Queridos amigos fraternos.
Bom Dia.
Jesus sê conosco.
O amor na excelência da palavra.
Uma das mais belas páginas da história da humanidade, por onde quer que o homem moureje sempre encontrá o amor. O amor transforma as pessoas, o mundo e eleva o espírito aos altiplanos celestiais.
Nada há mais belo que o amor.
Infelizmente muitas pessoas ainda na consciência do sono, confundem a excelência dessa virtude com a paixão, o sexo e os desejos imediatos da satisfação do corpo físico. Na confusão que se faz com essa virtude, as pessoas acabam por cometerem os chamados crimes passionais, certos de que os seres humanos são seus objetos de prazer e que a posse lhes pertencem.
Oh ! Meu Deus que confusão fazemos.
O verbo possuir como o entendemos nada tem a ver com o amor. Quem ama entrega-se de corpo e alma. Liberta-se e liberta a outrem. Desalgema. Apreende a virtude da caridade na mais pura expressão de amor.
Mas, na vida prática o que fazemos ?
Vamos logo dizendo, "É minha mulher, meu filho, meu automóvel, minha casa", dando a tudo o que nos rodeia o sentido de posse e a posse tem sintonia com a egolatria.
O Amor é entrega, doação, liberdade. Ninguém é filho de ninguém, nem a esposa e os filhos são propriedades físicas de nenhum marido ou pai. Somos todos filhos da Divindade. Ele nos fez simples e ignorantes, mas irmãos uns dos outros segundo a prédica de Jesus de Nazaré.
Confundir sexo, paixão que anseia pelo corpo físico, com amor, será rebaixar o sentimento mais puro da alma, e constituirá em ledo engano. É verdade que o sexo é importante. Tanto assim é que ele é prazeroso, mas sua finalidade primordial é a procriação, fornecimento de corpos para auxiliar a Providência Divina na programação do Mundo de Provas e Expiações.
Há homens que não entendendo bem os mecanismos delicados da mulher, da sua necessidade de afeto, de receber durante o dia um gesto de afeição, deixam-se levar pela paixão, e, no momento da explosão do amor, satisfazem-se e depois dormem em berços esplendidos, entregue aos braços do Deus do Sono Morfeu da mitologia grega, sem se preocupar com a esposa, companheira que também carece da mesma energia relaxante e prazerosa alegria.
Entre outras causas, provavelmente essa foi uma delas porque Jesus de Nazaré ter asseverado que somos Deuses. Isso é, somos capazes de criar a vida no sentido físico.
Mas, o amor, essa virtude tão decantada em prosas e versos tem outro colorido.
Ama todo aquele que é paciencioso, que enfrenta as dissidências com serenidade. Ama aquele que diante de uma ofensa, sabe perdoar.
Veja-se o exemplo do Divino Galiléu.
Quando o assassinávamos no madeiro infame, no Monte Golgata, ele no estertorar de sua vida física, reuniu as últimas forças, levantou a cabeça para o céu e rogou para que o Pai Celestial que nos perdoassem pois não sabíamos o que fazíamos.
Ama aqueles que são tolerantes com os que estão em erro, em desalinho diante das provas que a vida oferece aqueles que são candidatos a felicidade.
Ama aquele que diante da dor, suporta as adversidades sem reclamar ou murmurar, ciente de que a vida tem um propósito e que a Divindade, na lição de Jesus de Nazaré, não deixa cair uma só folha da árvore sem que se tenha presciência dessa ocorrência.
O amor assim visto com os sentimentos do imo das almas, resulta na mais pura e sacrossanta caridade, porque tudo que lhe adorna constitui em essência o amor como expressão de vida.
Segundo Léon Denis, em seu memorável livro "O problema do ser, do Destino e da Dor", onde se dessedentam essas reflexões, pode-se afirmar que o amor é a celeste atração das almas e dos mundos, a potência divina que liga os Universos, os governa e fecunda.
O amor é o olhar de Deus.
A ardente paixão que atiça os desejos carnais, nada mais é do que uma imagem ou um grosseiro simulacro do amor.
O amor é o sentimento superior em que se fundem e se harmonizam todas as qualidades do coração, para o coroamento das virtudes humanas, da doçura, da caridade, da bondade. E a manifestação na alma como força geratriz que nos eleva acima da matéria, até alturas divinas, unindo todos os seres e despertando a felicidade íntima, afastando-se das volúpias terrestres.
Amar é sentir-se viver em todos e por todos, é consagrar-se ao sacrifício até à morte, em benefício de uma causa ou de um ser.
A melhor definição do amor, leva em consideração os grandes vultos da História da Humanidade, como o Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, Madre Thereza, Irmã Dulce, Francisco Cândido Xavier entre tantos arautos do bem, mas acima de todos, o Cristo de Deus, o amor encarnado por excelência, o modelo e guia da humanidade, segundo a questão nº 625 de "O livro dos Espíritos".
Lecionou ele: “Amai vossos inimigos”.
