Todos os filhos do Altíssimo, na extraordinária viagem que realizam, objetivando atender os cânones da Lei de Evolução e de Progresso, invariavelmente buscam bem compreender a virtude da fé raciocinada, mantendo-se no carreiro da existência física, para fazer brilhar a esperança em homenagem à vida, sempre bela, colorida e consentida.
Nessa exegese, sabe-se que a fé é de difícil compreensão aos viajantes das estrelas, porque, trata-se de um sentimento abstrato, razão e causa dos estudiosos do tema utilizam-se, em tese, apenas das propostas conhecidas na matéria, como os cinco sentidos do corpo físico conhecidos, como o olfato, a degustação, a audição, a visão e o aroma, ferramentas que oferecem maior intimidade para compreensão do tema sub-oculis, enquanto a fé raciocinada implica no exercício da razão, na utilização da mais pura justiça que é livre arbítrio com lastro no sentimento transcendental, e na análise do ser eveterno, o espírito.
Sob o fluxo desses prolegômenos, homenageia-se a vida para dizer que há voz que encanta aqueles que estão no palco da existência, os que se emocionam com tudo que o existe no universo do Eterno, atraindo as multidões para a sinfonia dos pardais, os concertos dos músicos que traduzem os sentimentos d’alma, os shows da natureza, mesmo aqueles que não veem o pincel mágico do Pai Celeste, embelezando as flores, os pássaros do campo, ou na exuberância dos lírios que brotam no pântano.
A apoteose das bênçãos Divinas é um presente do Pai Celeste aos seus herdeiros, oferecendo o brilho das estrelas que emolduram o sol com a luz rutilante, encantando os viajores, para iluminar as noites com as estrelas, bordando de renda o manto da escuridão como se fossem lanternas em festas nas noites dos reis, de sorte a selar a presença do Altíssimo, no esplendoroso planeta de provas e expiações, sob o aplauso daqueles que sentem, veem e sorriem de alegria diante da Onipotência, Onisciência e Onipresença do Senhor do Universo.
Todas as criaturas em trânsito pela luz que ilumina, sinalizando a direção dos páramos celestiais, merecem ser tratadas como as devidas homenagens à vida concedida pela Potestade, porque, nos momentos de dores, de provas e desarmonia, há que se persistir na esperança de dias sempre melhores, porque o Pai Celeste não coloca fardos mais pesados nas costas de seus filhos, senão aqueles que possam suportar.
Desse modo, não faz muito tempo, conforme anota-se nos anais da história, realizou-se uma “Live” na Catedral de Milão, sem a presença dos amantes das melodias, diante das recomendações das autoridades sanitárias: para que o acontecimento não perdesse o brilho da viagem da vida, a melodia foi batizada em homenagem à realidade da vida, com o nome de: “ Musica pela Esperança. ”
A música se traduz na esperança de que o mundo melhore, considerando que logo ali adiante, se estará no mundo de regeneração, onde as pessoas estarão mais felizes, diante da evolução e do progresso realizado em nome da fé raciocinada e da bondade do Pai eterno.
Presentemente, os viajantes da felicidade, que estão encarnados, desfraldam as bandeiras multicolores de todo o mundo, transitando pelo planeta chamado Terra, persistindo, na fé e na esperança, enquanto ouvem a melodiosa prece à mãe de Jesus, na inesquecível Ave, Maria, de sorte que os que estão no caminho da proposta dessa epístola, já se habituaram a aplaudir a vida sempre bela, colorida e consentida.
É, pois, cogente na intenção dessa pena, transcrita com a emoção do momento, enriquecer o opúsculo com os fatos ocorridos na entrevista concedida a um canal de televisão, quando a então parturiente Edi Aringhieri, no programa “Domenica In”, transmitido pelo Canal RAI, consoante consulta nos anais da historiografia e na biografia do notável maestro e compositor Andrea Bocelli, esclarecem que:
Naquele momento, sua mãe revelou que os médicos a recomendaram abortar. Oportunamente, seu próprio filho Andrea, assistindo essa entrevista em um vídeo, narra que sua mãe chegou ao hospital com fortes dores no ventre, decorrentes de uma apendicite, mas em razão de aplicação de gelo sobre o abdômen, constataram os facultativos, tratar-se de uma doença congênita, assegurando que a criança nasceria com esse estigma, razão porque, aconselharam abortar. Apesar da recomendação clínica, a amorosa mãe optou por preservar a vida da criança, nada obstante o vaticino clínico ter-se realizado, nascendo o rebento com glaucoma.
