Os filhos da Providência Divina, aproveitando o ensejo das festas natalinas, máxime sob as luzes do evangelho do Divino Pastor, atrai os viajores para lançar um olhar na poeira do tempo, para ir até Ele, na letra do Evangelho Segundo Matheus, cap. XI, v. 28, 29 e 30 quando estabeleceu o Cristo Consolador:
“Vinde a mim, todos vós que sofreis e que estais sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós, e aprendei de mim que sou brando e humilde de coração e encontrareis o repouso de vossas almas; porque meu jugo é suave e meu fardo é leve”.
Sob os cânones desse convite do Divino Jardineiro, na época em que a humanidade comemora o seu natalício, revive-se as memórias das bem-aventuranças, suporte do amor para florescer em todas as latitudes do globo suas lições, destinadas a aproximação das criaturas na prática da excelência do amor fraterno, despertando-as do sono letárgico para realizarem ao próximo tudo o que desejaria que se lhe fizesse, conforme a prédica evangélica.
Desse modo, uns trocam presentes, outros, cartões de felicitações e incontáveis irmãos de caminhada abrem os guarda roupas, repartindo o que têm de “velho”, que é novo para o seu próximo, e em embrulho feito com carinho entrega aos mais necessitados com um abraço carinhoso, subindo os morros, as favelas das provas, onde se encontrem os entibiados a quem Jesus recomendou se recebesse como se fosse Ele. É, nesse sentir d’alma que a humanidade se dispõe à prática das virtudes que enobrecem a alma, mediante a Benevolência, o Perdão, a Paciência, a Resignação e a Caridade, bálsamo maior de amor unindo indistintamente os filhos da Consciência Cósmica.
Sintonizados no Mestre Jesus, aniversariante ilustre do mês de dezembro, nos registros da história, última fatia do ano que se despede para abrir novas esperanças e recomeçar o milagre da vida, não se olvide os distraídos que tropeçam nas pedras do caminho, que Ele recomendou que ninguém iria até o Pai se não fosse por intermédio Dele.
Com fulcro nessa causa, no estertorar no ano que se finda, se realizam as rogativas das criaturas ao Senhor a Vida, por intercessão do Divino Galileu, buscando nos recônditos do espírito os mais profundos sentimentos para dizer:
Oh! Pai, Deus de amor e bondade, dono do tempo e da eternidade, teu é o hoje e o amanhã o passado e o futuro, ao acabar mais um ano, queremos dizer obrigado por tudo aquilo que recebemos da tua Potestade; obrigado pela vida, pelo amor, pelas flores, pelo ar e pelo sol, pela alegria e pela dor, pelo o que foi possível realizar nesse ano que se finda, e pelas provas que ainda não logramos êxito.
Na condição de teus filhos, neste momento de solilóquio, te oferecemos tudo o que conseguimos realizar nesse ano que se finda, seja no trabalho probo desenvolvido, seja nas lições que a vida ofertou, doces ou amargas, todas foram caminho de aprendizado e preparação para construir os dias futuros do ano menino que vai nascer, na luz do nazareno, e sob suas lições, anelamos te apresentar os irmãos que ao longo deste ano que se estertora aprendemos a conviver, amar, e a perdoar, tanto como as amizades novas que cruzaram nossas estradas, ensejando acesso aos propósitos de crescimento em nome da Lei de Progresso.
Imbuídos nesses sentimentos, incluímos as pessoas que estão perto e aquelas a quem de alguma forma pudemos ajudar, seja pela palavra consoladora, seja pelo abraço fraterno ou pela ajuda material e também aquelas com quem compartilhamos a vida, o trabalho, a dor e a alegria, na existência bela, colorida e consentida.
Aproveitamos Senhor a ensancha para te pedir perdão; perdão pelo tempo perdido, pelo dinheiro quantas vezes malgasto, pelas palavras inúteis, perigosas quando não envenenadas contra os companheiros de jornada e o amor também desperdiçado. Perdão pelas obras vazias, pelo trabalho mal feito, perdão por viver sem entusiasmo, cedendo lugar ao complexo de culpa e a depressão ao olvidar a fé; perdão pela oração que aos poucos fomos adiando, e por todos nossos esquecimentos, descuidos e silêncios, novamente te pedimos perdão.
Neste memorável dia 25 que se aproxima, comemoramos o Natal, data magna da cristandade, e logo mais um Novo Ano cheio de venturas, o milagre da vida que se reinicia na jornada de teus filhos em direção aos altiplanos celestiais; bem por isso, paramos nossas provas diante do novo calendário que ainda não se iniciou e te apresentamos estes dias, que somente Tu sabes se chegaremos a vivê-los nesse planeta de provas e expiações.
Nesse sentir d’alma, apresentamos nossas rogativas, para nós, nossos parentes, amigos, adversários, inimigos e todos que estão entibiados, para que a paz, a alegria, a prudência, a lucidez e a sabedoria se instalem em nossos corações, na prédica do homem de Nazaré, amando-nos uns aos outros.
Desejamos viver cada dia com otimismo e bondade, levando a toda parte um coração cheio de compreensão e paz. Assim, rogamos Senhor, fecha nossos ouvidos a toda falsidade e nossos lábios a palavras mentirosas, egoístas ou que magoe e em seu lugar, abre nosso ser as preciosas lições do aniversariante em nome do amor. Que nossos espíritos estejam repletos de bênçãos para que as derramemos por onde passarmos, a fim de que, todos os candidatos à felicidade possam haurir a bondade, a alegria ao lado dos irmãos de jornada com quem compartilharmos o caminho da vida, encontrando neles um pouco de TI.
Senhor, conceda-nos um Ano Feliz, ensinando-nos a repartir a felicidade para sermos dignos de permanecer em tua presença sem nenhum poder, sem privilégios, sem honrarias, sem ídolos, consentindo que nosso espírito esteja em Ti em profunda adoração para que nada, absolutamente nada, altere nossa fé e perseverança nos teus desígnios. Finalmente, desejamos no imo de nossas almas, aquietar nossos corações em silêncio diante de Ti, Senhor do Universo, nosso Pai Celestial, até desaparecer em nós as desesperanças e somente ELE esteja conosco.
Com esses sentimentos d’alma, segue o nosso ósculo depositado em seus corações, com a hóstia da fraternidade universal, anelando tenham os amigos de todo o sempre, um final de semana de muita paz em nome do Divino Pastor.
Do amigo Fraterno de sempre,
Jaime Facioli