Por essas palavras, o Cristo não exige da nossa parte uma afeição que nos seja impossível, mas sim a ausência de todo o ódio, de todo o desejo de vingança, uma disposição sincera em ajudar nos momentos precisos aqueles que nos afligem, estendendo-lhes um pouco de auxílio.
O amor é profundo como o mar, infinito como o céu, e abraça todas as criaturas, pois Deus é sua gênese. Da mesma forma que o Sol se projeta, sem exclusões, sobre todas as coisas e reaquece a natureza inteira, assim também o amor Divino vivifica todas as almas, pois seus raios penetram as trevas do nosso egoísmo, para iluminar com clarões de luz os recônditos de cada coração humano.
Todos os seres se criaram para amar.
As partículas da sua moral, os germes do bem que em si repousam, fecundados pelo foco supremo da Consciência Cósmica, haverão de se expandir no tempo oportuno e florescer até se alcançar a reunião dos filhos de Deus numa única comunhão do amor, numa só festa da fraternidade universal.
O amor, entendido no nosso Orbe, se concebe como um sentimento, ou um impulso do ser conduzindo-o para outro ser com o desejo de unir-se a ele, sem que com isso se perca as infinitas formas do amor, das mais vulgares até as mais sublimes.
O princípio da vida universal, proporciona à alma, em suas manifestações mais elevadas e puras, a intensidade de radiação que aquece e vivifica tudo em volta de si e é por ele que se pode sentir estreitamente ligado ao Poder Divino, foco ardente de toda a vida, de todo o amor.
Por isso dizer que apesar do nosso livre pensar, Deus é amor e por amor criou os seus filhos associando-os as alegrias da sua obra, como amor sacrifício, haurindo nele a vida para dá-la às almas.
O amor é uma força inexaurível, renova-se sem cessar e enriquece ao mesmo tempo aquele que dá e aquele que recebe. É pelo amor, sol das almas, que Deus atua no mundo. Por ele atrai para si todos os pobres seres retardados nos antros da paixão, os Espíritos cativos na matéria; eleva-os e arrasta-os na espiral da ascensão infinita para os esplendores da luz e da liberdade.
O amor conjugal, o amor materno, o amor filial ou fraterno, o amor da pátria, da raça, da humanidade, são raios de luz do Amor Divino que abrange e penetra todos os seres, difundindo-se neles para desabrochar em múltiplas formas de florescências de amor.
O Amor Divino vai até às profundezas do abismo das vidas em desalinho infiltrando para clarear e acender nas consciências do sono, os seres rudimentares despertando a afeição à companheira e aos filhos, as primeiras claridades nesse meio do turbilhão do egoísmo fazendo nascer como a aurora indecisa uma promessa de uma vida mais elevada.
O amor é a reflexão do ser provocando no fundo da alma embrionária, os primeiros sinais do altruísmo, da piedade e da bondade, pois que atendendo a inexorável escala evolutiva, conhecerá o filho de Deus a brisa suave da felicidade, sensação de ventura que lhe será dado gozar na Terra, pois as sensações mais fortes e suaves que todas as alegrias físicas serão conhecidas somente das almas que sabem verdadeiramente amar.
Assim, devagar e lentamente, sob a influência e irradiação do amor, a alma se desenvolverá e engrandecerá, vendo-se alargar o círculo de suas sensações. Lentamente, o que nela não era senão paixão, desejo carnal, irá se depurando, transformando num sentimento nobre e desinteressado e a afeição a um só ou a alguns converter-se-á na afeição a todos, à família, à pátria, e a Humanidade.
Nesse sentir, a alma adquirirá a plenitude de seu desenvolvimento quando for capaz de compreender a vida celeste, que é toda amor, dela participar em plenitude.
O amor é mais forte do que o ódio, mais poderoso que a morte, por essa razão, se o Cristo foi o maior dos missionários e dos profetas, se tanto império teve sobre os homens, foi porque trazia em si um reflexo mais poderoso do Amor Divino.
O missionato do Divino Galiléu durou apenas três anos na vida pública, mas esse tempo foi o suficiente para a evangelização afim de que suas prédicas se estendesse a todas as nações.
Não foi pela ciência nem pela arte oratória que ele seduziu e cativou as multidões; foi pelo amor! Desde sua morte, seu amor ficou no mundo como um foco de luz sempre vivo, sempre ardente.
Por isso, apesar dos erros e faltas de seus representantes, apesar de tanto sangue derramado por eles, de tantas fogueiras acesas, de tantos véus estendidos sobre seu ensino, o Cristianismo continuou a ser a maior das religiões; disciplinou, moldou a alma humana, amansou a índole feroz dos bárbaros, arrancou raças inteiras à sensualidade ou à bestialidade, para conduzi-las ao amor.
Com esse ideário, nas proximidades da grande festa de natal que simboliza o amor do Divino Jardineiro pela humanidade, segue nosso ósculo depositado em seus corações, em nome da oblata da fraternidade, desejando um ótimo fim de semana na paz de Jesus de Nazaré.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli.