obnubilado para as claridades que iluminam os filhos do Senhor do Universo.
Oh! Sim. Que alegria é ser ponte entre Deus e os homens, servindo de luz para as sombras. Oxalá servir de arrimo e consolo no abraço fraterno entre a dor e o medicamento precioso; ser consolo ao desalentado ao fornecer o alimento ao faminto.
Que benção ser ponte sempre pronta a estender as mãos conjugando o verbo agir em todos os modos e pessoas. Da mesma sorte servir de alento para aqueles que reclamam das pedras do caminho, estabelecendo com o entusiasmo d’alma a ponte da fraternidade. Sem dúvida, no momento em que muitos gritam em nome do caos que seus olhos obnubilados não veem, é bom estender a ponte da organização e da disciplina. Em verdade, é dever de todos, ser ponte entre a miséria e o trabalho digno, convidando aos viajores das estrelas, seguirem a luz luminífera de Jesus, o Divino Jardineiro, engajando-se em ocupação útil que garante o pão, o abrigo, e a nobreza de servir.
Que alvissareiro será servir de ponte para estreitar os caminhos e permitir às criaturas de Deus, jamais se esquecerem que entre os filhos do Altíssimo, Jesus, o Divino Amigo permanece de braços abertos, Ele é a ponte que liga a criatura ao criador, por isso mesmo, segundo Sua prédica consta que: ‘Tudo que pedirdes ao pai em meu nome, ele vos dará’. Peçamos, pois a Potestade, para ser a ponte que liga aquele que tem o que oferecer, para aquele que nada dispõe, no momento em que estende a mão em busca do amor ao próximo.
Sob a luz desses conceitos e para se compreender que não é impossível servir-se de ponte a serviço do Criador, será de bom alvitre ter-se em mente que a exemplo do discurso da ponte na travessia da vida, Estêvão, o primeiro mártir do Cristianismo tornou-se uma ponte entre Jesus e o Apóstolo Paulo, filtrando o pensamento do Cristo, para que as Epístolas traduzissem as recomendações do Mestre aos núcleos nascentes da Boa Nova. Chico Xavier fez da sua existência uma ponte entre o mundo visível e invisível, fazendo sol nas almas, encurtando as distâncias da saudade.
A exemplo desse arauto do bem, pontes se multiplicam no mundo, na ação de homens e mulheres que se anulam em benefício do próximo. Santa Madre Teresa de Calcutá, Alberto Schweitzer, Santa Irmã Dulce e da mesma sorte, os professores que estabelecem a ponte entre o saber e a ignorância, descerrando os caminhos da cultura através dos livros.
Assim, o propósito dessa página é convidar o médium, o servidor, o amigo e o irmão, aonde quer que estejam, a tornarem-se uma ponte de amor, de alegria, de serviço, porquanto o Pai Celestial, vive e se manifesta dilatando o Seu amor através das suas criaturas, permitindo que os irmãos de caminhada O sintam através de sua ponte de amor.
Em síntese apertada, anela-se que as criaturas em provas e expiações, apoiada no Divino missionário do amor, sintonizem-se com pensamentos nobres, busquem a serenidade nos contatos das provas da vida, mobilizando as forças poderosas dos pensamentos para gerar a energia que clarifica e ilumina o planeta, saneando a atmosfera, preparando-se como candidatos à felicidade para o mundo de Regeneração que os aguarda, filhos da Consciência Cósmica em breve porvir.
Neste estado d’alma, segue o ósculo em seus corações com hóstia da fraternidade desejando um ótimo fim de semana em nome do amigo de sempre.