Yeshua é também o nome do Divino Jardineiro, utilizado naqueles tempos, extraído do termo da raiz hebraica que significa a salvação; o nome considerado por estudiosos é o original de Jesus Cristo escrito em hebraico, nada obstante exista sobre a interpretação, divergências porquanto o peregrino falava na terra onde habitava, o aramaico, língua pobre em predicados, quiçá razão também para o emprego das parábolas uma vez que nessas há abundância de alegorias, possibilitando a melhor compreensão de suas lições, na medida em que cada criatura aprendia segundo o seu grau de evolução, o mesmo texto moral ensinado.
Ah, Sim. Foi o Raboni quem valendo-se dessa pedagogia, para melhor chegar aos corações de seus irmãos menores, ensinou assim a lição amorosa, aproximando as criaturas ao aconchego da expressão de Pai que estás no céu, como consta na sublime oração do Pai Nosso, oferecendo destarte uma dimensão de melhor compreensão entre o Criador e as Criaturas.
É vero. Todos os viajantes das estrelas, são filhos do mesmo Pai Celeste que está no céu, portanto suas criaturas, consoantes as questões 115, 133, e 804 de “O Livro dos Espíritos”, onde se constata que incontáveis desses herdeiros do universo que transitam pelo imenso mundo chamado Terra, estão na casa do Pai, onde tem muitas moradas.
Decorre dessa gênese ser imensa a diversidade dos pensamentos, e das culturas dos quase oito bilhões de criaturas que habitam este bendito planeta, em regra geral, sem que essa seja a causa única, mas também em razão dessas diferenças, há conflitos, ainda que paradoxalmente da mesma origem, claro, criados em momentos diversos, pensam de modo distintos, tanto com a evolução de cada um, resulta para o aprendizado do amor motivo porque empreendem constantes batalhas verbais e armadas, senão verdadeiras guerras chamadas religiosas.
A ninguém, nos dias atuais, desconhece que o Criador é Onipotente, Onisciente e Onipresente, e conforme as lições do Divino Rabi da Galileia, o Pai não estabeleceu nenhuma religião, e nem Ele, seu enviado estabeleceu qualquer religião nos seus ensinos, como caminho para religar a criatura ao criador, senão o amor em plenitude.
De fato, sendo o Eterno, Pai amoroso e bom, é compreensível que cada um de Seus filhos, em essência, carreguem a paternidade do Divino, e por consequência sabem que cada um deles se situa em um ponto específico de sua evolução, e assim oferecem a Consciência Cósmica as homenagens da forma que lhes falem mais ao coração amoroso evoluído na senda do bem. O Altíssimo, a todos atende, independentemente se oram num templo luxuoso, no alto de uma montanha, à beira de um muro em ruínas, ou na intimidade de um pequeno cômodo.
Não foi outro o motivo pelo qual Jesus, ao ser indagado pela mulher da Samaria, acerca do local mais adequado para se orar a Deus, recebeu a grande lição. Trata-se da lição que atravessou os séculos, mas que se lamenta ainda não a ter compreendido adequadamente, originando as incontáveis seitas que pretende a hegemonia do Senhor do Universo.
Oh! Sim. Deus na lição da mulher da Samaria, deve ser adorado em Espírito e Verdade, no altar do coração. Por isso, não importa estar vestindo branco, azul, verde ou amarelo, ou se as vestes que abrigam o corpo físico, são brilhantes, escuras ou douradas ou que se deve pular sete ondas no “réveillon”, o que importa é o sentimento, é o diálogo íntimo entre a criatura e o Criador.
É cogente o diálogo que ecoe pelo infinito, ressoando entre as estrelas, para repercutir no Universo e chegar ao pai, que Onipresente responde na acústica da alma de seus filhos. A propósito dessa realidade, conta-se que certo dia, um jovem chegou à Abadia das Sete Dores de Latroun, no caminho de Tel Aviv, e, sentiu uma sensação incomparável ao adentrar no lugar de fé e paz, a menos de cinco quilômetros do acampamento onde lhe ensinavam a matar e destruir.
