Queridos amigos fraternos.
Bom Dia.
Jesus sê conosco.
Os conselhos da vida e um homem chamado amor.
O povo tem um axioma sobre os conselhos que o cotidiano nos oferece, para nos prevenir da prática de atos equivocados que possam comprometer os seres humanos na trajetória de seu programa de vida.
Normalmente dizemos: "Se conselho fosse bom, não se dava, vendia". Não aprecio contenda, mas sou literalmente contra esse pensamento.
Em verdade, sou apologista de René Decartes, o célebre filósofo e matemático francês (1596 - 1650), conhecido como "o pai da filosofia moderna" autor da celebre frase "Penso, logo existo" e a quem, smj, também se atribui a lição de que mesmo que não concordemos com a posição adversa, haveremos de morrer defendendo o direito de se expressar de outrem.
De fato, não podemos sepultar no próximo o direito da livre manifestação do pensamento, pois é na divergência que crescemos e avançamos cumprindo a lei de progresso que nos conduzirá aos altiplanos celestiais.
Em outras palavras, isso significa dizer que as pessoas quando aconselham é porque já experimentaram situações transatas do mesmo jaez ou com o mesmo colorido e tem a boa intenção de nos advertir sobre os perigos que rondam o nosso dia a dia, como prova ou expiação.
Dia desse tive a oportunidade de ouvir de uma das minhas filhas, que no passado recente não valorou bem os conselhos recebidos, e, por conta disso, assevera que quando não se houve os conselhos dos pais, o risco eminente torna-se uma realidade e o sofrimento se faz presente, para que através da dor, se receba a medida reparadora que a Providência Divina oferece a cada um de seus filhos,como lenitivo indispensável ao progresso pessoal.
Dai, é óbvio que àqueles que não aceitam os conselhos da vida, das pessoas experientes ou bem intencionadas em nos prevenir das quedas eminentes, podem experimentar as dores excruciantes da má valoração das advertências da vida.
Esse procedimento é uma da formas com que a Divindade fala com os seus filhos na escola da vida. Com o mesmo propósito somos tocados pelo desabrochar de uma rosa, ou pelo evangelho do Cristo de Deus, ou ainda pela leitura de um livro instrutivo.
Deus dispõe de um arsenal de meios para despertar seus filhos da consciência do sono, trazendo-os para à realidade da vida.
Assim, anelo nessa semana do feriadão, dessedentar nossa sede de conhecimento na história dos três conselhos, que integra o pps e nos exemplos de um homem chamado amor, como conselho de vida, para que possamos bem valorar a dádiva recebida do Pai Celestial.
Conta-se que certa vez, um casal enamorado, mas muito pobre e que vivia de favor num sítio do interior resolveram por convolar núpcias e realizaram um pacto para alcançar os recursos financeiros para bem viver.
Assim, propôs este à esposa, sair de casa, viajar para obter um emprego e trabalhar até que lograsse êxito na empreita da obtenção dos recursos que considerava indispensáveis para uma vida confortável.
Estabelecido o projeto, sem se saber quanto tempo isso levaria, o amado fora do lar, pediu que a esposa o esperasse guardando fidelidade no matrimônio que ele outro tanto faria.
Depois de muito caminhar o aventureiro encontrou um fazendeiro que carecia de seus préstimos e o jovem sonhador se ofereceu para aquele mister, não sem antes acertar com o senhorio que todos os seus proventos fossem por ele guardados e quando o tempo lhe permitisse partir, ele o dispensaria de suas obrigações e lhe pagaria o que fosse devido.
Estabelecida a regra do obreiro e a forma do pagamento para o porvir, o jovem esposo trabalhou por 25 anos sem férias e sem descanso semanal para alcançar com brevidade o sonho acalentado.
Na hora do acerto de contas, disse-lhe o patrão que aprendera amar o fiel servidor que lhe ministrara lições de vida memoráveis durante a sua permanência na fazenda e em seu convívio.
É chegada a hora de sua partida, muito embora eu não deseje pois cultivamos nesse largo espaço de tempo, valores que as traças não corroem e o tempo não consome, mas nada há para fazer, pois temos um trato e ele será respeitado.
Entretanto desejo lhe fazer uma proposta.
