Na imensa viagem existencial, a criatura humana atenta à ciência da observação, busca com sofreguidão encontrar as joias mais preciosas que toquem os seus sentidos materiais, encantando-se por exemplo, com os diamantes, as esmeraldas, o ouro, os brilhantes de qualquer natureza que possam ser encontrados nas jazidas minerais encravadas nas riquezas da terra, e, na sofreguidão que as dominam, não se dão conta dos tesouros do coração, inscritos nos cânones das Leis Celestiais consignados nas 10 Leis Pétreas da Divindade, iluminando os caminhos aurifulgente até os páramos celestiais.
Essa é a baliza para os viajantes das estrelas lançarem suas naves no cosmos, com as suas redes, na escuridão do infinito em busca das estrelas aurifulgente, tesouro imperdível, joia preciosa capaz de conduzir os corações puros até o seu destino nos esplendores celestes.
As dificuldades vivenciadas precisam de soluções urgentes no cenário da existência, tanto como os esfaimados precisam do alimento do corpo para manterem-se na arena das provas. Onde encontrar as pedras preciosas, tesouros mantenedores das forças vitais para o bom combate, eis a questão que espicaça os viajores nos barcos da vida em busca de saciar a fome e matar a sede?
O observador atento, conectado na ciência da observação, está ciente que o mundo por onde transita é de provas e expiações; por isso, não olvida que a arena existencial é o lugar dos grandes embates para a realização das provas na universidade da existência, escola de aprendizado, resgate ou reformatório. De qualquer forma para a criatura se manutenir é preciso alimentar o corpo e a alma.
Nesses prolegômenos, cogente é se buscar a pedra mais preciosa no caminho da verdade e da vida, razão mais do que suficiente para se reconhecer Jesus de Nazaré, o missionário do amor, como a luz aurifulgente que preparou o caminho dos entibiados, servindo de modelo e guia para a humanidade.
Desse modo, para sedimentar a retórica do opúsculo, a pena pede licença para servir-se das lições evangélicas de Yehoshua, usando a palavra escrita com a emoção do momento, anelando relatar com fidelidade as ocorrências em apreço, numa das aparições de Jesus aos seus discípulos, no mar de Tiberíades, conhecido como lago de Genesaré, no episódio que se tornou conhecido como a pesca maravilhosa.
Juntos se encontravam Simão Pedro, Tomé, Natanael, os filhos de Zebedeu e outros que tinham saídos para pescarem, nada obstante, aquela noite foi infrutífera e nada pescaram. Ao raiar do dia, viram um homem na praia que, num primeiro momento, não foi reconhecido pelos pescadores, mas, tratava-se do Mestre que lhes perguntou calmamente:
“Filhos, acaso tendes algo para comer”? Os esfaimados responderam que não, e o Mestre disse-lhes então, “lançai a rede para a banda direita do barco e encontrareis”. Os pescadores assim o fizeram, prontamente atendendo a sugestão, como aqueles que necessitam do alimento e estão de boa-fé.
Oh! Meu Deus. Descreve o episódio evangélico em comento, que ao puxarem as redes, perceberam que estavam muito pesadas devido à enorme quantidade de peixes, momento esse que um deles disse: “É o Senhor”! E foram ao Seu encontro.
Nesse considerando, cabe anotar que na raiz de todo acontecimento há um propósito. No caso da mensagem sub-oculis, o propósito é o de extrair da lição em apreço uma reflexão atenta aos acontecimentos transatos, um significado educador no ponto central dos discursos do arauto do amor na sua pedagogia das parábolas e alegorias, sem prejuízo de se admitir, que sob a mesma perceptiva outros profitentes do tema possam encontrarem outras pedras preciosas.
Desse modo, a mensagem em tela, anota que os discípulos que passavam tempo sem fim ao lado do Mestre, com Ele convivendo na ágape da felicidade, desfrutando da companhia iluminada e transformadora do Divino Galileu, apesar do que não o reconheceram de imediato.
