Está chegando o Novo Ano, motivo porque incontáveis criaturas do Divino, aguardam com ansiedade o nascimento e o despertar no calendário Gregoriano, ansiosos pelas novas ocasiões que virão repletas de esperanças, porquanto se diz que serão as oportunidades que assinalarão indelevelmente a nova etapa para a realização dos desejos não realizados no ano que passou, e que agora é o ano menino quem planta a esperança que nasce com redobrado vigor.
Sem dúvida, é o retorno dos filhos da Potestade, de volta à Universidade das Provas e expiações, para o reinicio da tão sonhada viagem, seja na realização do matrimônio para a constituição dos anelos acalentados com tanto amor.
Pode ser a benção da chegada de um herdeiro ou neto para iluminar o lar, a graça da recuperação da saúde debilitada, ou a continuidade da construção da casa de morada, quem sabe, a recuperação do ano de estudo, a aprovação de um concurso; são tantos os projetos que os corações enternecidos guardam, pela fé raciocinada e o amor ao próximo, como ensinou o arauto do bem, ao deixar gravado na história da humanidade luzes para iluminar os caminhos dos viajantes das estrelas até os esplendores celestes.
Oh! Sim. Não por outra razão se escreveu a história passada, nas pedras do tempo, a trajetória já vivida na plataforma que concedeu as experiências para o porvir, as quais se publicara oportunamente nos anais das histórias de nossas vidas, em nome da Lei do Progresso, ansiando por esse ano novinho, repleto de incontáveis realizações, sobre o manto da proteção do modelo e guia da humanidade, o Governador Planetário.
É o que está grafado na questão número 625 de “O Livro dos Espíritos”; venia concessa, parodiando suas prédicas, é justo afirmar que para o ano menino que se vive, o Divino Jardineiro asseverou que tudo o que o filho de Deus desejar, isso lhe será dado, batendo à porta que se abrirá ao necessitado, razão porque Jesus em sua prédica ensinou que tudo o que pedires ao Pai, em meu nome, Ele vos dará, segundo as imorredouras palavras do Divino Nazareno.
É cogente que nessas ocasiões, os logradouros se revestam de muitas festividades; são fogos de artifícios, verdadeiros shows de pirotecnia, músicas ruidosas, programações de todos os gêneros, ensejando mesmo as criaturas se empenharem nas comemorações do ano novo, assim considerando uma nova etapa que o Senhor da Vida, oferece aos seus filhos para realizarem um balanço do ano que passou, oportunizando aos seus eleitos, programarem um ano novinho de bons propósitos.
Sob o pálio do tempo novo, o relógio da Terra, na ampulheta que inicia o registro de trezentos e sessenta e cinco dias e seis horas, para se vencer nas novas chances, transfigura no momento de alegria, de confraternização, de lembrança dos amigos, dos afetos mais distantes e de honrá-los com o nosso pensamento ou a nossa presença, quem sabe com o abraço, ou mesmo a conversa virtual.
São incontáveis oportunidades em que se desfruta da alegria do sol, da generosidade do mar, neste imenso planeta que habitamos chamado Brasil, pátria do evangelho coração do mundo, na poesia de Humberto de Campos.
Por essa mesma razão, será oportuno, entre tantos abraços e comemorações, se recordar daqueles que entram o Novo Ano sem tantas oportunidades; da mesma sorte também lançar um olhar aqueles que se encontram nos hospitais, padecendo dores, num processo de recuperação da saúde, ou mesmo aqueloutros que simplesmente aguardam a visita da “morte” para um abraço de despedida uma vez cumprida sua missão, e com isso cessando as dores já enfrentadas e vencidas.
Nessa revista mental, para argamassar o ano novo que se recebe de presente do Eterno, é oportuno também recordar, os que não têm um lar para abriga-los, perambulam pelas ruas, pelas estradas, sem terem um porto seguro para chegar.
Oh! Meu Deus. Oxalá não se esqueçam os viajantes nesse ano novo, dos que que choram na ausência física de tantos amados que partiram, deixando uma imensa lacuna na alma, porque é nesse dia que a saudade se torna mais intensa ao recordar que há mães que têm seus filhos nas prisões, outros que enveredaram por caminhos estranhos, diferentes dos que elas haviam idealizado.
Que não se olvide os viajantes das estrelas, daqueles que se recolhe, nas estradas, hoje, o corpo de um ser amado, colhido pela “infelicidade” de um acidente, cumprindo o resgate do pretérito. Igualmente, é oportuno não se esquecer de quem se encontra só e se pergunta se um dia encontrará uma alma querida que o ampare, o aconchegue, lhe dê carinho, ou dos que vivem na inconsciência de si mesmos, sem terem noção do ano novo que já começou e se adianta cada dia que passa.
Vale recordar nesse ensejo, das mães que conduzem filhos deficientes, anelando intensamente que eles lhes pudessem sorrir, uma vez que fosse, ou tomar da mão e andar com elas, ao menos alguns passos, enfim, são tantos os que padecem fome de pão, sede de justiça e amparo.
É desse modo, que os irmãos de caminhadas podem festejarem a belíssima oportunidade do ano menino que está nascendo, repleto de energia para as novas realizações, os novos projetos e as alegrias que já se viveu no ano que se passou e agora se despede.
Nessa ensancha, sob outra roupagem, se permite envolver esses entes queridos, para rogar aos céus por nós e por eles, para que o Novo Ano lhes traga conforto ao coração, ânimo para a continuidade das lutas, esperança de que os sonhos haverão de se realizarem com as mãos estendidas ao alto, trabalhando com o reto proceder, ansiando alcançar à porta da felicidade, afim de bater, aguardando que ela se abra com a esperança de que todos os pedidos encaminhados, sejam atendidos tal qual a proposta do Governador Planetário prometeu.
Sob o pálio desses anelos, que brilhe a vossa luz, como estabeleceu o Divino Jardineiro, brilhando também os céus do planeta chamado de Terra, por todos os rincões, espocando luzes de alegria e amor num espetáculo jamais visto de pirotecnia, onde o amor seja a chama que jamais se extinguirá, iluminando o novo ano, com a benção da esperança.
Desse modo, ao se abrirem as portas para se atender os pleitos dos filhos do Eterno, há a certeza de que o Pai Celestial cuida de todas as suas criaturas, por menores que sejam; por isso, é absolutamente crível se entender que nada obstante, ainda que em duras provas necessárias ao desenvolvimento do ser humano, em direção aos páramos celestiais, é Ele quem manda o recado aos seus filhos para que não esmoreçam, pois D’ele é o Reino dos Céus e nada, absolutamente nada irá impedir o progresso de Suas criaturas na marcha de ascensão em direção aos esplendores celestes.
O apólogo em exame também procura aprofundar o bisturi do conhecimento para parafrasear as mensagens inarticuladas do Supremo, afim de que quando os vendavais soçobrarem pondo em risco a embarcação, tal como ocorreu com os discípulos do Mestre, quando eles lutavam contra o medo e a dúvida, Pedro remava com esforço, tentando ver através da escuridão da noite, um ponto de luz no horizonte; foi quando um brilho, ainda que fraco, indicava que iria amanhecer.
Sob essa retórica, com os músculos, as costas e ombros cansados, ardendo da longa jornada no remo da existência, com o vento rebelde despenteando seus cabelos e agitando violentamente o mar da Galileia, provocava as ondas a rebentarem contra a proa do barco de pesca, em quase desfalecimento, Pedro sentia a água fria mantendo a esperança.
Sob esses escolhos, Pedro continuou remando, lutando o bom combate, como agora é a hora de se lutar para os novos projetos do homem probo em direção aos altiplanos celestiais. Assim, entre as promessas, as alegrias, os festejos e os fogos que embelezam as noites da terra, permitamos também que os corações em lua cheia brilhem no céu interior de cada candidato à felicidade, tal como quando os discípulos do homem de Nazaré, partiram e mergulhavam lentamente em direção ao horizonte, indo a custo para frente como se fosse na matroca, navegando apenas alguns quilômetros, por causa do cansaço e dos fortes vendavais, mas conscientes de que tudo que pedisse o Pai Celestial Ele daria.
O link é verdadeiro, hoje também os viajantes da almejada felicidade têm suas dificuldades a vencer, suas dúvidas a esclarecerem, suas inquietações e suas desesperanças a serem domadas, mas nem por isso estão ao desemparo da Potestade e podem bater à porta e pedir o que desejar ao Eterno nesse ano novo que se inicia em nova oportunidade de transitar pelas avenidas da felicidade.
Desse modo, tal como O Divino Arauto do Bem fez com Pedro, enaltecendo suas qualidades e o protegendo, o Pai Celestial também protege e oferece sua mensagem diariamente os filhos para que não esmoreçam diante da luta do bom combate, mas batam à sua porta, também nesse ano novo, pois o recado do Pai Celestial de ano novo é o de que não faltará aos seus filhos em dor pungente, ou na alegria dos fogos que comemoram a vida, bela, colorida e consentida., nada, absolutamente nada do que necessitarem para a sua evolução.
Com essas reflexões, segue o ósculo depositado em seus corações com a oblatada da fraternidade, desejando feliz ano novo, em nome do Senhor da Vida e de seu arauto do amor por excelência, Jesus de Nazaré.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli