A carta, presciência para a grande a viagem.
As criaturas do Eterno são portadoras de tanta sensibilidade que não imagina a rasa filosofia, seja porque não se dão conta de que como filhos Eterno são dotados de infinitas qualidades ou porque não buscam compreenderem as ocorrências do dia a dia para aqueles que são potencias infinitas, como na linguagem do Divino Galileu asseverando que os filhos da Potestade são Deus, capazes de realizar tudo o que Ele fez e muito mais. Desse modo, incontáveis acontecimentos, vezes há que, mais rápido que a velocidade da luz, passam pelo intelecto sem que os filhos da Consciência Cósmica se deem conta do que se convencionou chamar de intuição.
Trata-se de uma inspiração, a capacidade de sentir acontecimentos, como se fosse uma suspeita, assim como se anota na linguagem singela ao afirmar estar-se de posse de um pressentimento, conhecimento prévio, assim realizando uma previsão, um palpite, quem sabe, um presságio, ou uma profecia sobre uma ação futura, como se faziam nos tempos dantanho os profetas.
Sobre o tema em apreço, a doutrina espírita, esclarece na questão nº 522 de “O Livro dos Espíritos”, que o pressentimento, é o conselho íntimo e oculto de um Espírito que deseja o bem de seu tutelado, e, também a intuição de uma escolha anterior, valendo dizer, que é a voz do instinto, porquanto a criatura humana, antes de reencarnar, enquanto espírito, tem conhecimento das fases principais das suas existências pretéritas, ou seja, do gênero de provas ou expiações a que irá ligar-se.
Contextualizando essas reflexões, há uma explicação de Charles por psicografia à indagação de sua pupila Yvonne do Amaral Pereira, incerta em Recordações da Mediunidade, no capítulo Premonições, ora transcrita ‘ipsis verbis’: “Existem vários processos pelos quais o homem poderá ser informado de um ou outro acontecimento futuro importante de sua vida. Comumente, se ele faz jus a essa advertência ou lembrete, pois isso implica certo mérito, ou ainda certo desenvolvimento psíquico, de quem o recebe, é um aviso do Além, um parente, (...) que lhe comunicam o fato a realizar-se. (...). De outras vezes é o próprio indivíduo que (...) os vê tais como acontecerão...” (do livro Milena da Ed. EME, pág. 229)
Em verdade, com esse caráter marcante, o espírito conserva uma espécie de impressão em seu foro íntimo, a voz do instinto, despertando no momento próprio e as ocorrências desse jaez estão muito mais presente do que imagina a rasa filosofia. Bem por isso, ilustre-se o tema em exame, com incontáveis acontecimentos que chamam atenção daqueles que se deleitam no maravilhoso, no sobrenatural, o que na prática sacia a sede daqueles que apreciam o fenômeno conhecido também por “insight”.
Para bem sedimentar o apólogo, pede-se licença para se colher na Redação do Momento Espírita, de 13.01.2020, com fulcro no cap. 1 de o livro “A doçura do mundo”, de Thrity Umrigar, da ed. Nova Fronteira e no cap. 13 do livro “Lições para a felicidade”, pelo venerando Espírito Joanna de Angelis, com psicografia de Divaldo Pereira Franco, pela ed. LEAL, ‘vênia concessa’ para transcrever o relato seguinte “ipsis litteris”:
“No jardim, na camaradagem do silêncio, Tammy pensava. Como eram diferentes os dias de agora. Diferentes porque seu amado não estava com ela. ... Rustom que era capaz de entrar em qualquer lugar e, em poucos minutos, se pôr imediatamente à vontade, deixando as pessoas ao seu redor também à vontade. ... As folhas das árvores farfalharam, trazendo mais lembranças para Tammy. Ano anterior. Seu marido e o filho na piscina do hotel, brincavam ...
Estamos criando lembranças para o futuro. Uma coisa alegre para vocês recordarem, quando os velhos já não estivermos por perto. O filho puxara a cabeça do pai para perto de si, apertando-a contra o peito e argumentara que, rijo como era seu pai, com certeza ele sobreviveria a todos eles. Rustom respondera com um sorriso e versos do poeta Omar Khayyam: Quando a hora chega, chega. Move-se a mão que escreve e, tendo escrito, segue adiante. Tammy agora pensava se o marido tivera uma intuição de que ia morrer. E lembrava dos dias seguintes, de ternuras redobradas, atenções multiplicadas, sorrisos explodindo a toda hora. Seu marido estava lhe ofertando momentos de alegria para recordar depois, quando a saudade vibrasse forte?
Fora um choque ter a notícia de que aquele coração generoso parara de bater. Sístoles, diástoles, tudo cessara. A bomba cardíaca deixara de operar e logo a morte enrijecia aquele corpo, cuja ausência ela sentia tanto. Será, continuava a pensar Tammy, será que podemos saber o momento de nossa morte”?
Ora, sim. Os profitentes do tema, podem asseverar que nenhum dos filhos da Potestade avança pela estrada do progresso espiritual sem a assistência do Pai Celestial, por intermédio dos venerandos espíritos, transfigurados em autênticos anjos tutelares, guias da Humanidade. São eles que assessoram os homens, zelando por eles, na qualidade de guardiães dos sinceros propósitos traçados na pátria espiritual.
São as almas excelsas que, conhecendo as ocorrências que, de forma geral, estão delineadas para os seus tutelados em experiências, inspirando-os pela senda mais apropriada, seguindo as pegadas de Jesus de Nazaré. Sem contradita, é através dessa inspiração, que se dá o fenômeno do chamado pressentimento, que ocorre também, com o próprio espírito reencarnado na recordação de forma espontânea, sobre a programação traçada na pátria espiritual.
Sob o pálio dessas considerações, concebe-se que por intuição, transcrita em cartas ou qualquer outro meio do transcendental, são advertências de que os dias de um viajante das estrelas, na existência da Terra estejam por se findarem idealizando dessa forma, passeios, diligencia providências que evitarão transtornos para os que continuarem a jornada das provas; destinam-se no porvir, possam tornarem-se mais alegre as recordações dos tempos experimentados quando sob o domínio das energias telúricas.
Com efeito, o público da cinematografia, bem sintonizados com o relato sub-oculis, se enternecerem assistindo ao excelente filme intitulado “Antes de partir” que conta essa versão da vida por Jack Nicholson e Morgan Frieeman, conscientes de que estava da epístola para a grande viagem de volta ao mundo causal.
“Ipso facto”, é justo se considerar, que em verdade, há criaturas do Altíssimo que vão se despedindo da grande viagem de provas e expiações, deixando um rastro de bondade, de alegria para os entes queridos; desejam aos que ficam, logrem reminiscências positivas para alimentarem a imensa saudade dos dias da ausência física que virão, fazendo nascer nos sentimentos pulcros, um rastro de luz, assinalando a trajetória dos filhos de Deus nas reminiscências que embelezam o universo do Pai Celestial.
Em síntese apertada, como nada acontece por acaso, mais por uma causa, conscientes de que os filhos de Deus, são herdeiros da Consciência Cósmica, sabe-se que nada os impedem de serem amparados pelos enviados do Pai Celestial, para receberem os seus benefícios, as inspirações, ou os pressentimentos.
Dessa maneira, convém aos inscritos na universidade da vida de provas e expiações, estarem atentos aos pressentimentos, analisando as ocorrências, avaliando e sopesando as mensagens de advertência ou socorro de que se façam portadores, beneficiários da dedicação dos anjos tutelares em sintonia com os espíritos protetores, para lograrem êxito saudável nos proveitosos pressentimentos que a viajem da evolução apresenta aos seus eleitos.
Ponto finalizando, considerando-se o lado alvissareiro da evolução via internet, colhe-se nesse extraordinário meio de comunicação, quando utilizado para o bem, preciosa carta de um pai endereçada aos filhos, que merece ser considerada no tema em apreço, com o discurso da última carta vazado nos seguintes termos:
“Um amoroso pai de família, dias antes de ser hospitalizado, enviou, pela Internet, uma carta a seus filhos, com a seguinte mensagem: Filhos amados. Quando as coisas estiverem difíceis, abram bem os olhos e busquem o céu. ... Olhem a natureza e percebam como ela é linda, em cada detalhe... Sintam que cada um de vocês faz parte da Criação de Deus ... percebam que vocês, aqui e agora, fazem parte de uma sociedade que constrói um mundo novo.
Apesar da sensação de pequenez diante da grandeza do Universo e, embora, por vezes, vocês se sintam sozinhos e sem forças, na verdade, cada um é importante e necessário na sinfonia da vida. ... Cada um pode levar mais luz ao caminho que palmilha, por intermédio de seu sorriso e de seu trabalho. E assim, pode iluminar outras vidas e enternecer outros seres. ...
Nunca esqueçam que cada um colhe aquilo que plantou. Que os espinhos que hoje nos ferem as mãos são o resultado de uma semeadura equivocada do passado, próximo ou não. Se desejam uma estrada ladeada de flores, é preciso que elas sejam semeadas desde agora, por cada um de vocês. Acreditem: Deus está presente em tudo e em toda parte. ...
Oh! Meu Deus. Quem sabe nossas últimas palavras articuladas ou escritas não sejam o preludio da grande viagem de retorno à Pátria Espiritual; então que seja uma mensagem estimulando o amor que Jesus ensinou, a prática do bem na direção da Inteligência Suprema, Causa Primeira de Todas as coisas.
Com esses sentimentos d’alma, segue o ósculo depositado em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.