Meu Deus. Jesus de Nazaré é a luz dourada da joia preciosa que os viajores buscam com sofreguidão, nada obstante vezes sem fim, transitam pelas estrelas na procura de outras preciosidades da vida, sem se darem conta de que assim procedem como os apóstolos de Yehoshua, sem perceberem a presença e a luz rutilante do Mestre, porque não reconhecem a presença do Nazareno na busca das ovelhas desgarradas, aquelas que estão atrás somente das joias da existência física, olvidando-se o diamante da vida transcendental, o Divino Jardineiro, Caminho, a Verdade e a Vida.
Sem contradita, Que não se engane a vã filosofia no carreiro das provas, porque isso ocorre na medida em que se sabe de cor e salteado as prédicas do Homem de Nazaré, mas ainda assim, pesa o fato de que nos momentos críticos dos esfaimados por consolo, como se fosse naquela manhã no Tiberíades, também os viajantes do aqui e agora, muitos não reconhecem Jesus. Há, sem dúvida, desatenção, descuidados e desleixos eis que estão absorvidos em busca do ouro e outras preciosidades das pedras da vida, simbolizadas nas moedas conhecidas por dinheiro, não que a moeda seja desnecessária, mais não se constituem em prioridade.
O fato é que essas espórtulas não são predominantes na viagem de provas e expiações, ao extremo de não se reconhecer Jesus nos irmãos necessitados que cruzem os caminhos dos generosos. Inadmissível será não se reconhecer Jesus de imediato nas oportunidades de trabalho no bem, sentindo o amor que se recebe dos que estão em viagem no tálamo conjugal e todos aqueles que o Senhor da Vida colocou na trajetória das provas da existência para a grande viagem de aprendizado. A ausência desse reconhecimento da presença do Divino Galileu, convidando os viajores a irem até Ele, sem contradita será a negativa do ensino da passagem à orientação segura do Mestre para lançar a rede para a banda direita do barco e encontra-lo;
Oxalá os que buscam as pedras preciosas da vida reconheçam Jesus, porque o Mestre mesmo depois de despedir-se da vida corporal, ainda está atento na alimentação dos irmãos menores, mantendo hígido o seu conselho para lançar a rede para o lado direito do barco, onde Ele sabe pode-se encontrá-lo, tanto como outrora não desconhecia aonde estava o cardume.
A verdade é que, milênios se passaram e o Rabi da Galileia permanece entre nós como Governador do planeta Terra, mostrando a banda do barco que nos oferece o alimento da alma. Incontestáveis são as suas lições, o Seu exemplo, e os Seus incansáveis arautos do bem, trabalhando nas prédicas no mundo, dizendo em alto e bom som onde pescar, ainda que a teimosia do pescador insista em pescar onde o amor está ausente, e, o livre-arbítrio permite viver, sem prejuízo de que a fome e a maturidade vão conduzi-los a segurança para recomeçar a confiar naquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Nesse caminho, em busca das pedras preciosas da existência anela-se que não se obnubile a doce mensagem de Jesus, para lançar as redes na banda direita do barco da vida, o lado da rede repleta de peixes, a religiosidade, para a pesca maravilhosa dos dias melhores, de tal sorte que se possa escutar bem alto o som a voz segura do Mestre em todas as situações que a na vida, consciente de que Ele permanece orientando a pesca na rede que exige força, trabalho, e sacrifício para se retirar das profundezas d’alma as pérolas preciosas da frutífera pescaria, aquelas em que as joias vindas nas redes alimentarão os viandantes pescadores por tempo sem fim.
Ponto finalizando, escudados na presença do Governador Planetário conduzindo o barco da existência, em nome do Pai Celestial na travessia pelo mar revolto da vida, os pescadores sentem-se seguros de que mais cedo do que se imagina, aqueles que ainda não reconheceram Jesus nas brumas do amanhecer, o farão em breve porvir, porque onde existe luz a escuridão desaparece.
Com esses sentimentos d’alma, segue o ósculo depositado em seus corações, com a oblata da fraternidade, lançando a rede para a banda direita, desejando tenhamos um ótimo fim e semana em nome do Divino Jardineiro.
Do amigo de sempre.
Jaime Facioli.