Eu lhe dou todo o seu dinheiro e você segue seu caminho, como é de seu desejo, ou posso lhe ofertar três conselhos e não lhe entrego o seu pagamento e você segue seu destino.
Se lhe der o dinheiro, não lhe dou os conselhos: Se eu lhe der os conselhos, não lhe dou o dinheiro. Reflita e depois me de a resposta.
Nosso personagem meditou durante dois dias seguidos e na hora "H" disse ao patrão.
Desejo os três conselhos. O patrão insistiu nos termos do acordo e após receber a afirmativa de que os três conselhos substituiriam o pagamento de tão longa jornada disse-lhe então:
Primeiro: Nunca tome atalhos em sua vida. Os caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar à sua vida. Segundo: Nunca seja curioso para aquilo que é um mal, pois a curiosidade para o mal pode ser mortal. Terceiro: Jamais tome decisões em momentos de ódio ou de dor, pois você poderá arrepender-se e será tarde demais.
Após dar os conselhos a que se comprometeu o patrão disse ao seu empregado e amigo que se despedia naquele instante:
Aqui tem três pães, estes dois são para você comer durante a viagem e este último é para você comer com a sua esposa, no seu reencontro de alegria e paz.
De posse dos conselhos recebidos seguiu sua jornada de volta ao lar e a esposa que tanto amava. No primeiro dia de viagem, encontrou um andarilho que lhe perguntou o destino e o orientou a tomar um atalho para ganhar tempo.
O viajor iniciou o novo trajeto quando se recordou do conselho recebido e retornou a trilha original. Soube-se depois que a vereda indicada era uma armadilha onde se encontravam ladrões e saqueadores a sua espreita. Depois de alguns dias de viagem, cansado, hospedou-se numa pensão.
Deitou-se para o repouso e acordou assustado com gritos na madrugada. Levanto-se para investigar e ao abrir a porta, lembrou-se do conselho recebido. Voltou para o leito e entregou-se nos braços esplendidos do Morfeu.
No café da manhã, tomou conhecimento de que o filho do hospedeiro tinha crises de loucura durante a noite e matava os que lhe vinha pela frente e depois os enterrava no quintal.
Prosseguindo sua viagem de retorno, chegou em sua casa e deparou com uma cena inusitada. De longe via sua mulher sentada em baixo de uma árvore, numa comfortável sombra, acariciando o rosto de um rapaz que ele tomou como quebra do compromisso de fidelidade.
Teve ímpetos de volver pelo mesmo caminho e nunca mais retornar ao lar. Pensou no conselho que recebera e se resolveu por dormir aquela noite e no dia seguinte conversar com a esposa, com a intenção de desmascará-la e depois seguir viagem pelo resto de sua vida.
Ao alvorecer bateu à porta e sua esposa veio atendê-lo, surpresa e alegre o abraçou com sentida emoção, quando percebeu a sua frieza e agressão ao dizer-lhe que ela não havia respeitado o trato da fidelidade.
Ela admirada sentiu-se ofendida, pois em verdade guardara castidade por todos esses anos. Foi nesse instante que ele lhe disse do rapaz em seu colo. Para sua surpresa ela lhe disse que quando ele partira, o deixara grávida e aquele moço bonito era seu filho.
Depois da apresentação e da parecença física do filho com o pai, os abraços fraternos e muita lágrimas derramadas, a família se reuniu e o viajor se recordou que ainda tinha um pão oferecido pelo seu benfeitor e antigo patrão para ser o alimento desse momento de alegria.
Ao partir o pão, nova e imensa surpresa tomou conta de seu espírito, pois ao repartir o pão abençoado de seu trabalho durante tantos anos, projeto a que ele não estava ainda convencido do acerto de sua decisão, apesar de tantos benefícios pelos conselhos recebidos, de ter feito uma excelente troca, foi que ele se deparou naquele instante, com todo o seu salário em depositado num invólucro dentro do pão.
É isso amigos.
Os conselhos e os exemplos de vida, como Jesus de Nazaré nos legou, são ferramentas de bem-aventurança que o Senhor da vida se serve para fazer chegar as nossas consciências a sua lei, segundo a questão 621 de "O Livro dos Espíritos".
Por essa mesma razão, não poderemos olvidar as considerações, conselhos e exemplos de vida que Francisco Candido Xavier, um homem chamado amor, legou aos seus irmãos de jornada, sobre a seguinte dialética.
Um homem chamado Amor – Homenagem a Francisco Xavier.
“Ah... Mas quem sou eu senão uma formiguinha, das menores, que anda pela Terra cumprindo sua obrigação!” "Tudo o que Jesus falou no Sermão da Montanha foi ao coração, ao sentimento. Não disse nada ao raciocínio, porque é pela inteligência que caímos.
Ele não disse: Bem-aventurados os inteligentes. Chegou mesmo, certa vez, a dar graças ao Pai por ter ocultado os segredos do céu aos sábios e inteligentes. Quem cai pelo amor, o próprio motivo da queda faz que se reerga, mas quem cai pela inteligência não se sente caído."
Justiça e misericórdia:
"Toda vez que a Justiça Divina nos procura para acerto de contas, se nos encontra trabalhando em benefício dos outros, manda a Misericórdia Divina que a cobrança seja suspensa por tempo indeterminado."
Resposta Divina
“O Velho Testamento, que é a palavra dos profetas, é o homem desesperado com os problemas da vida criados por ele mesmo, batendo à porta de Deus.”
“O Novo Testamento, contendo os ensinamentos de Jesus, é a resposta de Deus ao homem de todos os tempos.”
O Evangelho e o acaso "Toda vez que as circunstâncias te induzam a ouvir as verdades do Evangelho, não penses que o acaso esteja presidindo a semelhantes eventos. Forças divinas estarão agindo a fim de que te informes quanto ao teu próprio caminho."
“Quem é perseguido, muitas vezes ainda consegue ir adiante, principalmente se estiver sendo perseguido de maneira injusta, mas quem persegue não sai do lugar”.
Tenho sofrido muitas perseguições da parte de espíritos inimigos da Doutrina, mas dizendo-lhes com sinceridade, as maiores dificuldades que enfrento para perseverar no serviço da mediunidade são oriundas de minhas próprias imperfeições. Toda vez que descuidamos do patrimônio do corpo, abusando e afrontando os perigos da vida e chegamos à morte, esta morte não vem de Deus. Tudo o que vem de Deus, vem devagar."
Perante o sofrimento:
"O espírita chora escondido. Depois, lava o rosto e vai atender a multidão sorrindo." Além do cansaço "Outro dia me perguntaram por que eu continuo trabalhando, apesar da enfermidade, das limitações. Respondi: - Estou doente, mas ainda não cheguei à inutilidade. Ou fazemos ou fica por fazer. Ninguém pode fazer o que temos que fazer. A gente tem que agüentar. A desistência do dever gera um complexo de culpa muito grande."
“O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros.” Nenhuma atividade no bem é insignificante... As mais altas árvores são oriundas de minúsculas sementes. A repercussão da prática do bem é inimaginável... Para servir a Deus, ninguém necessita sair do seu próprio lugar ou reivindicar condições diferentes daquelas que possui.”
“Os Espíritos Amigos sempre mostram disposição de nos auxiliar, mas é preciso que, pelo menos, lhes ofereçamos uma base... Muitos ficam na expectativa do socorro do Alto, mas não querem nada com o esforço de renovação; querem que os espíritos se intrometam na sua vida e resolvam seus problemas... Ora, nem Jesus Cristo, quando veio à Terra, se propôs resolver o problema particular de alguém... Ele se limitou a nos ensinar o caminho, que necessitamos palmilhar por nós mesmos.”
"Nunca quis mudar a religião de ninguém, porque, positivamente, não acredito que a religião a seja melhor que a religião b... Nas origens de toda religião cristã está o Pensamento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quem seguir o Evangelho... Se Allan Kardec tivesse escrito que “fora do Espiritismo não há salvação”, eu teria ido por outro caminho. Graças a Deus ele escreveu “Fora da Caridade”, ou seja, fora do Amor não há salvação...”
“O desespero é uma doença. E um povo desesperado, lesado por dificuldades enormes, pode enlouquecer, como qualquer indivíduo. Ele pode perder o seu próprio discernimento. Isso é lamentável, mas pode-se dizer que tudo decorre da ausência de educação, principalmente de formação religiosa.”
“O sentimento de ódio é um processo de auto-obsessão.” “Sei que sou um espírito imperfeito e muito endividado, com necessidade constante de aprender, trabalhar, dominar-me e burilar-me, perante as Leis de Deus.”
“Gente há que desencarna imaginando que as portas do Mundo Espiritual irão se lhes escancarar... Ledo engano! Ninguém quer saber o que fomos, o que possuíamos, que cargo ocupávamos no mundo; o que conta é a luz que cada um já tenha conseguido fazer brilhar em si mesmo...”
"Sem a idéia da reencarnação, sinceramente, com todo respeito às demais religiões, eu não vejo uma explicação sensata, inclusive, para a existência de Deus.” Uma das coisas que sempre aprendi com os Benfeitores Espirituais é não tolher o livre arbítrio de ninguém; os que viveram na minha companhia sempre tiveram a liberdade para fazer o que quiseram...”
"Existem pessoas que se sentem ofendidas, magoadas por qualquer coisa: à mais leve contrariedade, se sentem humilhadas... Ora, nós não viemos a este mundo para nos banhar em águas de rosas... Somos espíritos altamente endividados - dentro de nós o passado ainda fala mais alto... Não podemos ser tão suscetíveis assim..."
“Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar... As facilidades nos impedem de caminhar. Mesmo as críticas nos auxiliam muito.” "Emmanuel sempre me ensinou assim: - Chico, se as críticas dirigidas a você são verdadeiras, não reclame; se não são, não ligue para elas...”
“Graças a Deus, não me lembro de ter revidado a menor ofensa das inúmeras que sofri, certamente objetivando, todas elas, o meu aprendizado, e não me recordo de que tenha, conscientemente, magoado a quem quer que fosse...”
“Emmanuel sempre me disse: - Chico, quando você não tiver uma palavra que auxilie, procure não abrir a boca...”
“Sabemos que precisamos de certos recursos, mas o Senhor não nos ensinou a pedir o pão, mais dois carros, mais um avião... Não precisamos de tanta coisa para colocar tanta carga em cima de nós. Podemos ser chamados hoje à Vida Espiritual...”
“Tudo que criamos para nós, de que não temos necessidade, se transforma em angústia, em depressão...” “A doença é uma espécie de escoadouro de nossas imperfeições; inconscientemente, o espírito quer jogar para fora o que lhe seja estranho ao próprio psiquismo...”
“Abençoemos aqueles que se preocupam conosco, que nos amam, que nos atendem as necessidades... Valorizemos o amigo que nos socorre, que se interessa por nós, que nos escreve, que nos telefona para saber como estamos indo... A amizade é uma dádiva de Deus... Mais tarde, haveremos de sentir falta daqueles que não nos deixam experimentar a solidão!”
“A caridade é um exercício espiritual... Quem pratica o bem, coloca em movimento as forças da alma. Quando os espíritos nos recomendam, com insistência a prática da caridade, eles estão nos orientando no sentido de nossa própria evolução; não se trata apenas de uma indicação ética, mas de profundo significado filosófico...”
“Tudo o que pudermos fazer no bem, não devemos adiar... Carecemos somar esforços, criando, digamos, uma energia dinâmica que se anteponha às forças do mal... Ninguém tem o direito de se omitir.”
“Uma das mais belas lições que tenho aprendido com o sofrimento: Não julgar, definitivamente não julgar a quem quer que seja.” “O exemplo é uma força que repercute, de maneira imediata, longe ou perto de nós... Não podemos nos responsabilizar pelo que os outros fazem de suas vidas; cada qual é livre para fazer o que quer de si mesmo, mas não podemos negar que nossas atitudes inspiram atitudes, seja no bem quanto no mal.”
Sempre recebi os elogios como incentivos dos amigos para que eu venha a ser o que tenho consciência de que ainda não sou...” "Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor... Magoar alguém é terrível!...”
“A gente deve lutar contra o comodismo e a ociosidade; caso contrário, vamos retornar ao Mundo Espiritual com enorme sensação de vazio... Dizem que eu tenho feito muito, mas, para mim, não fiz um décimo do que deveria ter feito...”
