Uma das questões que permanece na atual fase evolutiva para ser vencida pelos filhos da Providência Divina, com honrosas exceções, é sem dúvida a falta de agradecimento pelas bênçãos que chegam a mancheias a toda hora. As criaturas, todos os dias, recebem através dos companheiros de jornada da vida, na liça do trabalho, no reduto sagrado do lar, na saúde física e mental incontáveis bênçãos quando se vê com o olhar sereno a natureza se renovando com o sol iluminando o planeta de provas e expiações na abóbada celeste de incomparável beleza.
Com esses sentimentos, é de vivo interesse aos candidatos à felicidade, à luz do ideário do arauto do bem, o espírito de Meimei, pela psicografia de inesquecível Francisco Cândido Xavier, inserta no livro Amizade, lição n. 2, página 20, não olvidar jamais de agradecer as mãos que constroem a existência.
São as mãos que decoram com as tintas da alegria e da esperança a vida bela, colorida e consentida, e da mesma sorte, em nome da compreensão e entendimento ao ser personalíssimo, os filhos da Potestade devem endereçar seus lhanozos pensamentos de gratidão as criaturas desalinhadas, que vez por outra ferem os sentimentos mais íntimos d’alma, com os acúleos da incompreensão e da ingratidão, porquanto nesse proceder obnubilado dos irmãos em dissintonia, há sempre um mestre ensinando a preciosa lição para se conviver e servir em nome do amor celeste.
Deve-se, pois, agradecer ao sol que logo as primeiras horas da manhã oferece um espetáculo de raro esplendor a uma plateia que se encontra no sono letárgico sem ter despertado para a vida em plenitude. Oh! Sim, distendendo os agradecimentos anelados pelos corações amorosos, declare em alto e bom som, o obrigado às criaturas que se esforçam em busca de servir na seara da caridade, ofertando seu contributo aos que vêm na retaguarda, tateando em busca do caminho e da luz.
Para esse mister, é bem proceder servir nos hospitais, nos asilos, ou as crianças desprovidas do afeto familiar, espalhando partículas de amor, de tal forma que esse comportamento seja uma obra de filantropia a ser seguida em nome do Mestre Jesus, porque essa escolha de direção embala os anseios dos que trabalham para terem puros os corações, como recomendou o Divino Pastor, e traz ínsito os hinos da paz e amor que inspiram as realizações pulcras d’alma.
É dever dos filhos do Criador, agradecerem àqueles que proporcionam aos necessitados a mesa farta, dando lições de que a fartura que chega é uma benção convidando os beneficiários, a não recusar a outrem o que a incúria tenha num passado remoto sonegado, os recursos de qualquer natureza, àqueles que batem à porta em busca do pão que alimenta ou da palavra que consola, apoia e ampara os viajores nas tempestades das provas ou expiações.
No campo da gratidão, não esquecer de agradecer aos irmãos que reconhecem a nobreza de sentimentos, louvando o trabalho, todavia, conscientes de que a mão esquerda não pode e não deve permitir que a mão direita saiba o que se faz, sem, contudo, olvidar o apreço que se deve àqueles outros que não nutrem simpatia com esse trabalho, pois ao contrário, cabe ao esclarecido, auxiliar aos desavisados a descobrirem os tesouros da humildade e da tolerância.
A propósito do tema em apreço, objetivando dar-lhe vida colorida, conforme ensina o venerando espírito Joanna de ngelis, ora por paráfrase, um pedaço de carbono sumido no monturo pediu a Deus o levasse para a superfície da Terra, a fim de ser útil. O Senhor do Universo ouviu-lhe a súplica e determinou fosse ele detido no subsolo para a devida maturação.
O minério humilde aceitou e permaneceu na clausura, por séculos, suportando a química da natureza com o assalto constante dos vermes que habitavam o chão. Todavia, chegou, por fim, o tempo em que o Criador mandou arrancá-lo para atender-lhe aos ideais. Instrumentos de perfuração exumaram-no a golpes desapiedados e o lapidário cortou-lhe o corpo, de vários modos, em minucioso burilamento, mas quando o carbono sublimado surgiu por completo aos olhos do mundo, Deus o havia transformado no brilhante, que passou a brilhar entre os homens, a semelhança de uma flor do arco-íris com o fulgor das estrelas.
