Uma interrogação que espicaça os viajantes das estrelas, alhures e alugues, especialmente quando as dores se faz presente na caminhada das provas e expiações, sem que as criaturas questionadoras se deem conta que ao assim procederem, seja pela voz articulada ou pelos pensamentos, suas dúvidas estão endereçadas ao Criador.
Eis porque, quando os desaires batem à porta dos candidatos a felicidade, aqui e ali se ouve a exclamação; oh! Meu Deus. “Tudo acontece comigo, afinal, para que eu nasci”; hora sim, é pelo viés das lamurias que o trem da razão descarrilha na falta da fé raciocinada e na desesperança da misericórdia do Eterno que cuida indistintamente de todos seus filhos.
Com fluxo nesse proverbio, os viajores esquecem-se ou fazem ouvidos moucos, quando questionam, com absoluta ausência da fé raciocinada, as iluminativas lições da veneranda benfeitora da humanidade, Joanna de Ângelis, com licença da metáfora, esclarecendo à saciedade que diante das fecundas concessões que chegam todos os dias aos filhos do Divino, por intercessão do Pai Celestial, a criatura humana somente tem razões para agradecer, jamais para reclamar.
Diante desses sentimentos d’alma, sem dúvida, é de bom alvitre aos profitentes do tema, buscarem nas lições de Sócrates, em especial na frase herdada dos sábios da antiguidade, quiçá de Tales de Mileto, a proposição para as criaturas se conhecerem, porquanto, naqueles tempos, o filósofo ateniense ao adentrar no templo de Apolo, considerado na mitologia grega, o Deus das artes, da música, da profecia e da verdade, deparou-se nos pórticos de seu acesso ao santuário de Delfos, com a expressão “Conheça a ti mesmo”.
Foi nessa época que se perde na poeira dos tempos, que o filósofo ateniense, considerando a via extensa destinada as reflexões na expressão em comento, adotou-a em sua hermenêutica de tal sorte que o Conheça a ti mesmo, entrou para a história da humanidade como lição imorredoura. Dessa sorte, quando o manto das nuvens obnubiladas ofuscarem a fé, e o opróbrio desejar abrir caminho nos sentimentos da pulcritude, será a confiança no Senhor do Universo que deverá prevalecer; eis porque é de bom tom, uma reflexão sobre a história do médico vienense, pai da Logoterapia, Viktor Emil Frankl, prisioneiro dos campos de extermínio da segunda guerra mundial, ao depois, foi reconhecido como um dos maiores psiquiatras da história, ao criar o método terapêutico baseado na busca pelo sentido para a vida, consoante entre outros, o excelente livro editado pela editora Quadrante.
Desse modo, quando o desânimo e o hebetar bater à porta, diante das provas, lutas diárias que convidam os candidatos a laurearem-se na universidade da vida, há no pentateuco da doutrina espírita, em especial “O Livro dos Espíritos”, guia seguro com os esclarecimentos da vida eterna. Sob essa mesma luz da razão, se esclarece sob a égide das questões 115, 133 e 804 do mesmo Codex, o nascimento dos filhos do Divino, ou também na trajetória que se encontra em Leon Dennis no seu alfarrábio, “O Problema do ser do destino e da dor”, “Depois da morte”, “O grande enigma”, entre outros tantos que abrem as fronteiras do saber e esclarecem aos que anelam entenderem “por que nasceram”, tal qual os viajantes das estrelas anelam entenderem de onde veem, o que fazem nesse planeta de provas e expiações e qual o seu destino.
Porque nascemos, a pergunta que se faz no adágio popular, encontra resposta quanto mais se adentra no conhecimento da vida de grandes homens e quanto mais se indaga a respeito da própria jornada na Terra. Examine-se, pois, a trajetória de luz do pastor e ativista político Martin Luther King Jr, líder do Movimento dos Direitos Civis dos negros nos Estados Unidos e no mundo, com sua campanha de não violência e de amor ao próximo. A estrela luminosa da religiosa indiana, de origem albanesa, Prêmio Nobel da Paz de 1979, Santa Madre Teresa, com sua proposta de atender aos pobres mais pobres do mundo.
Da mesma sorte, a proposta de Mohandas Karamchand Gandhi, o advogado que empregou resistência de não violência para liderar a campanha bem-sucedida da independência da Índia. Suas ações inspiraram movimentos pelos direitos civis e liberdade em todo o mundo. Em verdade, o que não se dizer de tantos jornalistas que, no intuito de denunciar a crueldade, o terrorismo, a corrupção, pagam com a própria vida. Oh! Meu Deus. São tantos grandes homens, tantas vidas excepcionais.
a retórica merece considerar, homenageando os benfeitores da humanidade, o Dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, escritor, jornalista, político, filantropo e expoente da Doutrina Espírita, conhecido como o médico dos pobres; Eurípedes Barsanulfo, educador, político, jornalista, conhecido como apóstolo da caridade, um dos expoentes e pioneiros do espiritismo no país da pátria do evangelho coração do mundo; Hippolyte Léon Denizard Rivail, o emérito professor e codificador da doutrina dos imortais, conhecido também como Allan Kardec, que recebeu a missão de acender as luzes do mundo de provas e expiações para àqueles que anelam saberem porque nasceram.
francisco Cândido Xavier, médium brasileiro, reconhecido como o maior psicógrafo de todos os tempos. Chico, como carinhosamente é conhecido, foi o maior exemplo de estoicismo diante da tarefa para lançar luz nas provas dos irmãos em trânsito pelo planeta terra, na brandura e humildade que adotou como ícone de sua trajetória; Divaldo Pereira Franco, o embaixador da paz, quase um centenário levando a palavra que consola e edifica em todos os cantos do mundo; O pastor negro Marter Luther King Júnior e seu sonho de tornar a humanidade fraterna; Meimei, a incansável professora com mensagens psicografadas pelo médium mineiro Francisco Cândido Xavier.
Inegável, pois, àqueles que se deixam levar pelo axioma do “por que” ou “para que eu nasci”, que há também, músicos que levam plateias ao êxtase com suas execuções instrumentais; bailarinos que traduzem as mais doces e as mais puras emoções em seus passos, nas suas expressões corporais, tanto como existem médicos e enfermeiros que salvam vidas em hospitais, em campos de refugiados, em zonas de miséria, como se vê nos médicos sem fronteiras, diante das provas acerbas, sem se esquecer que tantos outros são professores que ilustram as mentes, ou poetas que escrevem poemas de extraordinária beleza.
Sob o manto azul, bordado de estrelas rutilantes da Mãe Santíssima, ao se interrogar para que nasceste, é justo antes se questionar, sob a mesma ótica, para que nasceu Jesus de Nazaré e deixar que seu coração amoroso esclareça com lhaneza suas dúvidas e os seus tormentos. Eis porque, diante de tantos exemplos, tantas doações ao semelhante, tantas contribuições para a Humanidade, deve-se olhar nas profundidades abissais d’alma, ainda em aprendizado dos grandes potenciais a que se estão destinados os filhos do Altíssimo e se entenderá porque nasceste, na conclusão de que na vida tudo tem um propósito, e o propósito do Criador obedece ao Plano Divino.
Desse modo, o profitente, pode não ser o escritor famoso, que derrama pelo mundo as suas obras. Nem o orador extraordinário que arrebata multidões com o seu verbo. Nem o grande líder que promoverá mudanças de porte no país ou no mundo, mas certamente no Plano Divino todas as criaturas estão colocadas no exato lugar onde necessitam desenvolverem seus talentos. Será, pois, no tatame onde se vive e nas provas que realiza, na profissão que se exerce e na família que educa, que a Divindade aguarda, se cumpra o planejamento reencarnatório.
São nas missões de extraordinária importância, quiçá na paternidade ou na maternidade que se tenha nascido para apoiar e abraçar a adoção; será aqui que os encontramos para servir de amparo a alguém, ser um simples voluntário numa obra de paz, de assistência à fome ou à deficiência. Pode ser também que aqui se esteja para demonstrar pelo trabalho como se cumpre de forma honrada o dever, senão pode ser que se tenha nascido para ser o amparo dos pais, quando alcançarem a idade provecta, de tal sorte que quando os braços que o ampararam na infância, seja tu que agora os acolha com braços fortes quando os vulneráreis se enfermarem e os membros tornarem fracos e os passos difíceis.
Em síntese apertada, pode ser também que se tenha nascido simplesmente para plantar um jardim, construir uma casa, adornar um ambiente, providenciar a limpeza da rua por onde passam os irmãos de caminhada, porquanto os pássaros e os arco-íris, não perguntam para que servem, embelezam a natureza, deixando-a bela, colorida e consentida, colaboradores de Deus no mundo, destinados a crescerem, progredirem e conquistarem as estrelas.
Nesse sentir dalma, sob o influxo dos sentimentos do coração nasce a certeza que foi "Deus que fez você", razão porque se deseja tenha os amigos um ótimo fim de semana, em nome de Jesus de Nazaré, com a oblata e o ósculo do amor fraterno em suas vidas, extensivas as homenagens e carinho a todas as famílias de nossos amigos, integrantes da grande família universal.