Percebeu o canto dos monges, monocórdico e repetitivo, parecendo elevar-se em direção aos céus como uma interminável oferenda. Em seu conceito, chocou-se, porque tinha consigo o conceito de que orar era um ato solitário e silencioso, estranhando aquelas preces praticadas em comum e em voz alta. Intimamente, espicaçado, deu-se conta de não pôde se furtar a um questionamento aqueles filhos do Pai Celestial e o fez com a intenção de se esclarecer assim pondo suas dúvidas:
Esse matraquear não transformará a devoção em um insípido estribilho? Um abade experiente, ao apercebendo-lhes a estranheza lhe disse: O importante, meu filho, é, a cada um desses momentos de oração conjunta, se destacar um versículo. Não importa qual seja. Por exemplo, “Escuta ó, Senhor, o grito dos infelizes. Ou, “Ó, Deus, dá a Teus filhos alegria e esperança”.
Desse modo, mesmo continuando a recitar a prece comum, imaginar Jesus dizendo as mesmas palavras e, em uníssono outros milhões de outros homens louvando o Pai Celestial com a mesma fé. Em verdade, deve-se procurar as realidades de hoje, às quais as palavras correspondem, porque assim a oração se tornará intensa.
Inegável desse modo, aprender a respeitar todas as manifestações de caráter religioso, as formas diferentes das pessoas se dirigirem ao Criador, sem que esse proceder no cristianismo, iniba de seguir o doce rabi da galileia, pronunciando com toda a emoção d’alma o Pai nosso, que estais nos céus. Santificado seja o vosso nome.
No pródromo da análise da paternidade de todas as criaturas, é indispensável examinar-se sob a ótica da ciência da observação, para se constatar no imo d’alma o desalinho de uma parcela dos irmãos de caminhada, sob diferentes aspectos das religiões, em trânsito pelas veredas da existência das provas e expiações, que não se permitem as prerrogativas de uma análise das realidades e circunstâncias a que todas as criaturas estão sujeitas, de sorte a aprofundarem o bisturi do conhecimento sobre o tema em apreço, emulando-se na análise do objetivo das religiões e da paternidade do Senhor da Vida com o sentido da vida, sempre bela, colorida e consentida.
À semelhança desses amigos incompreensivos, encontramos pessoas, que em razão das diferenças de pensamentos e das palavras, entram em contenda e empreendem constantes batalhas verbais e armadas, senão verdadeiras guerras chamadas religiosas. Trata-se de pessoas que não admitem desânimos ante as lutas, esquecendo-se que os desaires são benditos momentos para oferecer o ombro amigo, praticando a caridade em nome dos irmãos que se encontram no mesmo carreiro da evolução. Nessa reflexão, é importante meditar que as criaturas são filhas do Altíssimo, se encontrando em trânsito sobre esta Terra, em busca da felicidade.
Sem contradita, entender-se a necessidade de saber que a morte de um ser amado, a enfermidade de quem queremos bem, a falta de recursos financeiros para as necessidades cotidianas, são apenas oportunidades de expansão dos sentimentos para a comunhão com o Eterno. Assim procedendo, se realiza a oração com emoção, com confiança e amor no Pai Nosso, ensejando pedir, tanto como bater à sua porta, a fim de louvar, com os sentimentos profundos d’alma, gritando alto e em bom som, a gratidão ao Eterno, em qualquer idioma ou modo, contanto que se eleve a criatura ao Criador, até aos páramos celestiais, onde será recepcionada a o pedido do filho que pede.
Oh! Pai que está no céu. As lágrimas benditas de seus filhos faz brotar estrelas no céu do olhar de que confia na Tua Potestade. Benditas são as dores e as alegria que convida a buscá-Lo nos esplendores celestes. Maria Santíssima, a doce mãe de Jesus, ao ver seu filho sofrendo na cruz, derramou lágrimas e os amigos que O viram partir, choraram.
Não se permita entibiar os sentimentos. Importante é admiti-los e administrá-los. Tristeza é passageira, um punhal da dor cravado no próprio peito, tanto como um desalento pelo cansaço das lutas constantes, que em verdade não representa nada mais que uma ferramenta para revitalizar as forças. O convite das provas é erguer a cabeça e continuar na luta do bom combate conforme a proposta de Paulo de Tarso.
A dor faz parte das provas e convida as criaturas em qualquer religião ou credo a dobrar os joelhos e rogar as bênçãos que acalentam as almas nas provas de elevação moral em direção a felicidade. Anote-se, pois, que toda graça recebida se constitui sentido para a vida, e motivo de alegria e satisfação, ainda que haja na estrada a ser percorrida, acúleos que necessitam ser suportados ou retirados pela fé sincera e a confiança no Senhor do Universo.
Com essas reflexões, enviamos nosso ósculo depositado em seus corações em nome da oblata da fraternidade, com votos de um ótimo fim de semana.
Do amigo fraterno de sempre.
Jaime Facioli