Desse modo, sob o pálio dessa dialética, pode-se asseverar que uma das dificuldades do ser humano quando moureja no lado escuro da vida é a ausência do sentimento de gratidão que lhe chegam todos os dias para despertar o colorido da vida, pois ser filho da Divindade é ser Herdeiro do Universo, o que não é pouca coisa e deve repletar o coração das criaturas pela existência bela, colorida e consentida.
Nesse sentir, lamenta-se que se cometa crimes contra as leis divinas, expressando-se no suicídio, no furto, no roubo, na insinceridade, na mentira, e todos os desalinhos do reto proceder, que entibiam àqueles que estão obnubilados dos sentimentos no imo da alma, ao deixarem de lado os valores sublimes do espírito.
Com fulcro nessas premissas, não será lícito às criaturas desperdiçarem as oportunidades concedidas pelo Senhor da Vida, para viverem felizes, aproveitarem a bendita chance desta reencarnação, colocando na existência o suave perfume do Divino Jardineiro, celebrando a vida através da gratidão e do respeito às Leis Divinas, vivendo sob o a proteção do fardo leve e jugo suave do homem de Nazaré e do manto sagrado da mãe Maria Santíssima.
Sob o fluxo desse ideário, há sempre motivo para externar gratidão ao Pai Celestial pelas graças que ofertou no ano que se findou e no ano que agora se inicia, da mesma sorte, é dever do coração agradecido, dar graças pelo sol recebido ou da chuva que saneou a atmosfera; agradecimento à família abençoada, nada obstante as queixas dos menos avisados, porquanto as famílias são compostas na exata medida das necessidades de cada filho da Potestade.
Não há também de se esquecer de dizer obrigado pelo trabalho honesto que garante o sustento, a saúde ou a doença que ensina a viver com resignação, pois tudo é motivo para a gratidão, máxime o irmão maior, Jesus de Nazaré, Governador do planeta Terra, recordando o seu inegável amor pelas criaturas em constante evolução para em breve porvir se chegar aos Esplendores Celestes.
Em síntese apertada, toda graça recebida se constitui benção para a vida, motivo de alegria e satisfação, ainda que haja na estrada a ser percorrida espinhos que necessitam serem suportados e calhaus a serem removidos pela fé sincera e confiança no Senhor do Universo. O mundo, apesar dos tropeços das provas, vai bem obrigado e o ano novo que se inicia está repleto de esperanças. Serão novas oportunidades. Novas chances, aonde os que mais necessitam de novas experiências, agora mais maduros e melhores preparados para cumprirem retamente os deveres assumidos na pátria espiritual, estão prontos para o bom combate.
Valerá a pena viver com alegria o ano que se inicia em 2021. Cada dia que passar, terá novos desafios, novas oportunidades de melhora, de reforma íntima, de reflexão e de aprimoramento, para atingir a felicidade, destino dos filhos de Deus. Os minutos sucederão as horas, os dias sucederão os meses, e os meses sucederão o ano que vai se vivendo e cada um deles, convida o viajor a reflexão dos atos e das atitudes escorreitas.
Por essa razão não será lícito a nenhum dos filhos da Providência Divina desperdiçar as chances que receber todos os dias, todas as horas e todos os minutos. Em verdade, caberá a cada um em particular a responsabilidade de levar a vida, os dias e os minutos, como se fossem uma página de um livro em branco para ser escrito em definitivo. Não dá mais para se utilizar do instrumento do rascunho da vida, deixando para lá os projetos lhanozos, na esperança de que sempre haverá tempo para depois passar os atos a limpo. O tempo passa depressa e não volta mais. É preciso fazer o nosso melhor, hoje e agora. A felicidade se vive no presente, não no passado ou no futuro. Agora é a hora.
Com essas reflexões, recebam as congratulações pelas amargas provas do ano de 2020 que se foi, e do ano 2021 que se inicia repleto de esperanças, saúde e paz, junto ao ósculo depositado em seus corações em nome da oblata da fraternidade, com votos de um ótimo fim de semana.
Próspero Ano Novo.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli