A FALTA DE CARIDADE, VER O DEFEITO DO PRÓXIMO.
As criaturas do Eterno foram criadas simples e ignorantes, e nessa gênese, em tempos diferentes, todos, sem exceção iniciaram a grande jornada do aprendizado com a evolução a que estão destinadas pelo Criador. Nesse caminhar, para esse aprendizado de todas as coisas, no seu tempo e forma, indiscutivelmente os filhos da Potestade foram experimentando alhures e algures, os procedimentos que os levem aos acertos e a correção de rumo.
Singular a propósito a existência dos erros e acertos, notadamente os acontecimentos que envolveram Tomas Alva Edison, o inventor da lâmpada elétrica, cuja descoberta iluminou as noites escuras, com a invenção da lâmpada de filamentos incandescentes. Consta na historiografia mundial que o emérito cientista, em suas pesquisas, fez nada menos de 700 experimentos infrutíferos durante longos anos, e, quando um de seus auxiliares, desanimado com tantos fracassos, sugeriu a Edison que desistisse de futuras tentativas, ouviu em resposta que: “Já tinham Avançados 700 passos rumo ao êxito final! Estavam, portanto, para além de 700 ilusões que os mantinham anos atrás e que hoje não os iludem mais”.
A inspirar o tema em apreço, que ninguém se surpreenda que são os enganos, os erros e desacertos, o caminho que levam as criaturas da Consciência Cósmica a pensarem positivamente, para viverem em harmonia e na paz anunciada pelo Divino Jardineiro; de fato, basta um só triunfo para se abrirem as portas da felicidade aos viajantes das estrelas; esse foi o segredo que levou finalmente, em 1879, Tomas Alva Edison a concluir a invenção da lâmpada elétrica, depois de realizar 1.200 tentativas.
Válidas assim, quantas forem necessárias as tentativas de levar os filhos da Potestade a reiniciarem o caminho do bem, porque mais cedo do que se imagina, os passos se acertam, e, cabem àqueles que já acenderam a luz das claridades do espírito, iluminarem os seus caminhos com o instrumento do amor em plenitude, de tal sorte a deixarem pegadas luminosas em seu rastro, servindo de guia aos que vêm na retaguarda, exercendo destarte a caridade, virtude que inibe ao acusador, de apontar o defeito do próximo.
Desse modo, a ninguém será lícito julgar-se imune aos desacertos, agora, no passado, ou no porvir, porquê a douta pedagogia tem representada em todas as áreas das ciências, sobre o que hoje se mostra eficiente, foi no passado recente ou remoto, um rudimentar experimento em busca da melhor performance, e por consequência atendendo os cânones da Lei de Progresso.
Sob o pálio dessa realidade, vivendo, coexistindo e marcando presença na evolução do homem existe a presença das virtudes e dos defeitos, simultaneamente ensinando aos viajores das estrelas distinguirem uma situação de outra, para alcançarem os sentimentos do amor na excelência da palavra, prédica do arauto do bem, Jesus de Nazaré.
Nada obstante as lições que fazem as criaturas verem e sentirem n’alma a distinção entre uma e outra situação, é notório observar como os viandantes da evolução conseguem dar atenção primária todos os dias e instantes nas eivas alheias. No cenário das provas e expiações, no tálamo conjugal encontram-se casamentos que chegam ao termo final, em razão do conúbio onde se vive eleger por em relevo os defeitos um do outro.
Por causa desse ignoto proceder, esquecem que se uniram em razão das juras de amor, no momento em que anelavam serem capazes de enfrentar as tempestades das provas e transformar os sentimentos primevos em autênticos elos de compreensão, somando as virtudes para a grande viagem em direção à plenitude de cada um. Da mesma sorte, há os desatentos da virtude da caridade, amigos que se surpreendem apontado falhas de caráter um no outro e desencantados se afastam, perdendo o tesouro precioso da amizade.
Objetivando argamassar os propósitos dessa epístola, venia concessa ao autor, Manoel Philomeno de Miranda, pela transcrição que ora se faz “ipsis litereis”, extraída do seu alfarrábio nominado de “Transição Planetária”, (5ª Edição da Editora Leal, pág.10/12), com psicografia do semeador de estrelas, Divaldo P. Franco, descortinando-se esclarecimentos ao tema, guardadas as devidas proporções.