“A questão mais aflitiva para o espírito no Além é a consciência do tempo perdido.” “Confesso a vocês que não vi o tempo correr... Por mais longa nos pareça, a existência na Terra é uma experiência muito curta. A única coisa que espero depois da minha desencarnação é a possibilidade de poder continuar trabalhando.”
“A revolução em que acredito é aquela ensinada por Nosso Senhor Jesus Cristo que começa pela corrigenda de cada um, na base do façamos aos outros aquilo que desejamos que os outros nos façam.”
"Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta."
Com esse ideário e sob as luzes dessa reflexão, segue aos amigos fraternos, nosso óbolo depositado em seus corações, em nome da oblata da fraternidade, rogando ao Senhor do Universo que nos abençoe e nos conceda um ótimo fim de semana na paz de Jesus de Nazaré. Do amigo Fraterno de sempre.
Jaime Facioli.
Texto em anexo
Três conselhos...
Um casal de jovens recém-casados, era muito pobre e vivia de favores num sítio do interior. Um dia o marido fez a seguinte proposta para a esposa:
"Querida eu vou sair de casa, vou viajar para bem longe, arrumar um emprego e trabalhar até ter condições para voltar e dar-te uma vida mais digna e confortável. Não sei quanto tempo vou ficar longe, só peço uma coisa, que você me espere e enquanto eu estiver fora, seja FIEL a mim, pois eu serei fiel a você. "
"Querida eu vou sair de casa, vou viajar para bem longe, arrumar um emprego e trabalhar até ter condições para voltar e dar-te uma vida mais digna e confortável. Não sei quanto tempo vou ficar longe, só peço uma coisa, que você me espere e enquanto eu estiver fora, seja FIEL a mim, pois eu serei fiel a você. "
Assim sendo, o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudá-lo em sua fazenda.
O jovem chegou e ofereceu-se para trabalhar, no que foi aceito. Pediu para fazer um pacto com o patrão, o que também foi aceito.
O pacto foi o seguinte:
"Me deixe trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que devo ir, o senhor me dispensa das minhas obrigações.
EU NÃO QUERO RECEBER O MEU SALÁRIO. Peço que o senhor o coloque na poupança até o dia em que eu for embora.
No dia em que eu sair o senhor me dá o dinheiro e eu sigo o meu caminho".
Tudo combinado.
Aquele jovem trabalhou DURANTE VINTE ANOS, sem férias e sem descanso.
Depois de vinte anos chegou para o patrão e disse:
"Patrão, eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para a minha casa."
O patrão então lhe respondeu:
"Tudo bem, afinal, fizemos um pacto e vou cumpri-lo, só que antes quero lhe fazer uma proposta, tudo bem?
Eu lhe dou o seu dinheiro e você vai embora, ou LHE DOU TRÊS CONSELHOS e não lhe dou o dinheiro e você vai embora.
Se eu lhe der o dinheiro eu não lhe dou os conselhos; se eu lhe der os conselhos, eu não lhe dou o dinheiro.
Vá para o seu quarto, pense e depois me
dê a resposta. "
Ele pensou durante dois dias, procurou o patrão e disse-lhe: "QUERO OS TRÊS CONSELHOS."
O patrão novamente frisou: "Se lhe der os conselhos, não lhe dou o dinheiro."
E o empregado respondeu: "Quero os conselhos."
O patrão então lhe falou:
1. NUNCA TOME ATALHOS EM SUA VIDA. Caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida.
2. NUNCA SEJA CURIOSO PARA AQUILO QUE É MAL, pois a curiosidade para o mal pode ser mortal.
3. NUNCA TOME DECISÕES EM MOMENTOS DE ÓDIO OU DE DOR, pois você pode se arrepender
e ser tarde demais.
Após dar os conselhos, o patrão disse ao rapaz, que já não era tão jovem assim:
"AQUI VOCÊ TEM TRÊS PÃES, estes dois são para você comer durante a viagem e este terceiro é para comer com sua esposa quando chegar a sua casa.“
O homem então, seguiu seu caminho de volta, depois de vinte anos longe de casa e da esposa que ele
tanto amava.
Após primeiro dia de viagem, encontrou um andarilho que o cumprimentou e lhe perguntou: "Pra onde você vai?“
Ele respondeu: "Vou para um lugar muito distante que fica a mais de vinte dias de caminhada por essa estrada."
