Há na imensidão dos filhos do Eterno, em sua maioria aqueles que já se jubilaram na virtude da gratidão, e, em tudo rendem graças as bênçãos que chegam a mancheias, todas as horas e em todos acontecimentos das provas, porquanto o Criador, onipotente, onisciente e onipresente, nada deixa faltar as suas criaturas no trânsito pelas provas e expiações, provendo os recursos para a jornada com destino aos paramos celestiais.
É vero, que apesar da proteção Divina, sim, é inegável que irmãos ainda distraídos nos propósitos sinceros para cumprir retamente os desejos traçados na pátria espiritual, se auto permitem visitar o lado escuro da caminhada, oferta das ilusões pela porta larga, comprometendo-se dessa maneira o programa transcendental, retardando a jornada evolutiva.
O prólogo, enseja sedimentar a retórica sobre o tema, e o auspicio de uma lição de vida, iluminando o texto com um presente, oferta esclarecedora para compreensão da vida, relatando que se tratava de três amigos que se encontravam em turnê pelo carreiro das provas no belíssimo planeta Terra.
Tratava-se da estrada da vida, aonde cada criatura com as suas características, seres personalíssimos, carregando o aprendizado de que eram portadores pela lei de progresso. Consta que o primeiro era ingrato, não conseguia ver a beleza da natureza e seus olhos estavam sempre obnubilados; o segundo era um personagem conformado, sol ou chuva não o espicaçava, enquanto o terceiro, era um homem generoso.
Certa vez foram abordados por um estranho que lhes apareceu como um passe de mágica em sua trajetória, à sua frente. Surpresos, perguntaram o que ele desejava e obtiveram como resposta singela, que deseja simplesmente lhes ofertar algumas rosas, estarrecidos viram o personagem inusitado retirar do seu manto, três lindos buquês de rosas, e ofereceu a cada um dos viajantes.
Percebendo a estranheza que tomou conta dos três amigos, o bondoso senhor de imediato justificou-se dizendo: Distribuo rosas, porque elas são joias de Deus. Deixam a vida mais rica e bela. Os três amigos se entreolharam surpresos e, depois de se despedirem, cada um seguiu seu caminho, dando finalidade diferente ao presente recebido.
O ingrato, maldizendo a própria vida, jogou as flores num rio próximo. O conformado, embora entristecido pela singeleza do presente, levou-as para casa e as colocou em um jarro. O generoso, feliz pela oportunidade que tinha em mãos, decidiu repartir seu presente com os outros. Em sua trajetória, foi visto pela cidade, distribuindo rosas, com alegria incontida e quanto mais rosas ofertava, mais crescia o seu buquê em tamanho, beleza e perfume. Ao final do dia, retornou para casa com uma carruagem repleta de rosas. No dia seguinte, no mesmo local, os três se reencontraram. Oh! Meu Deus. De súbito, apareceu novamente o estranho, e o ingrato quase em cólera, indagou:
O que deseja, agora? Com bondade, e fazendo um gesto significativo, respondeu: Que as vossas rosas se transformem em joias, e desapareceu num átimo de segundo. Surpreso o homem ingrato correu para o lugar onde jogara o buquê de rosas, foi quando viu refletido sobre as águas, um brilho intenso, próprio de joias valiosas. Presto, atirou-se ao rio, no intuito de as alcançar, mas elas sumiram aos seus olhos.
O conformado, retornando imediatamente para seu lar, encontrou, pendurado sobre o jarro onde depositara as flores, um lindo e valioso colar de pérolas. Resignado, sem emoção ou qualquer valoração da vida, bela, colorida e consentida, retirou-o dali e o ofertou para sua esposa sem gratidão pelo presente recebido.
O terceiro, o homem generoso encontrou em casa uma carruagem repleta de joias, extraordinariamente belas. Que fez. Grato a vida, negociou as, joias habilmente, e com o capital, tornou-se um prospero comerciante, oferecendo emprego a muitos irmãos de caminhada, homens necessitados de amor, compaixão e estimulo para as dadivas da vida, porque o Senhor do Universo, mais desampara seus filhos.
Sob o pálio dessas reflexões, é inegável que os talentos de que as criaturas do Eterno são possuidores, quando bem utilizados, são verdadeiras pérolas que Deus confia a sua criatura. Fazê-las multiplicar e crescer, gerando benefícios, depende unicamente de cada um de seus filhos.
Olhai os pássaros e os lírios do campo, não trabalham e nem fiam ensinou o Raboni, mais o Pai Celeste cuida deles, e, em a natureza encontram tudo o que necessitam para a sua subsistência.
É fato, o sucesso não vem de graça, nada aliás, é de graça, tudo depende de as criaturas desenvolverem o potencial que jaz no imo d’alma, ali depositado pelo Senhor do Universo para a turnê das provas na jornada da existência em direção aos parámos celestiais.
É vero, para nascer, há o esforço da saída, da qual o nascituro participa. Para viver há o indispensável esforço de adaptação e aprendizado a ser colocado em ação. Entretanto, vale considerar nesse ensejo, que o esforço para o presente do Pai Celeste para essa empreitada, são os recursos que conduzem ao êxito deixados pelo Criador, no do caminho, que se chama vida e a todos estão acessíveis no caminho das rosas.
Nesse contexto dos talentos da vida, se fomos brindados com o talento da palavra, utilize-o para disseminar ideias de solidariedade e pureza. Nos círculos em que se movimenta, enalteça o trabalho, a honestidade e a compaixão.
Dê exemplos de conduta reta e digna. Seja um pai responsável e amoroso, um esposo dedicado e fiel, um patrão justo e bom. Quaisquer que sejam os seus talentos, utilize-os para promover o bem. Eles são o resultado das experiências que se desenvolveu em sua alma e constituem os recursos de que dispõe para se tornar um homem pleno de paz e bem-estar.
Com os desejos de que nossos talentos sejam utilizados para os fins que nos foram concedidos, distribuindo rosas, enviamos aos amigos fraternos, votos de um bom fim de semana com o ósculo depositado em seus corações em nome da oblata da fraternidade universal com muita paz.
Do amigo fraterno de sempre
- Jaime Facioli.