“Sendo o ser humano um Espírito em processo de crescimento intelecto-moral, atravessa diferentes níveis nos quais estagia, a fim de desenvolver o instinto, logo depois a inteligência, a consciência, rumando para a intuição que será alcançada mediante a superação das experiências primavas, que o assinalam profundamente, atando-o não raro, à sua natureza animal em detrimento daquela espiritual que é a sua realidade.
Mediante as reencarnações, etapa a etapa, dá-se-lhe o processo de eliminação das imperfeições morais, que se transforma em valores relevantes, impulsionando-o na direção da plenitude que lhe está destinada. Errando e corrigindo-se, realizando tentativas de progresso e caído, para logo levantar-se, esse é o método de desenvolvimento que a todos propele na direção da sua felicidade plena. Herdeiros dos conflitos em que estorcega nas fases iniciais, deve enfrentar os condicionamentos enfermiços trabalhando pela aquisição de novas experiências que lhe constituam diretrizes de segurança para o avanço.
Em face das situações críticas pelo carreiro carnal, gerando complicações afetivas, porque distantes das emoções sublimes do amor, agindo mais pelos institutos, especialmente aqueles que dizem respeito à preservação da vida, à sua reprodução, à violência para a defesa sistemática da existência corporal, à violência para a defesa sistemática da existência corporal, agride, quando deveria dialogar, acusa no momento em que lhe seria lícito silenciar a ofensa ou a agressão, dando lugar aos embates infelizes geradores do ressentimento, do ódio, do desejo de desforço, esses filhos inconsequentes do ego dominador. O impositivo do progresso, porém, é inarredável apresentando-se como necessidade de libertação das amarras vigorosas que o retêm na retaguarda, ante o deotropismo que o fascina e termina por arrebatá-lo. ...”
Diante dessa realidade, no santuário da existência, pode-se traduzir numa metáfora aqueles que peregrinam nas provas e expiações, como se estivessem em uma fila indiana, carregando duas sacolas penduradas em seus ombros, uma na frente e outra atrás; a da frente, com as qualidades das virtudes e logo atrás, a outra onde estivesse os defeitos, as paixões, as más qualidades do Espírito ainda em aprendizado. Desse modo, durante a jornada das provas e expiações, as virtudes já conquistadas estarão colocadas na frente, para se exercitar a virtude da caridade, e, atrás, a outra carregando impiedosamente os vícios e desacertos do próximo. Sem dúvida, chegará o momento em que o relacionamento familiar, profissional, e social dos filhos do Altíssimo, alcançará o apogeu de estarem frente a frente, um para o outro, vivenciando o amor em plenitude.
É desse modo, que o observador atento se surpreenderá com as descobertas que o fará encontrar colegas de trabalho que supunha orgulhosos, se transformarem em profissionais conscientes e dispostos a estender as mãos para trabalhar em equipe; serão irmãos que se acreditava extremamente egoístas, e agora se vê com capacidade de ceder o que possuam, a bem dos demais membros da família.
Na outra ponta, são pais e mães que eram tidos como distantes, mas sob o olhar do amor, em verdade estarão ávidos por um diálogo aberto e amigo. Nesse sentido, não será lícito se esquecer dos encarregados do clã, pai e mãe, que já cultivavam amarguras, mas, no momento em que se colocam na ordem social que Deus estabeleceu para o seu crescimento espiritual, encontram um novo motivo para estarem juntos, redescobrindo os encantos da primavera nos dias de enlevado namoro.
Fiel aos princípios em apreço, sem hipocrisia, admite-se que a crítica sem ser acerba, é válida quando educativa e com o propósito de demonstrar erros graves que possam causar prejuízo para os outros ou quando sirva para auxiliar aqueles a quem procura educar; todavia para ser educador, é preciso estar consciente da virtude da paciência, e da humildade para o diálogo e não se impor, sem permitir a outrem o direito de se expressar; muito mais ainda, há que se respeitar o momento evolutivo de cada criatura do Eterno, conversando na intimidade, em particular, sem expor o irmão a vexa, modo pelo qual se resiste ao impulso de ressaltar as falhas dos outros e se acende luz na estrada evolutiva dos irmãos que vem na retaguarda.
A prática da caridade educando as incorreções dos viajantes das estrelas é benção que a Consciência Cósmica concede aos seus filhos para que o bem cresça e apareça, divulgando o amor em plenitude, no espelho da existência da vida bela, colorida e consentida.
Com esses sentimentos d’alma, segue o ósculo depositado em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, anelando em homenagem a vida, depositar no cofre sagrado do coração, a fé raciocinada na certeza de que para toda a eternidade Deus está presente na vida dos candidatos de suas criaturas em evolução.