O andarilho disse-lhe então: "Rapaz, este caminho é muito longo, eu conheço um atalho que é dez,
e você chega em poucos dias.“
O rapaz contente, começou a seguir pelo atalho, quando lembrou-se do primeiro conselho, então voltou e seguiu o caminho normal.
Dias depois soube que o atalho levava a uma emboscada.
Depois de alguns dias de viagem, cansado ao extremo, achou pensão à beira da estrada, onde pode hospedar-se.
Pagou a diária e após tomar um banho deitou-se para dormir.
De madrugada acordou assustado com um grito estarrecedor. Levantou-se de um salto só e dirigiu-se à porta para ir até o local do grito.
Quando estava abrindo a porta, lembrou-se do segundo conselho.
Voltou, deitou-se e dormiu.
Ao amanhecer, após tomar café, o dono da hospedagem lhe perguntou se ele não havia escutado gritos durante a noite, e ele respondeu que sim.
O hospedeiro perguntou-lhe se não estava curioso a respeito, e ele respondeu que não.
O hospedeiro prosseguiu: “VOCÊ É O PRIMEIRO HÓSPEDE A SAIR DAQUI VIVO, pois meu filho tem crises de loucura, grita durante a noite... e quando
o hóspede sai, mata-o e enterra-o no quintal.”
O rapaz prosseguiu na sua longa jornada, ansioso por chegar a sua casa.
Depois de muitos dias e noites de caminhada... Já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaça de sua casinha, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta de sua esposa.
Estava anoitecendo, mas ele pode ver que ela não estava só.
Andou mais um pouco e viu que ela tinha entre as pernas, um homem a quem estava acariciando
os cabelos.
Quando viu aquela cena, seu coração se encheu de ódio e amargura e decidiu-se a correr de encontro aos dois e a matá-los sem piedade.
Respirou fundo, apressou os passos, quando lembrou-se do terceiro conselho.
Então parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo e no dia seguinte tomar uma decisão.
Ao amanhecer, já com a cabeça fria, ele pensou:
"NÃO VOU MATAR MINHA ESPOSA E NEM O SEU AMANTE.
Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta.
Só que antes, quero dizer a minha esposa que eu sempre FUI FIEL A ELA".
Dirigiu-se à porta da casa e bateu.
Quando a esposa abre a porta e o reconhece, se atira em seu pescoço e o abraça afetuosamente.
Ele tenta afastá-la, mas não consegue. Então, com lágrimas nos olhos lhe diz: "Eu fui fiel a você e você me traiu..."
Ela espantada lhe responde: "Como? Eu nunca lhe trai, esperei durante esses vintes anos!"
Ele então lhe perguntou: "E aquele homem que
você estava acariciando ontem ao entardecer?"
"AQUELE HOMEM É NOSSO FILHO. Quando você foi embora, descobri que estava grávida. Hoje ele está com vinte anos de idade.“
Então o marido entrou, conheceu, abraçou o filho e contou-lhes toda a sua história, enquanto a esposa preparava o café.
Sentaram-se para tomar café e comer juntos o último pão.
APÓS A ORAÇÃO DE AGRADECIMENTO, COM LÁGRIMAS DE EMOÇÃO, ele parte o pão e, ao abrí-lo, encontra todo o seu dinheiro, o pagamento por seus vinte anos de dedicação!
Muitas vezes achamos que o atalho "queima etapas" e nos faz chegar mais rápido, o que nem sempre é verdade...
Muitas vezes somos curiosos, queremos saber de coisas que nem ao menos nos dizem respeito e que nada de bom nos acrescentará...
Outras vezes, agimos por impulso, na hora da raiva, e fatalmente nos arrependemos depois...
Espero que você, assim como eu, não se esqueça desses três conselhos e que, principalmente, não se esqueça de CONFIAR em DEUS... (mesmo que a vida, muitas vezes já tenha te dado motivos para a desconfiança).
Outra coisa...
Não guarde essa mensagem numa pasta, envie para seus amigos...
Não perca a oportunidade de fazer (mais) feliz o dia de alguém, pois esta bela história nos instiga à boas atitudes em situações extremas.
Beijos!