É notório que pela cognição se pode extrair da promessa de Jesus de Nazaré, em “O Livro dos Espíritos”, incerto nas questões 115, 135 e 804, que as criaturas sem distinção saíram das mãos do Eterno, “simples e ignorantes”, significando dizer que sem qualquer conhecimento e na singeleza da simplicidade, cabendo, pois, aos filhos do Altíssimo, adotarem uma posição na jornada das provas e ou das expiações, emulando-se para o despertar da consciência.
Nessa performance, faz enorme diferença àqueles que diante das pedras do caminho, dos abrolhos da jornada, e em toda dissidência buscarem marcar indelevelmente o seu intelecto, com os aprendizados, somando os conhecimentos adquiridos através das oportunidades, estimulando o despertar da consciência para alcançar o apogeu da elevação moral.
Sem contradita, esse é o gatilho que dispara na criatura do Senhor da Vida, elevar-se na lei moral, objetivando sair da consciência do sono em busca da reforma indispensável a evolução, para atender aos ditames dos sublimes objetivos da vida, bela, colorida e consentida.
Desse modo, anote-se que na sociedade civil onde as criaturas do Divino mourejam, transitando na consciência do sono, existem pessoas capazes de atos ominosos, destilam ódio, roubam, matam e optam invariavelmente pela porta larga das provas, comprometendo-se seriamente com o porvir, quando então terão que restabelecer o Universo da Potestade.
De outro lado, existem viajores da felicidade, convencidos de são capazes de deixar de comprar comida ou uma roupa de marca, para usar o dinheiro economizado em prol de uma causa nobre. Pois sim. Simultaneamente se convive com pessoas capazes de seduzir amorosamente alguém, mesmo sem ter interesse real, mas apenas com o único intuito da solidariedade em nome da família universal, como o exemplo da Santa Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce e tantos outros.
Ora, sim. Diante dessa inafastável realidade pergunta a consciência do justo: Por que, entre as pessoas com as quais se convive, há tanta diferença em relação aos seus valores? Como podem alguns fazer tanto e outros quase nada? Por que uns vivem tentando melhorar-se enquanto outros sentem prazer com suas inferioridades?
Oh! Meu Deus. O que fazer para transformar esses acontecimentos aziagas e levar a luz onde esteja a escuridão, semear o bem aonde o mau pretende fixar acampamento?
Prima facie, diga-se que, cada um dos filhos do Eterno, como consta no prólogo desta epístola, há pessoas que se encontram em estágio de consciência e percepção obnubilada quanto os objetivos e valores da vida. Alguns, anestesiados pelas fantasias e ilusões do mundo, acreditam que a vida se limita aos gozos e prazeres que ela pode oferecer. Passam a existência como se estivessem em um parque de diversões, sem preocupações com o sentido da vida, bastando-lhes apenas atender a matéria, olvidando-se do espírito.
Indiscutivelmente, como se viu alhures, outros já amadurecidos pelas refregas das provas, tal como o diamante que se forma no manto terrestre e ascendem à superfície por meio de erupções vulcânicas, formam-se sob enorme pressão e temperatura, nas rochas chamada peridotitos, transformando-se em joias preciosas, tal qual a criatura humana amadurece quando uma réstia de luz lhes chaga despertando-os da consciência do sono.
São nesses momentos, que se deve tomar a posição de vanguarda para despertar a consciência, a respeito das questões mais nobres da existência, passando a investir o tempo e a capacidades intelectiva nas ações do bem, para si e para a comunidade onde habitam, estimulando o despertar da consciência.
Trata-se de uma catarse, porquanto cedo ou tarde, cada um a seu tempo despertará do sono letárgico, onde imaginam os desatentos estarem dormindo em berços esplêndidos, como aqueles que ainda não tomaram consciência de que depois da noite, nasce o sol esplendoroso para iluminar todo o planeta.
Hoje, se permitem com a vida vazia e o prazer de uma aparência conquistada a qualquer preço, mas, logo mais, diante dos revezes e dificuldades, colocarão freio às irresponsabilidades, e provocarão reflexões sobre o significado maior da jornada terrena.
Assim, em verdade todos renascerão com o propósito maior de aprendizado e conquistas elevadas, considerando que a cada oportunidade de reencarnar é bendita para permitir a frequência na escola Terra, com o objetivo de aprender as lições ainda não conquistadas. Desse modo, para aqueles que se mantêm imaturos, que insistem em esquecer a proposta da vida, em momento oportuno serão despertados.
Sem dúvida. Em maior ou menor grau, isso acontece com todos os viajantes da felicidade, e, ninguém que se encontre sobre a Terra está livre de provações, que tragam aprendizado e enriquecimento pessoal. Dessa maneira, as vicissitudes das provas e os seus revezes, longe de se constituírem em castigo, são convites para o despertar da consciência. Trata-se de momentos para a reflexão a respeito dos valores transcendentais no comportamento dessa existência. Indiscutivelmente, a tomada de posição para os páramos celestiais, é o marco para as escolhas dos viajantes das estrelas, fator que conduzirá as experiências para obtenção da chancela destinada ao despertar da consciência.
Por óbvio, as criaturas que insistirem na permanência do mal e no erro, terão menos chance do acerto para a reflexão iluminada. Razoável pois, considerar-se ter os olhos despertos para ver e ouvidos de ouvir, os convites alvissareiros da vida que se renova na benção da misericórdia Divina.
Sedimentado nesses sentimentos, é indispensável deixar chegar a nova temporada de esperança e amor, permitindo que novo dia surja iluminando o espírito na caminhada em direção aos páramos celestiais, mediante a conduta que estimula o espírito imortal. Jamais se olvide de que os viajantes da felicidade, tem obrigação de estudar, trabalhar e interagir na sociedade para cumprir os seus desígnios, conscientes de que vale a pena viver o despertar da vida, porque o Divino Pastor asseverou que iria na frente para prepara o caminho para os seus irmãos.
Ponto finalizando, sob o fluxo da luz dessa retórica, é inegável que os filhos do Senhor do Universo, criados simples e ignorantes, consoantes os esclarecimentos da promessa do Nazareno assegurando que enviaria outro consolador, - Q. 115, 133 e 804 de “O Livro dos Espíritos” -, o alfarrábio que veio a lume no dia 18.04.1857, sinaliza que agora é a hora para qual os filhos do Eterno, podem e devem emularem-se para o despertar da consciência.
Desse modo, é chegado o momento para se realizar as tarefas com zelo e determinação, jamais escusar-se dos deveres, conscientes de que por menor que seja a obrigação, ou por insignificante que pareça o compromisso, cabe a cada filho do Altíssimo, dizer de si para consigo mesmo, estou realizando o meu melhor, anelando pacificar o meu espírito que tem sede de conhecimento e necessidade de evoluir em nome dos cânones do progresso.
Em síntese apertada, com esses sentimentos d’alma, extrai-se da missiva o convite para a tomada de posição no esforço para o despertar da consciência, depositando o ósculo em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, desejando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo Fraterno de sempre.
Jaime Facioli.