Na incontestável realidade das provas, as criaturas da Divindade guardam no âmago d’alma, os anelos mais sagrados desejos para encontrarem o caminho para o coração, o que em síntese apertada significa entender de onde vieram, o que se fazem nesse planeta chamado Terra, e qual o seu destino, ainda que institivamente guarde em sua essência esse sentimento.
São incontáveis reencarnações, emulando-se o viajor para a reforma interior desejando vencer os obstáculos das novas provas, ainda que sob a bênção do manto do esquecimento, o que não raro o faz esquecer como é bom viver e qual o caminho que se deve seguir, o da porta estreita ou da porta larga.
Incontáveis vezes os viandantes, sem se darem conta das onomatopeias que grassa em a natureza, esquecem-se de vive a vida, bela, colorida e consentida, porque deixam a companheira ansiedade embaraçar o coração que os levam à felicidade para viverem em plenitude, de modo que estando num lugar fisicamente, a mente se encontra em outro.
É lugar comum pessoas em uma festa cogitar do cansaço, acendendo desse modo o estopim para apresentar o rol de queixas e lamentações, esquecendo de viver o momento da festa, da alegria, o encontro com os amigos, risos, de descontração.
Consequentemente, a festa não beneficiará a quem reclama da vida, ao contrário, será sinônimo de cansaço e indisposição, por isso e dizer que quando reclamamos de tudo, desde o barulho até os afazeres, necessita-se por atenção no que está se fazendo, em razão das energias, a egrégora que ronda a existência.
Assim, pois, permita-se a chance de algumas horas de puro prazer, correndo, rindo, rolando na grama, chutando bola, conversando, abraçando e estreitando os laços de fraternidade.
Isso se chama viver. Isso se chama sorver a vida em abundância. Viver é, também, permitir-se despentear pelo vento, com suas mãos rebeldes e despreocupadas. É sentir o sol percorrendo-nos o corpo e estendendo cores por toda a natureza, beijando a superfície das águas, fazendo-as brilhar como líquidos cristais. Viver é sentar-se à mesa com a família, com os amigos e comer devagar, buscando identificar o sabor de cada alimento.
Ah! Sim. Viver é deixar-se ficar, conversar, prosa sadia falando de tantos assuntos, sem escorregar na maldade de trançar a vida alheia, mais sim, conversar sobre assuntos nobres, que inspirem a felicidade de cada momento.
Anote-se, pois, viver bem no caminho do coração, que será igual a dar um passeio de mãos dadas, deixando a brisa sussurrar segredos entre ambos caminhantes, pais, mães, filhos ou enamorados pela existência. Da mesma forma, será ouvir os recados de Deus, presentes na natureza, segredos somente conhecidos por quem ama a vida, bela, colorida e consentida.
Com esse propósito, a vida de acesso do coração é deter-se na trajetória apressada, permitindo-se assistir a um pôr do sol, atento as pinceladas divinas que se sucedem na obra do Criador, prometendo um dia esplendoroso, trazendo a paz após a noite de veludo e estrelas que logo mais também enfeitará o planeta acendendo as luzes da grande festa de amor.
O caminho do coração é a certeza de que, após os dias de invernia, chuva e frio, suceder-se-ão as horas floridas da primavera risonha; depois, após os dias de intenso calor, a natureza começará a se despir de folhas e flores, preparando-se para se engalanar de geada, brumas e garoa.
Desse modo, viver-se-á cada minuto, cada emoção, sem ansiedade, como único e inigualável elixir da existência, vendo e sentido à vida maravilhosa, a cada dia, como experiência inédita porque, sendo Criação Divina, não existem reprises nas horas, nem nos minutos do relógio do tempo e da eternidade.
Em síntese apertada, uma vez encontrado o caminho do coração, na alegria de viver cada momento, enquanto no panorama terrestre, oxalá os candidatos a felicidade, bebam no cálice da vida, gota a gota, deliciando-se na alegria de viver, solvendo o sabor do amor, exultando-se por ser filho do Eterno, certeza plena de que as horas amargas passam, tal qual as estações dos anos, também os quadros de dores e dificuldades se sucedem, substituídos por painéis de alegrias, risos e cores.
No apólogo do caminho do coração, cabe não esquecer do relato contido no Evangelho de Mateus, quando Jesus exorta seus seguidores a que ajuntem tesouros no céu.
Diz, portanto, que as conquistas da Terra sofrem os efeitos do tempo e podem ser roubadas, enfatizando, desse modo os valores do céu que são perenes e não correm riscos, consolidando a reflexão ao afirmar aos profitentes da boa nova, que onde estiver o tesouro de um homem, aí estará também o seu coração.
Com esses sentimentos o homem que busca valorizar seus momentos, dando o tom à vida, pelos desejos profundos do coração, é ele quem abre a avenida para a conquista do sucesso pela escolha do caminho eleito.
O coração estabelece os fins, e a razão fornece os meios para alcançar a plenitude, conforme os anseios da alma, nos diferentes caminhos do bem viver, ou sob outro ângulo, cuidar de retificar os hábitos da escola da vida transata, mediante a conduta aperfeiçoada com o sucesso de agora a partir do sentimento.
Ora, sim, é fácil por motivos de somenos importância esbravejar e estragar a festa de amor da vida, com uma conduta divorciada dos desejos do coração, mas quando o coração participa, abraçando a festa da vida, tudo adquire cores vivas e alegres em respeito ao Criador do Universo, tornando o caminho para o coração numa vida feliz.
Com essas reflexões, deposita-se o ósculo da fraternidade em seus corações, com a oblata do amor de Jesus, anelando-se votos de um ótimo fim de semana na paz do Celeste Amigo, tudo recomeçando com bom ânimo.