No carreiro dessa preciosa vida que nasceu sobre um estigma, quando o descendente contava com 12 anos, ocorreu a perda total da visão, em decorrência de sofrer um golpe na cabeça, num jogo de futebol. Ah, a vida tem seus mistérios, como anota William Shakespeare, poeta inglês, na sua célebre filosofia, de que “entre a terra e o céu há mais mistérios do que sonha a vã filosofia”.
Oh! Sim. O relato em comento, refere-se à vida do inolvidável cantor italiano Andrea Bocelli tenor, compositor e produtor musical, que apesar dos pesares, confiou na vida e com fé, persistência e esperança, utilizou a virtude da gratidão à sua mãe por ter nascido. Esse gesto de gratidão foi tão comovente que surpreendeu sua mãezinha, de sorte que o tenor italiano foi o motivo da então jovem progenitora, ter inserido em seu roteiro de sua existência, a partir daquele momento a luta a favor da vida, conforme pontuou na entrevista de amor mencionada alhures, para que o fato servisse de encorajamento a outras mulheres que pudessem vir a se encontrar em situação semelhante, preservando a vida que é de Deus.
Nesse contexto, que não se olvidem os demais viajores da nave espacial chamada Terra, a gratidão dele poder ter vindo ao mundo de provas e expiações. Essa também é a gratidão dos demais irmãos de caminhada, àquela jovem esposa que optou pela vida, trazendo ao mundo o tenor, compositor e produtor italiano, sem o que se teria perdido a bela voz ao deixar o mundo órfão de sua presença.
A vida é assim. Tudo tem um propósito, e, enquanto as criaturas são apenas um embrião, de um feto, quem poderá conjecturar qual será nos planos da Divindade? Qual será a contribuição que se pode oferecer ao mundo para iluminar o caminho do progresso, consciente de que os planos do Eterno, são para todo o sempre, convidando aos viajantes das estrelas a manterem viva a fé, a persistência e a esperança, esperança essa que se traduz na confiança de que o Senhor da vida sabe o que faz, em síntese apertada, Ele é onipotente, onipresente e onisciente.
Ora, sim, quando iniciamos a grande viagem ao mundo de provas e expiações, merece considerar, ser crível que tenhamos vindo com a missão de encantar a plateia dessa existência, podendo vir para encantá-la com a arte musical, com nossos discursos destinados os governos com a intenção de bem administrar os recursos a benefício do povo, ou com poemas que enriquecem à vida, quiçá ser alguém que reformule conceitos na arquitetura na engenharia e outros.
Sem prejuízo dessas opções, pode-se alcançar a láurea de ser um embaixador da paz, como se tem a alegria de ter entre o povo do Brasil, querida pátria do evangelho, coração do mundo, na linguagem poética de Humberto de Campos, o Embaixador da Paz, na figura terna de Divaldo Pereira Franco, assim reconhecido pela ONU, organização das Nações Unidas, senão um cientista que realize descobertas nas áreas das ciências, trazendo vacinas para aliviar as dores das provas, como Albert Bruce Sabin, pesquisador médico, que desenvolveu a vacina oral contra a poliomielite, e a quem o mundo rende sua gratidão, por ter erradicado a doença.
Do mesmo modo, qualquer criatura do Senhor do Universo, que contribua revolucionando tratamentos de doenças graves ou trabalhando pela melhora e avanço da sociedade civil organizada, enfim, um personagem anônimo servindo no front da enfermidade, lutando contra a morte, por seus pacientes, ou ser, simplesmente, um homem ou uma mulher de bem, fazendo a diferença no mundo.
Sem dúvida, é sob esse espeque que as criaturas do Altíssimo almejam ter a fé raciocinada, a persistência tenaz e a virtude da esperança, para ofertar ao mundo filhos educados, trabalhadores, persistentes, batalhadores sem trégua, obstinados com os projetos da vida, destinados a tornar melhor este abençoado planeta chamado Terra, porquanto a vida merece as homenagens do justos e puros de coração.
Com esses sentimentos d’alma, segue o ósculo depositado em seus corações com a oblata da fraternidade universal, anelando tenhamos um ótimo fim de semana em nome do Amigo Celeste Jesus de Nazaré.
Jaime Facioli